quinta-feira, maio 31, 2007

Quem dá uma ajudinha?

Isto de viver na aldeia é muito complicado.

Ninguém sabe nada!

Alguém me sabe dizer a hora e o local em que vai ser feita a apresentação pública do programa de reequilíbrio financeiro?

terça-feira, maio 29, 2007

Mentireira eu?

A minha andorinha veio-me visitar. Muito zangada! Logo que eu assomei à janela, gritou-me que não era nenhuma mentireira e que nunca mais me ia desculpar por eu não ter confiado nela. E que "irão" haver mais algumas alterações em Aveiro mas não me vai contar nada porque eu não mereço.


Pedi desculpa (o que em mim é raro) e tentei acalmá-la. Só então me apercebi que parte da sua (muita) ira se devia a ter sido multada (à falsa-fé conforme me contou), quando foi registar um dos seus rebentos a Aveiro e, por necessidade, deixou o bolinhas, por 2 curtos minutinhos, num daqueles sítios onde é preciso meter a moedinha.

Quando chegou ao pé da carripana, apareceu-lhe um indivíduo com ar de arrumador. E quando ela, já conformada, se preparava para lhe entregar o eurito da praxe, o dito senhor disse-lhe que era um dos novos fiscais daquela empresa que tem o ferry-boat e zás, pespegou-lhe com uma multa.

A minha andorinha ficou apopléctica. Entre trejeitos de raiva mal escondida contou-me que, não havia direito de lhe fazerem aquilo mas que agora, todos estamos sujeitos ao mesmo pois, segundo apurou, há uns jovens que tiraram um CILD (Curso Intensíssimo de Longa Duração) que, nalguns casos chegou a atingir a absurda duração de duas semanas, habilitando-os a multar todos os que não querem contribuir para a gasosa dos autocarros do burgo. E, para serem mais eficientes, trabalham disfarçados de arrumadores.

Do que eu consegui perceber parece que a coisa só não é mais grave porque esta "equipa" de 9 fiscais só está autorizada a passar 6 multas por dia, o que eu acho indecente porque se está a cercear a motivação e a criatividade dos trabalhadores e a não promover o verdadeiro reequilíbrio das contas municipais. Mas, por outro lado, permite à minha andorinha (e a qualquer um) queixar-se de perseguição se, por acaso, for multado mais do que uma vez. Bastará, para tanto, invocar a improbabilidade matemática de, na ausência de má-fé, tal acontecer.

A minha andorinha, para se safar da multa, ainda procurou meter uma cunha junto dum amigo que é Polícia Municipal, daqueles que só multam nos amarelos e nas passadeiras, mas ele, segundo disse, também está muito zangado com esta situação porque parece que estes fiscais que só multam nos parcómetros ganham tanto como eles, que têm de multar em muitos mais sítios. A minha andorinha acreditou-se neste paleio, mas eu acho que só pode ser uma desculpa de mau pagador, pois ninguém pode acreditar em tal despautério.

O resto que me disse já não vou contar pois acho que a multa lhe toldou a cabecita, já de si tonta, e lhe afiou a má-língua e eu não quero alinhar por esse diapasão, senão ainda me acontece alguma coisinha ruim.

E cá para nós, não se acreditem muito nestas tretas, porque eu sei que a minha andorinha é muito mentireira. Mas se forem a Aveiro, à cautela, tenham cuidado. É que eles, ao que ela me disse, andam por lá!

sábado, maio 26, 2007

Noite de Núpcias (do homem do fraque?)

Enquanto despia o fraque
junto ao leito de noivado,
escapuliu-se-lhe um traque
de timbre aclarinetado...

A noiva olhou-o de lado,
e pôs-se, com ar de basbaque,
a remirar o bordado
das botinas de duraque...

Houve, após esse momento,
naquela noite de gala,
um duplo constrangimento.
E o noivo disse-lhe então:


«Oh filha, cu que não fala
é cu sem opinião...»


Augusto Gil

Mais vale ter uma dúvida do que ter uma dívida!



E ninguém tem dúvida que a dívida continua a aumentar todos os dias (e a bom ritmo).



Qualquer dia já não há plano de reequilibrio financeiro que nos valha!

Será que vai ser necessário fazer uma nova auditoria que actualize o valor da dívida para depois se tomarem decisões? E quantos anos de sacrifícios vão, então, ser necessários?

Provérbios (muito) Populares

Causas justas...







Todos temos de tentar evitar que uma obra profundamente benéfica (e há tanto tempo desejada) possa acarretar consequências negativas irrecuperáveis! Queremos continuar a ver as nossas marinhas (ou pelo menos o que resta delas).

quarta-feira, maio 23, 2007

Gestão da Ria de Aveiro

Finalmente alguém volta a indicar um modelo eficaz para a gestão da Ria de Aveiro. O único que, se calhar, poderia permitir resolver os múltiplos problemas que afrontam a nossa Ria que, diariamente, a indecisão agrava.


