terça-feira, abril 28, 2009

Utilidades


Queres conhecer os valores actuais e históricos da Euribor a 3 meses?

Ou, por exemplo, o que é um cap ou qual tem sido a evolução das taxas swap?

Não queres pois não? Se calhar porque não sabes o que são nem para que servem!

Mas se tens dívidas indexadas à euribor, mais vale que comeces a preocupar-te em saber o que são. Pode ser que esse conhecimento te venha a ser útil daqui a algum tempo.

EU Profiler


Queres saber o teu verdadeiro posicionamento no
panorama político das Eleições Europeias de 2009?
Se queres, clica aqui.

M'ESPANTO ÀS VEZES, OUTRAS M'AVERGONHO


Já não me espanto quando leio as notícias da actuação daqueles que foram eleitos para cuidar dos interesses de Aveiro e dos Aveirenses.

Mas ainda me envergonho.

Agora são os directores do Galitos a denunciar "estarem a ser vítimas de uma
perseguição sem tréguas movida pela Câmara da maioria PSD/CDS, chefiada pelo Dr. Élio Maia "muito para além do que a situação conjuntural de crise faria prever".

Mas, apesar de termos perdido a capacidade de nos espantarmos face à multiplicidade de factos deste jaez de que vamos tendo conhecimento, esperamos não perder a capacidade de nos continuarmos a envergonhar.

É que "quem perde a vergonha, não tem mais nada que perder"

segunda-feira, abril 27, 2009

Contributos para a construção do Plano Autárquico do PS

Se tiveres contributos que consideres pertinentes para a construção do Plano Autárquico do PS poderás enviá-los para raulventuramartins@gmail.com que eu me encarregarei de os fazer chegar ao G20 - grupo de personalidades aveirenses assim "crismado" por, inicialmente, ser constituído por 20 pessoas que, sob a égide do Gabinete de Estudos Concelhio do PS, está a elaborar o Plano Autárquico de José Costa - para serem apreciados na reunião que vão realizar no dia 29 do corrente mês e, eventualmente, incluídos no programa.

sexta-feira, abril 24, 2009

Abril


Havia uma lua de prata e sangue
em cada mão.

Era Abril.

Havia um vento
que empurrava o nosso olhar
e um momento de água clara a escorrer
pelo rosto das mães cansadas.

Era Abril
que descia aos tropeções
pelas ladeiras da cidade.

Abril
tingindo de perfume os hospitais
e colando um verso branco em cada farda.

Era Abril
o mês imprescindível que trazia
um sonho de bagos de romã
e o ar
a saber a framboesas.

Abril
um mês de flores concretas
colocadas na espoleta do desejo
flores pesadas de seiva e cânticos azuis
um mês de flores
um mês.

Havia barcos a voltar
de parte nenhuma
em Abril
e homens que escavavam a terra
em busca da vertical.

Ardiam as palavras
Nesse mês
e foram vistos
dicionários a voar
e mulheres que se despiam abraçando
a pele das oliveiras.

Era Abril que veio e que partiu.

Abril
a deixar sementes prateadas
germinando longamente
no olhar dos meninos por haver.

José Fanha

O Misterioso Aprendiz

Alguém conhece?

O primeiro passo

(clicar para aumentar)

terça-feira, abril 21, 2009

Dá para acreditar?


Então agora que, para felicidade dos Aveirenses, o Dr. Élio Maia está a meia-dúzia de dias de largar o cargo de Presidente da Câmara e de se ir embora, depois de tudo o que se passou, é que se lembrou de encomendar a uma entidade externa (mais) um estudo para decidir se avança ou não com a parceria público-privada para implementação da Carta Educativa?

Dá para acreditar?

Não dá pois não?

E, para não vos chocar mais, nem vos conto que outro objectivo deste estudo é concluir sobre o que o Dr. Élio Maia deve fazer ao universo empresarial municipal e quais as empresas que deverá privatizar.

Já tenho visto coisas más. Mas Isto é tão mau, tão mau, que até para criticar me faltam as palavras.

Cada vez percebo menos de política!


