domingo, novembro 25, 2007

Velhos? Velhos são os trapos!


Como sabem, “in illo tempore” frequentei a Escola Primária mandada construída pelo Major Lebre (à altura capitão) em Verdemilho em memória de seu Pai José Lebre (digo frequentei e não completei porque, nessa altura, o exame da 4ª classe – escrita e oral – era realizado na velha Escola da Glória), facto que marcou decisivamente o meu destino e a minha meneira de ser.


Os restos da escola ainda por lá estão, abandonados. Mas quem por lá passar, se reparar com atenção, ainda poderá ver escrito num painel de azulejos, que urge preservar, o seguinte pensamento de António Feliciano de Castilho:

Respeita a velhice: ela é a depositária da experiência.


Embora não me reveja na “escola do elogio mútuo” e, na esteira de Eça, seja apoiante do autor da carta “bom senso e bom gosto" acho que, neste caso, o ultra-romântico poeta cego, autor do Método Português, estava carregadinho de razão.

Assembleia Municipal


Amanhã, 26 de Novembro de 2007, pelas 18.00 horas, realiza-se nova Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Aveiro, com a seguinte Ordem do Dia:


Ponto 1. – Operação de Saneamento Financeiro:

1.1 – Estudo e Plano de Saneamento Financeiro elaborados nos termos do n.º 2 e 3 do artigo 40.º da Lei n.º 2/2007, de 15/01 (Lei das Finanças Locais) - aprovação;
1.2 – Contratação de empréstimo bancário ao abrigo dos n.ºs 1 e 6 do artigo 40.º da Lei n.º 2/2007, de 15/01 - aprovação;

Ponto 2. – Contratação de empréstimo para financiamento complementar aos projectos co-financiados no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio;

Ponto 3. – Empreitadas de “Concepção/Construção da Consolidação dos Limites da Plataforma da Lota” e “Construção do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Aveiro” – aprovação da repartição de encargos pelos exercícios de 2007 e 2008;

Ponto 4. – Proposta de fixação das taxas da Derrama e Taxa Municipal de Direitos de Passagem para o ano 2008 e da Participação Variável no IRS para o ano 2009 – aprovação.


Embora a hora de início dos trabalhos nos pareça incompatível com um horário de trabalho normal e não estar devidamente indicada o horário da interrupção para jantar, lá estaremos.

Esperamos que, desta vez, os trabalhos não ultrapassem a meia-noite para que a vida dos deputados municipais que não são profissionais da política não seja prejudicada e sejam poupados os depauperados cofres municipais.

Estranhamos ainda que nos pontos agendados apenas se preveja a aprovação (esperemos que também haja discussão) e não entendemos as intenção de trazer à Assembleia a contratação de empréstimo para financiamento complementar aos projectos co-financiados no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio prevista no ponto 2 sem que, nesse caso particular, esteja prevista a aprovação.

Para que será? Alguém sabe?

Até lá!

Documentação aqui


Ecos aqui, aqui, aqui, aqui , aqui e aqui.


sábado, novembro 24, 2007

Parabéns Aveiro!

Perante o abuso da maioria...




... não há outra forma de reclamar.

A Noite Mais Longa!



Ecos:::::Ecos:::::Ecos
:Ecos:::::Ecos:::::Ecos
::Ecos:::::Ecos:::::Ecos
:::Ecos:::::Ecos:::::Ecos

A Igreja tem de dar uma volta!


sexta-feira, novembro 23, 2007

A Parceria Público-Privada. AM de 23/11/2007

A maioria sobre cujos ombros assenta a responsabilidade da gestão desta Câmara traz-nos aqui a intenção de constituir uma pretensa Parceria Público-Privada, consubstanciada numa sociedade anónima detida maioritariamente por privados, a quem pretende entregar a responsabilidade da construção e gestão da totalidade da rede escolar do ensino básico do concelho pelo prazo mínimo de 25 anos, incluindo simultaneamente no pacote, a construção e gestão de 4 parques de estacionamento, cedendo os direitos de superfície sobre os terrenos e pagando uma renda pela utilização dos equipamentos escolares.

É uma proposta caricata que prejudica profundamente os interesses do concelho e que consideramos lesar o património municipal.

- Em primeiro lugar porque pretende misturar duas coisas que não são misturáveis. Os Parques de Estacionamento que, depois de correctamente enquadrados em profunda e amplamente debatidos Planos de Urbanização ou Pormenor nada obsta a que, por concurso público, sejam concessionados a privados e o Parque Escolar cuja qualidade joga um papel importante na qualidade do ensino, especialmente no básico e pré-escolar, que pode ser uma alavanca fundamental para que a nossa região possa sair dos últimos lugares do desenvolvimento europeu e cuja construção e manutenção não pode ser nesta fase dado à exploração de privados cujo objectivo fundamental do lucro não é coadunável com os objectivos básicos que se pretendem atingir.