Um organismo com autonomia administrativa e financeira, supra ministerial e supra municipal.

Na dependência do sr. 1º Ministro. Obviamente!

Pena é que ninguém queira dar crédito a ideias tão boas, só porque são minhas. Vamos lá a ver se alguém arranja melhor!

terça-feira, maio 22, 2007

Quem cala consente!

Na reunião da Assembleia Municipal ontem realizada perguntei à Câmara Municipal se iria, publicamente, responder a esta grave acusação.

Dada à ausência de resposta, fiquei com a ideia que tal não vai acontecer. O que, para mim, se traduzirá numa implícita admissão de culpa pois, como diz o nosso povo, "quem cala consente".

Ora como a empresa se diz "seriamente lesada", a bem da transparência, da clareza e da boa-fé que devem nortear a gestão da coisa pública, convém que o executivo camarário nos venha explicar, pormenorizadamente, tudo o que se passou neste negócio (particularmente as suas implicações financeiras) para que possamos entender o valor do prejuízo causado à Vitasal e como, na presença de todos estes prejuízos causados, conseguiu o tão difícil (e pelos vistos profíquo) acordo que recentemente foi alcançado.


Porque se a Câmara o não fizer alguém terá, necessariamente, de o fazer para que seja preservada a honra colectiva de todos os Aveirenses.


Aguardemos.

domingo, maio 20, 2007

O CAMINHO FAZ-SE CAMINHANDO!


Começam a ser conhecidos alguns sinais que nos fazem crer que Portugal está no bom caminho.

Até na blogosfera!


Vejam aqui a declaração do pedido de desculpas e retractação que, por decisão judicial, substitui as "notícias" difamatórias, falsas e sem fundamento publicadas no site de Paulo Quintela de Matos, presidente da Associação 26-4.

Afinal (ainda) há esperança!

sexta-feira, maio 18, 2007

Falecimento

Tivemos conhecimento que faleceu hoje o Sr. Manuel Marques da Maia, pai do Presidente da Câmara de Aveiro Dr. Élio Manuel Delgado da Maia.

O funeral realizar-se-á amanhã, Sábado, dia 19 de Maio. Será rezada missa de corpo presente na igreja de S. Bernardo pelas 11 horas de onde, no seu final, será formado o cortejo fúnebre para o cemitério da mesma freguesia.

À família enlutada queremos apresentar os nossos sentidos pesâmes.

Um particular abraço solidário para o Dr. Élio Maia nesta difícil hora de infortúnio.

Em sinal de respeito, vamo-nos abster de colocar qualquer post sobre política local, até à próxima 2ª Feira.

Raul Martins

quarta-feira, maio 16, 2007

O acordo CMA/Vitasal/SAHS – Notas Complementares

Caros amigos,

Gostaria de aqui agradecer os múltiplos apoios que, relativamente ao meu último post, recebi através de contactos pessoais, telefonemas e emails, bem como toda a informação complementar que me foi disponibilizada para análise ...

Continuarei a escrever sobre este assunto logo que tenha tempo disponível (talvez amanhã), com algumas Notas Complementares que considero interessantes. Até lá o meu pedido de desculpas e um abraço.
Raul Martins

terça-feira, maio 15, 2007

Acordo CMA/Vitasal/SAHS

Na última reunião da Assembleia Municipal realizada a 14 de Maio, o executivo municipal apresentou ao colégio, para apreciação e votação, uma proposta de acordo a celebrar entre a Câmara Municipal de Aveiro, a Sociedade Aveirense de Higienização de Sal Lda. (SAHS) e a Vitasal-Indústria e Comércio de Sal, Lda., (Vitasal), que havia votado favoravelmente, por maioria (os vereadores do PS abstiveram-se) na sua reunião ordinária privada de 16/04/2007.

Nessa reunião, na minha qualidade de membro da bancada do Partido Socialista, fiz uma intervenção cujo conteúdo essencial, devidamente adaptado e corrigido, se traduz no seguinte:

1- Iniciei a minha intervenção afirmando ser de toda a conveniência, mormente do Sr. Presidente da Câmara e dos seus parceiros do executivo, que este acordo seja profundamente escalpelizado, já que os representantes das empresas contraentes dos referidos contratos são, num dos casos, o Sr. Dr. Amândio Dinis Ferreira Canha que, como sabemos exerceu as funções de vereador do PSD na Câmara de Aveiro no mandato do Dr. Alberto Souto e foi, entre outros, representante desta Assembleia Municipal no Conselho Municipal de Segurança e, no outro, o Sr. Amàndio Ferreira Canha Júnior, que foi Presidente da Junta de Freguesia de S. Bernardo e que, conforme foi lembrado na saudação feita pelo nosso Presidente da Câmara Sr. Dr. Élio Maia na Reunião Ordinária Privada da CMA, realizada em 29/05/2006, em S. Bernardo, tomou posse desse lugar de Presidente da Junta em Março de 1968. Interessa assim, afirmei, a bem da clareza e da transparência de processos que deve nortear a coisa pública, que este acordo seja profundamente analisado para que não fique réstia de dúvida, que nós não temos mas alguém mal-intencionado poderá, eventualmente, levantar, sobre a bondade do mesmo, dadas as relações de proximidade política e de amizade existentes entre as pessoas que, na sua assinatura, representam os interesses do Município e os das supra-referidas empresas.