Então quando eu começava a achar que o Engº Ribau Esteves andava a assumir posições politicamente sérias, vêm os seus companheiros de partido afirmar que a seriedade política nunca foi a sua maior virtude.

Fiquei baralhado!

E mais baralhado fiquei quando vi a prenda que a JSD lhe quer oferecer no seu próximo aniversário.

Boletim Eleitoral


Está a sair bem, não está?


sábado, abril 18, 2009

Vamos ter muitas saudades. Não vamos?


Se a Dra. Regina Bastos prometer que não volta a Aveiro nos próximos 5 anos, vamos todos votar nela.

Já telefonámos ao Maire de Estrasburgo a pedir-lhe para a receberem com tanta alegria como aquela com que a nós a mandamos.

O nosso camarada Roland Ries ficou tão sensibilizado com a possibilidade de regresso da nossa Presidente que já mandou colocar, na Allée du Printemps, o cartaz de boas vindas.


Nota: Quando olhamos para a lista de candidatos do PSD ao Parlamento Europeu é que percebemos as dificuldades do PSD para apresentar uma lista de candidatos à Câmara de Aveiro, com um mínimo de qualidade.

terça-feira, abril 14, 2009

A Saga do Empréstimo - A Renegociação


Após um largo (e feliz) período em que não tivemos de ouvir os despautérios do Dr. Pedro Ferreira, o ainda vereador das finanças do executivo chefiado pelo Dr. Élio Maia veio a público anunciar que está (secretamente) a renegociar, com a Caixa Geral de Depósitos, as condições do empréstimo de 58 milhões de euros.

Esquece-se o Dr. Pedro Ferreira que a negociação (ou renegociação) de um contrato implica, sempre, a vontade das partes. E não conseguimos vislumbrar a razão que levaria a CGD a diminuir as taxas de um empréstimo livremente negociado e aceite pela CMA, trocando aquele que tem assinado por um contrato com taxas de juro inferiores. A menos que a juventude do Sr. Vereador lhe faça crer que a CGD é, não uma instituição financeira, mas a Santa Casa da Misericórdia.

Em altura oportuna a CGD propôs à CMA duas hipóteses para a fixação do juro do empréstimo: Taxa fixa de 5,9% ou taxa euribor a 3 meses (que hoje se fixou em 1,423%) adicionada de cerca de 0,64% de encargos (o que daria, à data de hoje, cerca de 2%).

O executivo chefiado pelo Dr. Élio Maia, ignorando os conselhos do Partido Socialista e, inclusivamente, fazendo orelhas moucas às recomendações do Departamento Económico Financeiro da Câmara Municipal que advertia para a "necessidade de salvaguardar a possibilidade de se verificarem alterações substanciais nos Mercados Financeiros das quais resultasse um claro prejuízo do Município”, incompetentemente, decidiu-se, para desgraça de todos os aveirenses, pela taxa fixa, sem cuidar de acautelar as consequências dessas previsíveis alterações.

Mas, infelizmente, são os Aveirenses que vão ter de suportar as consequências dessa gravosa negligência que, neste momento, deverá atingir mais de uma dezena de milhões de euros, para o período do contrato.

Se tivesse optado pela taxa variável, como recomendámos, fácil seria agora renegociar os juros do empréstimo fixando uma taxa fixa próxima de metade dos 5,9% contratados. Agora o contrário…

Mas as afirmações do Dr. Pedro Ferreira não ficam por aqui. Ao seu jeito atrevido e inconsequente, não exclui a hipótese da autarquia voltar a colocar o empréstimo “no mercado”, esquecendo-se de todo o longo e penoso processo que levou à aprovação deste contrato com a CGD, da actual situação do mercado e, até, do facto de, à altura, ter sido a CGD a apresentar a única proposta satisfatória, ao concurso lançado pela CMA.

Mais! O delfim do Dr. Élio Maia, em vez de vir pedir a absolvição pelo clamoroso erro cometido e apresentar o seu público pedido de demissão, retirando-se para lugar onde não possa ser nocivo aos Aveirenses, insiste em afirmar que a opção tomada foi acertada. Afirmação que seria cómica, não fosse ela de consequências tão trágicas. Afirmação que avaliza bem a qualidade técnica e política deste executivo.

