O moleiro e o carvoeiro

Um moleiro e um carvoeiro
Travaram-se de razões;
Travaram-se de razões;
Era um da cor da neve;
Outro da cor dos carvões.
Cada qual deles teimava
Que o outro mais sujo estava;
Tinham ambos a mão leve,
Choveram os bofetões.
E qual foi o resultado?
Um ao outro se sujou;
Pois ficou,
O carvoeiro, empoado;
E o moleiro, enfarruscado.
Assim fazem as comadres,
Se começam a ralhar;
Assim fazem os compadres,
Se a política os separa:
Cada qual sem se limpar,
Consegue o outro sujar;
Nem é isso coisa rara.
Henrique O'Neill
1 Comments:
Ó sinhô dotô
Eu não vi o sinhô professô coimbra enfarruscado. Tá a falar de quê?
Cacieiro
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