2- Seguidamente declarei que, no meu entender, o acordo está, de facto, subdividido em dois, um com a Vitasal e outro com a SAHS, pelo que, para simplificar, iria fazer a sua análise separadamente tendo afirmado:

3- Acordo com a Vitasal

Relativamente ao acordo que é proposto realizar com a Vitasal é necessário lembrar, como é dito na página 48 dos anexos do Relatório Final da recente auditoria privada feita ás contas do Município de Aveiro, que este processo se iniciou com dois contratos promessa de compra e venda outorgados em 19-11-1991 e em 27-04-1993, altura em que era Presidente da Câmara o Sr. Dr. Girão Pereira, de 3 lotes de terreno situados na Zona Industrial de Mamodeiro, que foram na altura integralmente pagos ao Município (pelo montante global de 121.108 euros) mas, por discordância entre as partes sobre os termos da escritura, nunca se realizou e, é necessário mais uma vez lembrar, que o termo de transacção emitido pelo Tribunal Judicial de Aveiro em 4-05-2000, foi consequência da correspondente acção, instaurada pela Vitasal contra a CMA em 1998.

Posto isto, é ainda necessário recordar que a CMA, nesse termo de transacção, entre outros aspectos que não interessa agora aprofundar, prometeu vender à Vitasal lote ou lotes de terreno sitos na área de ampliação da zona industrial de Taboeira, com a área mínima de 22.500m2, subdividida em duas áreas mínimas, uma de 17.000m2 e outra de 5.500m2, de cujo pagamento do preço no montante de 280.574 euros foi dada quitação, sendo que foram definidos como prazos para efectivar as escrituras, dois anos para o lote com a área mínima de 17.000m2 e um ano para o lote com a área de 5.500m2, cabendo à CMA a determinação dos mesmos, nas condições definidas.

Como cláusula indemnizatória, foi definido que, em caso de eventual mora (que se acabou por verificar), na determinação dos lotes e/ou na convocação da escritura, se venceriam juros moratórios, por aplicação aos valores pagos, da taxa legal supletiva para os créditos de empresas comerciais, acrescida da sobretaxa legal máxima.

O acordo que nos é aqui apresentado, para resolução do verificado incumprimrnto do contrato por parte da CMA, consiste em pagar em espécie ou seja pela atribuição de direitos de área bruta de construção de 2.062,34m2 a ceder pela CMA no sector AM7 do PUPolisAveiro no valor de 845.559,57 euros correspondentes a:

- 280.573,82 € referente ao preço recebido no contrato
- 280.573,82 € penalização igual ao preço por a CMA não ter cumprido o contrato
- 284.411,94 € de juros a uma taxa média anual de cerca de 19% .

A Vitasal vê assim, em pouco mais de 7 anos, transformar-se o seu investimento de cerca de 280 mil euros em cerca de 845 mil euros (um rendimento superior a 200 por cento) o que, temos de reconhecer, é notável e, só mais operações financeiras deste tipo feitas pela empresa, podem justificar a invejável situação económico-financeira de que certamente gozará. Pena é que esta exorbitante mais-valia seja feita à custa do erário municipal, melhor dizendo, à custa do contributo dos munícipes. E ficamos intrigados da razão que leva à possibilidade da Vitasal ficar, desde logo, autorizada a ceder à SAHS a posição contratual que, para si decorre do acordo que pretende celebrar com a CMA.

Entre as questões que colocámos ao Sr. Dr. Élio Maia, que ainda há pouco tempo havia afirmado andar assoberbado com a resolução deste problema, destacamos a seguinte.

- Qual foi o beneficio que o Sr. Dr. Élio Maia conseguiu obter, para a CMA, em toda esta negociação, uma vez que a CMA foi, em tudo, penalizada pelo máximo que poderia ser, não tendo conseguido reduzir um cêntimo que fosse aos valores máximos que a resolução de uma situação deste tipo poderia, em juízo, acarretar, pois para além de ter dobrado o valor recebido propõe-se, ainda, pagar todos os juros à taxas legal supletiva para os créditos de empresas comerciais, acrescida da sobretaxa legal máxima.