Não compreendemos ainda porque é que até agora só se pagaram 36 milhões, dos 50 milhões do empréstimo já utilizados. Então o empréstimo não era urgentemente necessário para a CMA pagar as suas dívidas (embora contraindo outras mais avantajadas dívidas) e tornar-se uma pessoa de bem? Então a CMA já não tem dívidas? E se tem porque não as paga uma vez que até “sobram” 8 milhões de euros para utilizar “numa altura posterior” (ou seja lá mais para perto das eleições).

Será possível que o nível de falta de vergonha deste executivo consiga superar o nível da sua incompetência?

Valha-nos Deus!

segunda-feira, abril 13, 2009

MFL - A Verdade do Photoshop



As tréguas da Páscoa para um animal ferido

Há um ditado africano que serve normalmente de alerta e que reza, mais ou menos, assim: “Se enfrentares um leão, não o firas, mata-o”. Este ensinamento foi aprimorado por Maquiavel para fazer uma série de recomendações a quem se move no mundo da política: “Ao teu inimigo, não o firas, mata-o, se não vira-se contra ti”.

Estes postulados servem à justa ao futuro de José Sócrates. Ou me engano muito ou o “animal ferido” irá, um destes dias, rugir.

José Sócrates anda na política há umas boas dezenas de anos, mas foi necessária a leve suspeita de que poderia ser candidato à liderança do PS para se iniciar campanhas sucessivas que ameaçam não parar. Até hoje. Mesmo antes de ser eleito secretário-geral do PS, Sócrates enfrentava um rumor sobre as suas preferências sexuais; em plena campanha eleitoral – que lhe deu maioria absoluta – suportou o início do caso Freeport; já eleito primeiro-ministro, e durante estes anos, vem defrontando insinuações rasteiras e outras alusões às casas de Guarda, à licenciatura, ao mestrado, à compra de casas, de novo, ao Freeport, a negócios na Covilhã; pelo meio, até houve direito a uma torpe insinuação feita por uma revista através de uma foto dele com o irmão; nem sequer escaparam os alegados envolvimentos, com outras tantas perfídias, da actual família – pai, mãe, tio, primo, irmão – até a antiga – ex-sogro, ex-mulher; só falta agora descobrir que os filhos roubam lápis de cor no colégio.

Não sei se me falha a memória, mas não me recordo de assistir a uma campanha metódica, ininterrupta, insidiosa e sufocante contra um político em Portugal como esta que se está a assistir.

E, no entanto, não o mataram.

E enquanto o mundo da investigação jornalística se entretém com José Sócrates, vão escapando, por entre os pingos de chuva, ex-governantes que chegaram pobres aos seus anteriores cargos e hoje estão ricos.

Aquilo que assisti durante um ou outro fim-de-semana, com início nas noites de sexta-feira, enoja-me como jornalista. E envergonha-me. A Páscoa trouxe umas tréguas, mas desconfio que foi apenas um intervalo. A campanha começa dentro de momentos. Se não for com o freeport, há-de ser com outra coisa qualquer.


Publicada por Emídio Fernando em Correio Preto

domingo, abril 12, 2009

Aveiro 250 anos - 2 confirmações, 1 dúvida


Para além de confirmarmos as ideias que a elevação de Aveiro a cidade foi essencialmente justificada por um pseudo-atentado contra D.José (de cuja existência não há provas seguras) e que, sem a abertura da barra (bem como das obras de consolidação posteriormente realizadas), Aveiro não existiria e toda a zona lagunar da Ria de Aveiro seria um enorme charco pestilento sem actividade económica e adverso à fixação de pessoas (valerá a pena relembrar o “tratamento” que Aveiro proporcionou a Luís Gomes de Carvalho, grande obreiro da abertura da barra nova), ouvimos, com alguma estupefacção, o Dr. Élio Maia garantir estar determinado emplanear estrategicamente Aveiro a médio e longo prazo, investir no tempo presente e construir um município inovador”.