De facto a gestão do parque escolar tem uma influência determinante na educação e influencia, de forma decisiva, a qualidade de vida dos munícipes e a competitividade regional constituindo uma área de intervenção estratégica, prioritária e estruturante de uma governação municipal que pretenda promover o desenvolvimento sustentável. Por outro lado a oferta educativa deve ter a capacidade de se adaptar às transformações sociais do meio envolvente e à dinâmica do sector e é muito difícil precaver contratualmente estas questões o que, aliado ao objectivo do lucro que preside às empresas privadas, faz prever consequências gravosas para a autarquia que, nos mais de 25 anos previstos, poderá ter de pagar, o valor equivalente a vários parques escolares.

- Depois porque não compreendemos porque esta sociedade é chamada de Parceria Público-Privada pois não é remetida para a legislação específica na qual não nos parece ser enquadrável, nem nos parece ocorrer transferência para o privado de qualquer risco na construção do parque escolar que iria construir e alugar à Câmara. Bem mas isso não nos espanta dada a contínuo atabalhoamento dos documentos que aqui nos são trazidos.

- Em terceiro lugar porque se este processo que é, resumidamente, um financiamento privado da acção Municipal era visto por esta maioria como um expediente milagroso para iludir a Lei das Finanças Locais e fugir ao tecto de endividamento, bem podem tirar o cavalinho da chuva pois o Orçamento de Estado para 2008 inclui normas que fazem com que estas habilidades passem a contar para o referido nível de endividamento

- Mas, mais que tudo, esta proposta é o espelho fiel da completa inoperância e total incompetência desta Câmara que deseja mandar construir o parque escolar a uma sociedade anónima detida maioritariamente por privados, ficando a pagar uma renda, quando poderia ela própria construir esse parque escolar (certamente em muito melhores condições) aproveitando os fundos comunitários que tem ao dispor.

De facto reconhecendo a importância que, numa perspectiva de coesão, a qualidade do parque escolar, nomeadamente a rede escolar do 1º ciclo do ensino básico e de educação pré – escolar apresenta na qualificação integrada de espaços sub-regionais, a União Europeia e o Estado Português atribuem através do eixo 3 do Programa Operacional da Região Centro a que, no total, estão destinados 668 milhões de euros, importantes apoios à construção de raiz de novos Centros Escolares, integrando preferencialmente o 1º ciclo e a Educação Pré-Escolar, bem como ampliação e requalificação dos estabelecimentos já existentes, pelos Municípios.

Para se candidatarem é necessário terem a respectiva Carta Educativa homologada e possuírem capacidade financeira para a realização dos projectos. Este financiamento reveste a forma de ajuda não reembolsável, cujos valores máximos de referência estão devidamente identificados no regulamento específico.

Mas, para que os meus caros colegas de Assembleia melhor possam compreender estes valores cujo co-financiamento Feder é de 70% vejamos um caso concreto:

Se formos à pág. 98 da Carta Educativa do Município de Aveiro aprovada, verificamos que a estimativa de custo do total de escolas novas que é proposto construir se eleva a 10.368.900 euros. Se retirarmos um exemplo (o 1º por exemplo) verificamos que está previsto para Verdemilho a construção de um centro com 6 salas de aula pelo montante estimado de 442.800 euros.

A tabela de valores máximos de referência previsto no regulamento específico – requalificação da rede escolar de 1º ciclo do ensino Básico e da Educação Pré-Escolar é, se excluirmos os apoios adicionais que são dados para aquisição de mobiliário Escolar, Material Didáctico e Equipamento Informático, de 100.000 euros por cada sala de aula a que acrescem mais 20% para execução dos arranjos exteriores. Ou seja o custo deste centro sobre o qual incidiria o apoio poderia atingir 720.000 euros, bem mais do que os orçados 442.800 euros.

Palavras para quê especialmente quando se sabe que estas parcerias não podem concorrer a esses apoios. E que os eventuais financiamentos camarários que, nalguns casos seja necessário fazer para complementar o financiamento, não contam para o endividamento.

Então a Câmara de Aveiro em vez de aproveitar os fundos, em vez de andar preocupada com a homologação da sua Carta Educativa, em vez de se informar sobre os fundos à disposição, anda a fazer estes negócios de Parcerias? Porquê e para quê?