Uma questão lateral, mas a nosso ver interessante, foi colocada:

- Porque é que, embora fosse esperado pagar 284.411,94 € de juros de mora até 31/3/2007, a recente auditoria privada, (também de 31/3/2007), apenas tenha referido a páginas 48 do anexo, que a Vitasal apenas tinha reclamado, por carta de 24-06-2005, juros vencidos no montante de 116.708 €? Existe alguma reclamação de juros vencidos apresentada pela empresa posteriormente a essa data? Será que ninguém informou os auditores que esta difícil negociação estava a chegar ao fim e que estava encontrado o valor final? Interessante omissão quando se tem observado todo o afã demonstrado por este executivo na tentativa de maximizar o valor da dívida municipal.

3- Acordo com a SAHS

A génese do acordo com a SAHS reside no facto da referida sociedade ser proprietária de uma parcela urbana na zona envolvente ao topo Nascente do Canal de São Roque, com a área de 24.003m2, parcela essa onde se encontram as instalações industriais da empresa e que está abrangida pela área de intervenção do PUPolis que a CMA pretende implementar e da Polis não ter exercido sobre essa parcela o seu direito legal de expropriação.

Ora pela referida parcela urbana a CMA pretende, de acordo com as negociações realizadas, pagar:

- Uma área de 13.392,54m2 de construção acima do solo, no valor de 5.490.941,40€, resultante da aplicação da perequação à parcela.

- Uma indemnização, no montante de 1.856.161€, destinada à construção de uma nova fábrica, correspondente a 4.527,22m2 de área de construção bruta, sendo que para o cálculo deste valor estão, não só, incluídos 50% do valor estimado para construção da nova fábrica, como ainda uma indemnização por lucros cessantes, diminuição de facturação e encargos com os trabalhadores, entre outros.

O que perfaz um total de 17.919,76m2 de área de construção a que corresponde um valor total de 7.347.101,6€ ou seja, em moeda antiga, cerca um milhão e meio de contos. Abençoado Polis que tantas benesses tem distribuído a empresas que tinham terrenos ou instalações situadas na sua área de intervenção! Mas como os balanços (e tudo na vida) têm sempre um deve e um haver, interessará perguntar à custa de quem? Como é que a nossa Câmara, consegue gerar tanta riqueza e está financeiramente tão depauperada? Só que pelos vistos a riqueza criada parece que não é para todos. Apenas para aqueles a quem a sorte bafejou e particularmente as empresas, pessoas ou organizações, que possuem terrenos em áreas intervencionadas.

Há ainda alguns aspectos que é necessário aclarar neste eventual negócio.

- De facto e como já afirmámos, cabe à SAHS, por perequação e de acordo com as dimensões da sua parcela, uma área bruta de construção de 13.392,54 m2. No entanto, a perequação, interessantemente, só se verifica para os proveitos porque, como é prescrito no acordo, competirá à CMA suportar, sozinha, entre outros, os encargos de realização da avenida que o PUPolis propõe para esta unidade de intervenção, bem como a construção do prolongamento do canal e do porto de abrigo. Mais, é acordado que se estas construções, no valor estimado de 2.213.502,16€, não estiverem concluídas, como é previsível dada a falta de meios financeiros da Câmara, até à altura da conclusão e venda das demais construções, a SAHS pode-as executar, a troco de mais 5.498,78m2 de área bruta de construção, nessa unidade de intervenção, ou, se tal não for possível, noutro local de valor equivalente.

- De referir ainda que, como é consabido, a área do edifício da actual fábrica está classificada como zona de equipamento. Mesmo assim, no acordo pressupõe-se que o edifício da fábrica não é recuperável e que o destino funcional da correspondente área de construção poderá ser complementado com outras áreas, designadamente de habitação, comércio e serviços. Caso o edifício tiver de ser recuperado e remodelado e, como está previsto, só puder ter como destino a instalação de equipamentos de carácter cultural ou não puder (como actualmente não pode) contemplar pelo menos 72,25% de área destinada a habitação, comércio ou serviços, a SAHS terá a faculdade de, mediante simples comunicação escrita à CMA, exigir que a área do edifício da actual fábrica passe para a CMA e que, em contrapartida, a CMA ceda à SAHS propriedade com direito de construção equivalente em quantidade de área bruta de construção de 2.577,16m2.

- Finalmente apresentámos a nossa surpresa pelo facto de no acordo estar prevista uma indemnização para construir uma nova fábrica no montante de 1.856.161€ correspondentes a 4.527,22m2 de área de construção bruta e nada ser estipulado para o caso da fábrica não ser construída.

Finalmente interrogámos o Sr. Presidente da Câmara para nos fornecer explicações para estes factos bem como solicitámos nos fosse informado quanto é que a CMA prevê gastar em todo este PU incluindo compras de parcelas e realização de infra-estruturas, bem como o montante de receitas e resultados que é previsto o projecto gerar para a CMA.