Será que a barra está novamente a tapar?

sexta-feira, abril 10, 2009

Aveiro sempre em Primeiro


Já todos sabíamos que Aveiro ocupava o 1º lugar dos Municípios Portugueses
com maior prazo de pagamentos apurado.

Mas, mercê do competente e abnegado esforço deste executivo, o Concelho de Aveiro é aquele que, de acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios apresentado esta semana, tem o
maior desequilíbrio financeiro entre os Municípios Portugueses.

Os nossos parabéns ao Dr. Élio Maia e ao seus vereadores por terem conseguido tão prestigiosa distinção que demonstra, à evidência, o êxito da aplicação das suas tão bem gizadas
estratégias assentes nas, já famosas,
29 medidas.

Fico também satisfeito por, finalmente, virem, não 3 mas 4 doutores, confirmar aquilo que sempre afirmámos e o Sr. Presidente da Câmara e a sua equipa sempre procuraram negar. O Município de Aveiro para além de enfrentar uma situação de ruptura financeira, estava (e está) em situação de desequilíbrio estrutural e, em devida altura, deveria ter utilizado os meios competentes para o combater e deveria ter aplicado as medidas necessárias para resolver essa delicada situação. Situação que, aliás, se vem a agudizar.

Só que para as aplicar, para além de competência é necessária coragem política. Duas coisas que, como sabemos, não abundam pelos lados deste executivo.

E não vale a pena o Dr. Élio Maia mandar dizer que estes números "espelham uma realidade completamente datada" pois são as suas próprias palavras que o desmentem.

De facto, se lermos a sua Comunicação à Assembleia Municipal de
19 de Fevereiro de 2008 (pág. 19) e a que fez, um ano depois, em 18 de Fevereiro de 2009 (pág. 25-26) verificamos imediatamente que, de 31 de Janeiro 2008 a 31 de Janeiro de 2009, se verificou um aumento do total das dívidas superior a 6,4 milhões de euros. Isto é a dívida não foi estancada com a Estratégia de Recuperação Financeira do Dr. Élio Maia. Bem ao contrário, foi grandemente aumentada.

Mais, verifica-se que depois da utilização do empréstimo efectuado junto da CGD que se destinava ao pagamento das dívidas de curto prazo, estas apenas diminuíram cerca de 15,6 milhões de euros e, em Janeiro de 2009, já atingem o montante de cerca de 15 milhões de euros.

Pelo caminho fica a incompetente assinatura de um contrato de empréstimo de 58 milhões de euros a uma inexplicável taxa fixa de 5,9% que vai gerar encargos de vinte e tal milhões de euros. Encargos que seriam bem menores se tivessem dado ouvidos aos conselhos da oposição.

Palavras para quê?

Face à evidência destes indesmentíveis factos que demonstram a total incapacidade deste executivo para lidar com esta difícil situação e implementar as necessárias medidas correctivas, o Dr. Élio Maia deveria consultar a sua consciência e, obviamente, assumir as consequências da sua acção.

Isto se, como cremos, prezar Aveiro e as suas gentes.

sábado, abril 04, 2009

Sábado da gaita!

Rotundas - Esclarecimento


Esclarecimento da Ex-DGV:


Tendo em conta as disposições aplicáveis do Código da Estrada, na redacção que lhe foi conferida pelo Decreto-Lei nº 44/2005, de 23 de Fevereiro, constantes dos artºs 13º, nº1; 14º, nºs 1 a 3; 15º, nº1; 16º, nº1; 21º; 25º; 31º, nº1, c) e 43º e as definições referidas no artº 1º do mesmo Código, na circulação em rotundas os condutores devem adoptar o seguinte comportamento:

1- O condutor que pretende tomar a primeira saída da rotunda deve:

- Ocupar, dentro da rotunda, a via da direita, sinalizando antecipadamente quando pretende sair.

2 - Se pretender tomar qualquer das outras saídas deve:

- Ocupar, dentro da rotunda, a via de trânsito mais adequada em função da saída que vai utilizar (2ª saída = 2ª via; 3ª saída= 3ª via);

- Aproximar-se progressivamente da via da direita;

- Fazer sinal para a direita depois de passar a saída imediatamente anterior à que pretende utilizar;

- Mudar para a via de trânsito da direita antes da saída, sinalizando antecipadamente quando for sair.



