Aveiro 250 anos - 2 confirmações, 1 dúvida

Para além de confirmarmos as ideias que a elevação de Aveiro a cidade foi essencialmente justificada por um pseudo-atentado contra D.José (de cuja existência não há provas seguras) e que, sem a abertura da barra (bem como das obras de consolidação posteriormente realizadas), Aveiro não existiria e toda a zona lagunar da Ria de Aveiro seria um enorme charco pestilento sem actividade económica e adverso à fixação de pessoas (valerá a pena relembrar o “tratamento” que Aveiro proporcionou a Luís Gomes de Carvalho, grande obreiro da abertura da barra nova), ouvimos, com alguma estupefacção, o Dr. Élio Maia garantir estar determinado em “planear estrategicamente Aveiro a médio e longo prazo, investir no tempo presente e construir um município inovador”.
Será que a barra está novamente a tapar?
8 Comments:
Dr.
Tambem estou estupefacto com as declarações do élio depois de quase quatro anos sem fazer nada. é preciso ter lata
NB
Caro Raúl Martins.
Tal como está descrito no seu post, o Eng. Luis Gomes de Carvalho foi expulso por toda a gente: nobreza, clero e POVO.
Foi por unanimidade.
Caro Migas
De facto O POVO, manipulado pelas elites, sempre serviu para dar cobertura às mais vergonhosas insídias e decisões. Ontem como hoje.
E o que se cita é a vergonhosa acta da reunião de 21/6/1823 da vereação municipal de Aveiro a que o POVO assistiu. Ontem como hoje.
Mas para conhecer melhor a pessoa e o carácter de Luís Gomes de Carvalho atente nas palavras que João Sarabando lhe dedicou
"Notabilíssimo engenheiro, rijo caracter, homem de antes quebrar que torcer, acabou por sucumbir às criminosas insídias, às vis calúnias dos inimigos.
Simplesmente, “Ave Aveiro!”, quando o essencial das projectadas obras estava cumprido, a barra, que equivalia a montanhas de oiro, já se encontrava praticável a muita navegação.
Vilipendiado, escarnecido, humilhado, o vulto de Luís Gomes ascende, no trabalho de Jaime Gralheiro, a um trono de glória. Mil vezes merecidamente, saibam quantos..."
Está claro que embora sendo um homem recto e de bons costumes não era miguelista e as suas relações com o clero não eram as melhores. Por isso foi expulso. Mas isso não é nada que hoje não se continue a passar.
Abraço
Raul Martins
Meu Caro
Acho que, apesar de tudo, "ontem" era bem pior. Era mais do género do "tudo ou nada".
Hoje as pessoas são, por inúmeras e distintas razões, mais flexíveis.
No entanto, defendo que, nas adversidades e na complexidade da vida, sejam quais forem os "caminhos" e as "propostas" há coisas nas quais não devemos ceder: nas convicções e no bom-senso.
Abraço
Palavras do Élio, leva-as o vento.
Como não sabe rigorosamente nada,apenes tem lata, para enganar o POVO.
Sobre as declarações do Élio....quack, quack
Reuniu-se a Vereação Municipal da época (o estado absolutista do Sr D. Miguel era muito democrático) o clero, a nobreza e o povo da cidade e decidiram expulsar da cidade o cidadão Luís Gomes de Carvalho.
Pensava eu que em regime absolutista quem mandava era o Rei que mandava.
Com historiadores como estes a cidade vai longe!...
Vai lá vai... até a barraca abana!...
Ninguem sabe quem manda nesta Câmara à deriva.
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