4 - Este acordo acabou por ser votado, tendo obtido os votos favoráveis dos deputados municipais da coligação (CDS/PP+PPD/PSD) e os votos contra dos deputados da oposição BE, PCP e Partido Socialista que fez registo de voto de vencido nos termos do artº 93º da Lei das Autarquias.

sábado, maio 12, 2007

Sorry!

Logo agora que a minha andorinha me veio, de novo, visitar!

quinta-feira, maio 10, 2007

Aromas!

Depois do charme demonstrado na visita pedagógica e sem odores desagradáveis realizada ao "exemplar" aterro sanitário instalado em Taboeira...

... já me cheirava!

quarta-feira, maio 09, 2007

Arar no Mar?


Será que, como aconteceu com Bolívar (O General em Seu Labirinto de Gabriel Garcia Marques), vamos acabar por constatar que andámos a “arar no mar”?



Imagem do encontro realizado a 26 de Julho de 1822 na cidade de Guayaquil (Equador), entre San Martin e Simon Bolívar, onde foi decidido iniciar a campanha de libertação da América do Sul, do controlo Espanhol.

terça-feira, maio 08, 2007

Filósofos, passividade e pelintrice!




Até aqui os
filósofos limitaram-se a interpretar o mundo; a partir de agora, o que importa, é transformá-lo.







Karl Marx, Teses sobre Feuerbach


Juntar o Inútil ao Agradável

Já que tenho de mexer no template lembrei-me de vir aqui perguntar:
- Queres ser linkado pelo Margem Esquerda?
Se queres, é só dizer (mas rapidinho não vá o ferry partir)!
E presta atenção:
Eu disse linkado, não disse lixado (este grupo está esgotado)!
Preços (mais que) módicos!

Esta é fácil!

Quem funcionará primeiro?
O Margem Esquerda ou o Ferry-Boat?

Under Attack!

Fui Atingido. Gravemente!

Mas estou-me a equipar para regressar!

sábado, maio 05, 2007

Traição, morte e tragédia!

Hoje o Teatro Aveirense apresenta a peça “MACBETH”, de William Shakespeare.

Como a peça versa sobre um casal que conspira e acaba por matar o Rei, um casal em que a mulher (assumindo uma liderança tipicamente masculina), espicaça a perfídia do homem em momentos de indecisão, será que pode ser considerada uma metáfora (ou uma premonição) à situação actual que por cá se vive?

Não acham que, à cautela, o nosso presidente se deve prevenir (pondo-se, pelo menos, ao abrigo de algum movimento cívico).

É que não sei quem vai ganhar na luta interior de Lady Macbeth. Se a natureza, se a vontade.Vamos ver.

E já agora que estamos em tempo de gestão participada. Vocês sabiam que existe uma metodologia de análise para a tomada de decisão em organizações chamada MACBETH?

O que não se aprende neste blog! E de graça!

Quais Cortes?



Mas quais Cortes? As de 1254?

Dá que pensar!

Ainda se lembram do Balbino Caldeira? O intrépido moralista que vai poluindo a blogosfera com os seus escritos, espalhando lama por tudo o que está ao seu alcance?

Jurei não perder mais tempo com tal senhor, mas recebi (mais) um mail relacionado com o assunto, que me tem feito pensar. E, apesar de não concordar totalmente com o que nele é escrito e poder estar a fazer-vos gastar mais alguma cera com quem não merece, sinto que é meu dever, colocá-lo aqui.

É que dá que pensar. Muito. E estou naturalmente a lembrar-me de pessoas conhecidas (alguns deles amigos que muito prezo) que viram as suas vidas completamente destruídas pela condenação que o "tribunal popular" lhes aplicou e que a absolvição dos Tribunais do nosso Estado de Direito jamais poderá remir.

Leiam, meditem e comentem se assim o entenderem. Bom fim-de-semana.


Meu caro,

Tem sido praticada censura de variada espécie no Blog "O Portugal Profundo", cuja propriedade é do intitulado pai da IV República e da Democracia directa, uma vitima do actual sistema, o mediático António Balbino Caldeira.

Se é legitimo que o proprietário apague comentários insultuosos à sua pessoa, não se compreende porque é que apaga consecutivamente, todo e qualquer comentário que não alinha pelo seu diapasão, nomeadamente algumas questões incómodas que muitas vezes lhe são colocadas.

O narcisismo que sustenta a personalidade de António Balbino Caldeira, é sustentado pelo grupo de fãs, que no recreio colectivo em que se tornou a secção dos comentários aos seus escritos, é praticado sob a forma de endeusamento da personagem e perseguição a todo o ser inteligente que por lá vai passando e coloca questões que aparentemente têm incomodado o proprietário do Blogue.