Não sei porquê mas cheira-me que vai haver alguém que vai ficar chateado com este esclarecimento que recebi por email.

sexta-feira, abril 03, 2009

Sexo, poder e provérbios populares

Nasci num tempo em que o poder estava, por tradição, entregue aos homens. As mulheres, esposas dedicadas e mães extremosas, limitavam-se a aconselhar os maridos no anonimato dos seus lares, longe do ruído da vida pública. E com a sua inteligência e intuição naturais aliadas a uma forma diferente de ver o mundo fizeram vingar o aforismo:

Por detrás de um grande Homem, está sempre uma grande Mulher!

Embora o mundo ainda continue a ser predominantemente masculino, todos temos assistido a uma progressiva e merecida ascensão das mulheres a lugares de liderança, feita à custa de redobrado esforço e dedicação, de tal forma que o ditado passou para:

Por detrás de uma grande Mulher, está sempre… ela própria!

Há dias contaram-me que, não raramente, alguns conhecidos decisores, interrompem as reuniões que estão a liderar para, publicamente, telefonarem às suas mulheres para lhe perguntarem a resolução que, nesses casos, deverão tomar. Será o suficiente para afirmar que:

Por detrás de um grande Homem, estará sempre uma grande Mulher… mandando nele?

O moleiro e o carvoeiro


Um moleiro e um carvoeiro
Travaram-se de razões;
Era um da cor da neve;
Outro da cor dos carvões.
Cada qual deles teimava
Que o outro mais sujo estava;
Tinham ambos a mão leve,
Choveram os bofetões.

E qual foi o resultado?
Um ao outro se sujou;
Pois ficou,
O carvoeiro, empoado;
E o moleiro, enfarruscado.

Assim fazem as comadres,
Se começam a ralhar;
Assim fazem os compadres,
Se a política os separa:
Cada qual sem se limpar,
Consegue o outro sujar;
Nem é isso coisa rara.


Henrique O'Neill

quinta-feira, abril 02, 2009

Subsídios para a reforma do CPP

Recebi por email a seguinte proposta de alteração ao CPP, com vista a acabar com as campanhas negras contra cidadãos condenados, alegadamente inocentes, que se pretende entre imediatamente em vigor e tenha efeitos radioactivos e retroactivos desde sempre e enquanto existir o Governo da República, que não posso deixar de compartilhar convosco.



CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

LIVRO X - Das execuções
TÍTULO I - Disposições gerais
(...)


Artigo 468°-A
(Águas de Bacalhau)



1. Se o condenado conseguir endrominar pena em que foi condenado, transitada ou não em julgado, por qualquer meio, por período igual ou superior a um ano, nomeadamente com a interposição de recursos manifestamente infundados para todas as instâncias e revista nacionais ou internacionais, ou ainda interpondo recursos extraordinários, iludindo as autoridades responsáveis pela sua captura ou tendo sido declarado na situação de contumácia, tem o direito a requerer ao tribunal que a pena seja declarada em situação de águas de bacalhau.

2. O tribunal não pode deixar de declarar a pena em situação de águas de bacalhau, a qual é irrecorrível, transitando logo em julgado.

3. Se o tribunal não proferir decisão no prazo de 24 horas o cidadão pode recorrer para o julgado de paz competente.

4. A pena declarada em águas de bacalhau não mais poderá ser cumprida ou considerada em cúmulo jurídico, ficando o Ministério Público impedido de promover o respectivo cumprimento.

5. O arguido que tiver pena declarada em situação de águas de bacalhau poderá exigir indemnização ao Estado a calcular no valor de 5.000 € por cada mês ou fracção de prisão não cumprida.

6. Se o arguido for figura pública essa indemnização será de 20.000 € por cada mês ou fracção de prisão não cumprida.

7. No caso previsto no número anterior, nenhuma pessoa ou órgão de comunicação social poderá difundir, ou simplesmente aludir, à existência de pena declarada em situação de águas de bacalhau.