sexta-feira, abril 03, 2009

O moleiro e o carvoeiro


Um moleiro e um carvoeiro
Travaram-se de razões;
Era um da cor da neve;
Outro da cor dos carvões.
Cada qual deles teimava
Que o outro mais sujo estava;
Tinham ambos a mão leve,
Choveram os bofetões.

E qual foi o resultado?
Um ao outro se sujou;
Pois ficou,
O carvoeiro, empoado;
E o moleiro, enfarruscado.

Assim fazem as comadres,
Se começam a ralhar;
Assim fazem os compadres,
Se a política os separa:
Cada qual sem se limpar,
Consegue o outro sujar;
Nem é isso coisa rara.


Henrique O'Neill

1 Comments:

At terça-feira, abril 07, 2009 9:30:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Ó sinhô dotô

Eu não vi o sinhô professô coimbra enfarruscado. Tá a falar de quê?

Cacieiro

 

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