Segue cópia de um comentário colocado por um anónimo, que apenas durou uns breves minutos no blogue O Portugal Profundo, em resposta ao publicado por António Balbino caldeira no dia 25 de Abril.
Tudo bem analisado, dá um pouco que pensar...

Até breve,


Caro António Balbino Caldeira


Esteja descansado! Este "sistémico" é apenas um aluno de engenharia, com 20 anos de idade, que não trabalha para o SIS, não é do PS, não apoia Sócrates e muito menos defende a maneira como este acabou o curso.

Este "sistémico" está é farto da sua arrogância moralista de fundador da IV República. Diz você que está a chegar a democracia directa. Directa em quê? No linchamento de pessoas e das suas famílias? Na ultrapassagem dos tribunais que, apesar de tudo, garantem aos cidadãos a defesa e o recurso e exigem para a condenação um conjunto de provas legitimamente obtidas? Foi aliás este o seu caso.

Você sentiu-se muito incomodado com alguns comentários que coloquei "sob a capa do anonimato" no seu blog. Devo dizer-lhe que o conteúdo destes se baseou nas suas próprias declarações no seu blog e ao "Correio da Manhã" quando teve problemas por andar a divulgar escutas telefónicas e outros documentos em segredo de justiça. Você ficou muito incomodado com as autoridades que devassaram a sua intimidade e lhe apreenderam o seu computador. Também ficou revoltado por terem incomodado a sua mãe septuagenária.

Como eu o compreendo! O meu pai foi vítima de um processo de difamação pública apoiado por um jornal há mais de uma década. Esteve preso mais de 2 anos preventivamente. A minha mãe teve uma depressão que a acompanha até hoje. Eu fui gozado na escola e na rua durante anos. O meu irmão mais velho suicidou-se alguns anos depois. O meu pai estava inocente e o julgamento absolveu-o mas a sua carreira foi arruinada e teve de começar tudo do zero.

Eu sei quanto custa a defesa de um acusado num processo. Não quero partilhar consigo demasiados pormenores íntimos (sinceramente acho que você não merece) mas eu sei o que é passar fome.

Quando referi o aumento dos suicídios não o estava a ameaçar, seu paranóico. Estava a referir-me a uma notícia dos últimos dias que refere que estes duplicaram. Estava a lembrar-me do meu irmão. Estava a pensar no que você sentiria se um dos filhos de um dos seus visados se suicidasse por causa de uma das suas investigações.

Você diz-se ameaçado e anda a passar a ideia que vivemos num Estado absolutamente vigiado e repressivo. Num Estado repressivo e vigiado o seu blog teria sido silenciado há muito tempo. Não estamos seguramente em Singapura caro Caldeira!

Mas achei muito interessante a sua reacção ao expor o endereço IP do comentador "sob a capa do anonimato". Repare que o nick que escolhi era irónico – parecia que inocentemente eu acreditava no anonimato que você aparentemente garante aos comentadores.

Ficou agora claro para todos os comentadores que você se dedica a inspeccionar os seus IP's e que não hesitará em utilizar essa informação privada para atacar terceiros que o incomodem. Você devia ter colocado um "disclaimer" na área de comentário a avisar os comentadores que os IP's eram guardados, analisados e se você, grande fundador da IV República e do direito das massas à vingança, o entendesse, expostos na praça pública.

Você nunca pensou seriamente no que anda a fazer. Você nunca pensou na mãe septuagenária de Paulo Pedroso, nos filhos e netos de Ferro Rodrigues, na mãe e no pai de Sócrates, etc.

Só a sua mãe septuagenária é sagrada porque só você é inocente. Os que você acusa são todos culpados!!! Não porque um tribunal o decidiu mas porque António Manuel Balbino Caldeira, um homem que está convencido que o Estado está refém de redes pedófilas e outras teorias da conspiração o decidiu.

Note que eu acho que o seu blog prestou um grande serviço público nesta questão da licenciatura de José Sócrates. Contribuiu para melhorar o ensino superior privado e, estou certo, até o ensino superior público. Contribuiu para expor ao povo um Sócrates mais "humano" (porque como nós humanos comete erros e faz asneiras). Contribuiu para posicionar a blogosfera num novo patamar, obtendo o reconhecimento dos meios tradicionais de comunicação social.

Você António Balbino Caldeira é de facto um herói! E eu admiro-o pelos aspectos positivos da sua actuação. Mas começar a publicar textos onde analisa a distância entre o ISEL e a UNI como se correspondessem a uma prova fabulosa contra José Sócrates ou voltar a repisar a questão das equivalências querendo ser você uma espécie de "Conselho Científico de um homem" que não pode ser questionado…. Francamente acho que está na altura de você ir de férias.