Poderá fazê-los. E esta Assembleia Municipal poderá aprová-los. Mas não contem connosco nem sequer para votar contra. É que há coisas nas quais nos devemos orgulhar de não participar.

quinta-feira, novembro 22, 2007

Convites

Recebi este convite.

Se puder, lá estarei!

Uma coisa me intriga. Elio julgo saber quem é. Agora Duka... Quem será?

terça-feira, novembro 20, 2007

Como avalia a solução da criação de um Programa Polis dirigido especificamente para a Ria de Aveiro?

1- A Ria de Aveiro, complexo ecossistema de elevada fragilidade ambiental, está hoje votada a um angustiante estado de degradação e abandono que suscita grandes apreensões dada a sua importância para a Região onde está inserida e a influência que joga na qualidade de vida e no desenvolvimento económico-social dos municípios que a circundam.

2- Embora se invoque como razão fundamental para a sua actual situação, a descontinuidade institucional ocasionada pela transferência da jurisdição da gestão do Domínio Público Marítimo da Administração Portuária para os serviços do Ministério do Ambiente, avultam ainda outras razões, entre as quais a multiplicidade de entidades que tem atribuições sectoriais na jurisdição da Ria, as públicas e notórias omissões e sobreposições de competências destas entidades e a multidão de figuras de planos de ordenamento que se lhe aplicam, ou nela geram sequelas.

3- A situação de conflito latente entre os diversos agentes institucionais, conjugada com a ausência de planeamento e gestão integrada tem, progressivamente, promovido a degradação socio-económica e ambiental da Ria que assiste à delapidação dos seus recursos e ao florescimento de actividades furtivas e oportunistas. Em consequência é, por todos, reconhecida a urgente necessidade de inverter esta situação e constituir um organismo gestor que, sustido num amplo consenso político, assegure com eficiência e eficácia o desenvolvimento integrado e sustentável da Ria de Aveiro e mobilize, para o projecto, a sociedade civil que nela tem interesses.

4- Daí a elevada expectativa que rodeia a constituição da estrutura a quem vai caber esta difícil missão. Estrutura que, como determina a Lei da Água (Lei 58/2005 de 29 de Dezembro), tem de ser enquadrada pela Administração da Região Hidrográfica do Centro, ultrapassando a sua especificidade sectorial na área do domínio hídrico e mostrando-se capaz de definir um Plano de Acção Integrado que potencie consensos e promova sinergias entre os diversos actores que concorrem nos usos ou condicionalismos da Ria.

5- O recente anúncio feito pelo Ministro do Ambiente de que vai avançar com a criação de um programa do tipo “Polis” para a Ria de Aveiro, modelo que já deu bons frutos no passado, nomeadamente na gestão de investimentos, é uma excelente notícia. Este modelo reorientado para a optimização da funcionalidade de áreas sensíveis degradadas numa óptica de desenvolvimento sustentável, aproveitando os múltiplos estudos já feitos poderá, rapidamente, definir uma estratégia para a Ria que reúna consensos alargados e permita decidir um Plano de Acção que promova o aparecimento de parcerias que permitam optimizar fundos públicos e privados e, particularmente, os meios que o QREN disponibiliza.

6- Mas, como todos sabemos, o factor humano é fundamental nas organizações. Daí ser crucial a constituição da equipa e, sobretudo, a escolha da pessoa que vai liderar esta missão. Que não só é fundamental conhecer com profundidade a Ria mas, mais do que isso, a deve sentir e viver. Alguém que, em nome da nossa geração, assuma a obrigação de a entregar à geração vindoura com a dignidade que tinha quando a recebemos.


Publicado DA 21/11/07

domingo, novembro 18, 2007

Ás vezes, uma imagem...


Com a devida vénia ao Herculano Quintanilha.

sábado, novembro 17, 2007

Ler os Jornais!

- Lá se vão as vantagens das parcerias público-privadas.

- E eu que julgava que o futebol era um
negócio de milhões.

- Quando li este título até julguei que era a vinda para Aveiro de mais um organismo público.

- Que tal Eirol?

- Porque non te callas? Já nos chega o Zé Cabra!

sexta-feira, novembro 16, 2007

Mau, Mau!



Agora é a Direcção Regional do Desporto!


Não acham que é fartura a mais?



Quem não sabe o trabalho que estas coisas dão até pode ficar a pensar que Aveiro, repentinamente, ficou cheia de sorte.

Ai Timor!