Agora faça ao seu post sobre os comentários de "moi-même", "yours truly" o que quiser. Mas saiba que mordeu o isco de uma ratoeira construída por mim. E se mordeu o isco neste caso com base em meia dúzia de afirmações anónimas nos comentários do seu blog pergunto-lhe: quantas mais vezes se vai deixar enganar? E quantas vezes se deixou enganar anteriormente?

Agora faça o que quiser. Faça queixa às polícias ou a Ministério Público (afinal parece que dão jeito…). Lance uma investigação sobre mim…

Uma coisa você não me tira: eu consegui que o grande fundador da IV República, o Justo António Balbino Caldeira, virasse ele próprio um PIDE ao expor publicamente um endereço IP e ao pedir colaboração aos outros investigadores/comentadores para apanhar o tenebroso "Sob a capa do anonimato" (se calhar um dos investigadores sou eu… LOL)


IP
130.94.123.92 sob a capa do anonimato Homepage 26.04.07 - 11:32 am #

MARGEM ESQUERDA

Um blog genuinamente nacional ...

... que, às vezes, é visitado por muita gente.

Outras não!

sexta-feira, maio 04, 2007

Que inferno!

Será que as obras, na Ponte da Barra, nunca mais acabam?

Entrevistas

Vem hoje, no Diário de Aveiro, uma interessante entrevista dada por Joaquim Marques, nosso colega da Assembleia Municipal de Aveiro e ex-vereador do PSD.

A ler com (muita) atenção. Mais um excelente trabalho da Maria José Santana e do Rui Cunha.

Só é pena que a versão online não esteja completa. Mas, certamente ainda haverá jornais disponíveis.

quinta-feira, maio 03, 2007

Filma aí! Filma aí!

Acho que as pessoas que prestam relevantes serviços ao País, quando deixam de exercer funções, devem sair pela porta grande. E, se possível, em horário nobre, para as televisões registarem o evento.

Por isso, quero-vos dizer que não gostei nada do que vi nos ensaios da
cerimónia de despedida, que vão fazer ao Carmona. Nem um aperto de mão? Bando de malcriados!

Acumulações!

Também acho. Mas não exactamente pelas mesmas razões.


É que, a
manter-se o actual estado das coisas, a sigla começa a ficar muito comprida e dífícil de dizer! Só pês são quatro!

Procuram-se ideias!


Também posso dar a minha sugestão?
Ok? Então aí vai.


quarta-feira, maio 02, 2007

Números são Números

No dia 2 do corrente mês de Maio foi dado público conhecimento de partes do Relatório Final da Auditoria Financeira à Câmara Municipal de Aveiro, realizada por Auren Auditores e Associados, SROC, S.A. datado de 30 de Março último e cuja proposta de execução havia sido apresentada pela Bancada do Partido Socialista e merecido o voto favorável da Assembleia Municipal de Aveiro.

Após uma primeira e rápida leitura dos documentos que foram disponibilizados online no site da Câmara, pude constatar tratar-se de um documento que reflecte um trabalho realizado de acordo com as melhores normas e metodologias geralmente aceites de auditoria, que pode, e deve, servir como base não só da elaboração das estratégias públicas a serem prosseguidas mas, também, para promover a melhoria dos procedimentos dos próprios serviços municipais .

Das conclusões avulta a identificação do passivo da CMA com referência a 22-10-2005, peça fundamental para que se possa conhecer o valor da dívida nessa data. O valor do passivo aparece dividido em 3 grandes grupos a que procuraremos, de uma forma muito simples, dar significado:

1- Obrigações (passivo exigível) constituídas por:

1.1- Dívida propriamente dita (aquilo que realmente se deve e que para saldar é necessário pagar) e que é constituído pelas dívidas a terceiros de médio e longo prazos (aquelas que tem o vencimento a mais de 1 ano) e dívidas a terceiros de curto prazo (as que tem o vencimento a menos de 1 ano.

1.2- Provisões para riscos e encargos que são valores que, no momento da análise, não são dívidas propriamente ditas mas que se podem transformar em encargos se se verificar o risco associado à situação que a provisão pretende financeiramente acautelar. São passivos de tempestividade ou quantia incerta e são efectuados por um valor estimado suficiente para fazer face ao cumprimento de uma obrigação que existe no presente, resultante de um acontecimento passado. Para serem saldados implicam a utilização da provisão.

2- Acréscimos e diferimentos que neste caso respeitam fundamentalmente à especialização por exercícios de subsídios, a fundo perdido, recebidos. Estes valores reflectem, de uma forma geral, a capacidade que o executivo teve em obter financiamentos a fundo perdido.

Simplificadamente (os meus colegas que me perdoem a simplificação que apenas pretende que os não iniciados na matéria percebam melhor do que se está a falar) são consideradas 3 classes de Passivo:

- A que corresponde a dívidas existentes que é necessário pagar - (dívidas a terceiros)
- A que não sendo dívida no presente (são valores que se destinam a prevenir a ocorrência de certos riscos), pode ser necessário utilizar no futuro - (provisões para riscos e encargos)
- A que não é dívida no presente nem nela se poderá transformar no futuro - (acréscimos e diferimentos).

Dada esta explicação prévia e deixando os acréscimos e diferimentos para uma segunda análise os valores encontrados pela auditoria e reportados a 22-10-2005 são os seguintes (em milhares de euros):



CÂMARA MUNICIPAL DE AVEIRO

Dívidas a terceiros – Curto Prazo ------------ 59.648
Dívidas a terceiros – M/L Prazo--------------- 90.221

Total da Dívida da CMA---------------------- 149.869

Provisões para riscos e encargos ------------- 4.175

Total do Passivo Exigível da CMA---------- 154.044

Nota: As provisões para riscos e encargos respeitam a riscos de natureza específica e provável relacionados com as seguintes entidades. Condop, CPE, Eurest, FDO, J.A. Arquitectos, Manuel Figueiredo Dias, Rodimo e Vitasal.


SERVIÇOS MUNICIPALIZADOS DE AVEIRO

Dívidas a terceiros – Curto Prazo ----------- 9.591
Dívidas a terceiros – M/L Prazo-------------- 1.464

Total da Dívida da SMA---------------------- 11.055

Provisões para riscos e encargos ------------- 0

Total do Passivo Exigível da SMA---------- 11.055



TOTAL DO GRUPO MUNICIPAL
(CMA+SMA+EMPRESAS - MOVEAVEIRO, TRANSRIA, EMA, TEATRO AVEIRENSE, TEMA, AVEIRO-EXPO, PDA)

Dívidas a terceiros – Curto Prazo ------------ 71.616
Dívidas a terceiros – M/L Prazo--------------- 91.685

Total da Dívida ------------------------------ 163.301

Provisões para riscos e encargos ------------ 4.838

Total do Passivo Exigível ------------------ 168.139



Finalmente restará assinalar que o total dos acréscimos e diferimentos ( passivo não exigível) é de 33.171m€ o que dá um Passivo Total (Exigível + Não exigível) para o Total do Grupo Municipal de 201.310m€.

Uma consideração final. Estes valores da dívida que não se afastam muito dos que foram fornecidos pelo relatório da IGF (que não apurou as provisões para riscos e encargos) são, como sempre dissemos, preocupantes mas não são dramáticos. Exigem sim medidas concretas para corrigir o défice estrutural do Município que visem impedir que mesmo num quadro de quase total ausência de novas obras, a dívida venha, desde Outubro de 2005, a aumentar a um ritmo inquietante e permitam a diminuição do valor da dívida.

Mas, como já anteriormente afirmámos, mais grave do que reconhecer que o actual executivo não tem ideias nem “unhas” para pôr em execução as medidas vitais necessárias é, por simples teimosia a que o Sr. Presidente da Câmara chama cumprimento de promessas eleitorais, insistir em tomar medidas que vão ao arrepio de todas as recomendações que têm sido feitas. Que, para bem de Aveiro e de todos nós, deviam ser aceites e seguidas pois o grande problema que Aveiro hoje enfrenta não é o défice financeiro. O grande problema é o défice de ideias e o défice de decisões acertadas do actual executivo.

Mas, cumprindo a parte que nos cabe, brevemente apresentaremos (mais) algumas ideias simples que, se forem seguidas (o que duvidamos dado o autismo com que as nossas propostas foram, até agora, recebidas), contribuirão, certamente, para a resolução deste problema. Já se perdeu tempo demais. Aveiro não pode continuar adiado.

terça-feira, maio 01, 2007

Conselhos de Portugal


Aceite um conselho do nosso Presidente. Não visite Aveiro.

Andam por lá uns espertos a querer intrujar os incautos.


A sorte é que,
como se pode verificar, a mentira tem a perna curta!



(pedimos-lhe paciência para a demora que o carregamento do ficheiro da Auditoria Financeira realizada ao Município de Aveiro pode provocar mas, acredite, a sua leitura vale a pena. E, antes de começar a verificar os valores, atente na data do Relatório Final e na data da carta que capeou o envio do mesmo relatório. Com que então não sabiam de nada? E não havia reunião privada pois não? Um mês para estudar como haviam de descascar o abacaxi e a única coisa que conseguiram inventar foi isto? Que tristeza meu Deus! O que o poder faz às pessoas! Minha querida andorinha!)

Nota final: Já me esquecia. Viram a garbosa prestação do nosso Presidente no programa Concelhos de Portugal emitido na RTPN há bocadito? Não viram? Peçam uma gravação. Privada como, no caso, convém. Valha-nos Deus!