Moisés Silva Fernandes, investigador da Universidade Nova de Lisboa, diz ter analisado documentos que mostram que altos responsáveis norte-americanos, britânicos, australianos e neo-zelandeses tiveram dois encontros em 1963, onde, com base numa política de apaziguamento, chegaram a acordo sobre a incorporação de Timor pela Indonésia.

(notícia JN 16/11)

quarta-feira, novembro 14, 2007

Obras de fachada!



O problema é que quando a esmola é grande...

... o pobre desconfia.

terça-feira, novembro 13, 2007

O que esperar das Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2008 que a Câmara está a preparar?

1- As Grandes Opções do Plano (GOP) são o documento estratégico orientador da actividade autárquica e incluem uma descrição quantificada dos investimentos a realizar no quadriénio seguinte - Plano Plurianual de Investimentos (PPI) – bem como o rol das acções mais relevantes a realizar no primeiro ano desse quadriénio. No Orçamento Municipal (OM), instrumento de gestão de curto prazo da autarquia, reproduz-se a previsão das despesas e das receitas que se vão realizar, no ano a que respeita. São documentos que influenciam decisivamente a vida dos munícipes pelo que a sua construção deve ser muito cuidada e fortemente participada.

2- A elaboração destes documentos deverá assentar numa Visão Estratégica que ambicione promover o nível de auto-estima dos cidadãos aveirenses e a visibilidade do município, que fomente o desenvolvimento concelhio e que, com criatividade e audácia, procure dar resposta às questões sociais que nos rodeiam, abandonando a perversa lógica do “obreirismo”, tão comum entre os nossos autarcas que julgam ser avaliados pelo volume de betão despejado durante o seu mandato o que, recentemente, levou a caricatas disputas locais sobre a paternidade de algumas obras, sem sequer cuidar qual era o seu rácio custo/benefício.

3- Um Orçamento Participativo (OP) não diminui a responsabilidade dos órgãos políticos eleitos, mas permite que todas as pessoas se possam pronunciar sobre os investimentos que consideram prioritários para o concelho. E o envolvimento da comunidade permite prestar maior atenção às realidades locais e aproxima a tarefa de elaboração destes documentos previsionais, normalmente executada no remanso dos gabinetes, da realidade concreta das populações.

4- Para que um OP seja possível é, fundamental a existência de uma liderança capaz, que motive a adesão dos técnicos autárquicos ao processo e defina um apertado cronograma de execução (v.g. - elaboração da proposta até 15 de Outubro, sua disponibilização à população durante os 30 dias subsequentes, avaliação e integração das propostas recebidas a partir de 15/11 e apresentação pública da versão final até 30 de Novembro a que se segue a aprovação pelo executivo na primeira semana de Dezembro e sua imediata remessa à Assembleia Municipal para análise e votação).

5- Tudo o que se vem a fazer em Aveiro está nos antípodas desta forma de actuação. Até agora nada nos foi distribuído, em cumprimento dos direitos da oposição previstos na lei e, só recentemente foi colocado no site da Câmara um risível formulário “de sugestões e ideias para novas obras, eventos e actividades camarárias”, triste arremedo do “orçamento participado, atempado e pedagógico” que o Dr. Élio Maia, em tempos, nos prometeu.

6- E, como o que nasce torto, tarde ou nunca se endireita, a nova proposta de Grandes Opções do Plano vai, à semelhança da que foi aprovada no ano transacto, apresentar um falacioso somatório de intenções dispersas, sem qualquer fio condutor e, o Orçamento, um imenso albergue espanhol de despesas populistas, de astronómico montante total, que a “maioria” vai pretender cobrir com as receitas da venda e privatização total do resto do património e actividade municipal que sobreviva ao ano de 2007.

7- Daí nada haver a esperar destes determinantes documentos. E Aveiro vai permanecer adiado.
Até quando?

RIA DE AVEIRO




Até que enfim! Uma boa notícia!

Porque será? (take 2)





Afinal
não sou só eu (a ver)!
Nota: Dizem-me que quando abrir a sala de Ílhavo, a tragédia vai ser total!

segunda-feira, novembro 12, 2007

ChickenBusters!



Pergunte-nos como!
(we are specialists)

domingo, novembro 11, 2007

A Quinta Frase da Página 161

Desafiado pelo João Manuel Oliveira informo que os livros que actualmente ocupam a minha mesa-de-cabeceira e que, conforme os humores, vou lendo são:

- Auto dos Danados de António Lobo Antunes
- Barca Velha, Histórias de um Vinho de Ana Sofia Fonseca
- Opus Dei de Michael Walsh
- (também tenho O Pai Natal não Existe do Nilton mas para preservar este meu ar intelectual se calhar não é muito conveniente dizer que faz parte do grupo)

Estes livros foram-me recentemente oferecidos pela minha mulher, por um grande amigo e pelas minhas filhas, respectivamente.

Como o escolhido para ler hoje é o Opus Dei (este assunto está na ordem do dia), é dele que retiro a quinta frase da Pág. 161 em que o autor, comentando o contraste entre os aplausos ruidosos dos grupos do Opus quando, na sua visita a Espanha, João Paulo II falou da necessidade de fidelização aos ensinamentos tradicionais, especialmente sobre a contracepção e controlo de natalidade e o estranho silêncio que observaram quando o Papa falou da necessidade de justiça social, afirma:

É possível observar áreas importantes em que o espírito do Opus se desvia da tradição mais recente da Igreja Católica e se opõe ao teor do pontificado de João Paulo II.

O desafio lanço-o ao
Miguel Araújo, ao Carlos Martins, ao Terra e Sal, ao Pedro Santos e ao José Manuel Dias.

Vá lá meus amigos. toca a manter a corrente.

quinta-feira, novembro 08, 2007

Atrasos Processuais!


Tu quoque, Brute, fili mi?

(Até tu, Brutus, meu filho?)

terça-feira, novembro 06, 2007

A "Privatização" da PDA, EM.

1- Há algum tempo que as declarações dos líderes do PSD aveirense denunciavam que, longe da vista dos munícipes, decorriam negociações para a privatização das Empresas Municipais (EM) e, particularmente, da PDA, onde a CMA detém 51% do capital social (255.000 €) e a Visabeira 49% (245.000 €), acção que, no dizer do então presidente da concelhia do PSD (e da PDA), “criaria expectativas para a Câmara fazer algumas receitas”, essenciais para a resolução do problema financeiro da autarquia.

2- Apesar disso foi com surpresa que tomámos conhecimento do conteúdo da proposta para a “privatização” da PDA, aprovada com o voto favorável dos vereadores da maioria em que, sinteticamente, se delibera um aumento do capital social da PDA para 3.500.000 € no qual a CMA subscreve 1.335.000 € e a Visabeira 1.665.000 €, o que conduz à diminuição da participação da CMA de 51% para 45,43%, que assim perde a maioria que oferece, sem qualquer contrapartida financeira, ao parceiro privado passando a PDA a ter o estatuto de Empresa de Capitais Mistos (ECM).

3- Desaproveitando a derradeira hipótese de resolver, a contento, o problema do Estádio, equipamento âncora cuja integração deveria ter sido negociada e, incompreensivelmente, vai ficar fora da empresa do Parque Desportivo, deixando em aberto uma questão de imponderáveis consequências futuras e desprezando a faculdade de aumentar proporcionalmente o capital social (o que até ao montante de 3.100.000 € poderia ter sido feito sem qualquer encargo adicional) e permitiria à CMA manter a sua posição maioritária de que depois poderia, em concurso público, alienar parte - ou a totalidade (51%) - realizando receitas, o executivo chefiado pelo Dr. Élio Maia, confundido com a impossibilidade legal de um parceiro privado poder fazer suprimentos a uma EM, fez aprovar uma operação que não só desvaloriza, de forma significativa, a posição social da CMA na PDA (que perde o estatuto de EM e se transforma numa ECM), como entrega, sem custos, a maioria do capital (e do good-will do projecto) ao parceiro privado.

4- Dada a “originalidade” da operação, esperamos que antes de ser presente à Assembleia Municipal, o Dr. Élio Maia procure averiguar, junto dos organismos competentes, não só a conformidade legal desta forma de “alienação” da posição maioritária da Câmara na PDA, EM., mas, também, apurar se eventualmente poderá configurar um acto de gestão menos avisado ou imprudente na defesa dos interesses municipais, de forma a dissipar quaisquer dúvidas que, sobre esta matéria, possam subsistir.

5- Consideramos ainda fundamental para a correcta avaliação da operação que, previamente, se dê público conhecimento do Plano Urbanização do Parque Desportivo bem como do valor das indemnizações a pagar, pela antecipação do fim do mandato, aos administradores que actualmente representam a CMA na PDA, EM., uma vez que, por razões compreensíveis, após terem aprovado e proposto ao seu accionista a operação de “privatização”, certamente não desejarão ser administradores ou pertencer aos quadros da “nova” PDA, ECM, nem, por maioria de razão, a qualquer empresa do, até agora, accionista minoritário.

O Duelo





Amanhã vai correr melhor!