domingo, agosto 30, 2009

José Costa constata insatisfação em Eixo

Insatisfação quanto ao trabalho de quem está no poder (Câmara e Junta PSD/CDS-PP), insatisfação pelo mau estado em que se encontram os tanques e fontes da freguesia, insatisfação, ainda, por causa da degradação que atinge casas, espaços exteriores e arruamentos do Bairro Social de Vila Verde.

Este domingo, as candidaturas socialistas de José Costa à câmara Municipal de Aveiro e de à Assembleia de Freguesia, José Moreira, foram confrontadas, este domingo, com um rol de queixas dos moradores de Eixo, que acusam o actual executivo camarário, presidido por Élio Maia (Coligação Juntos por Aveiro), de se ter esquecido deles, durante estes quatro anos, e com a denúncia de obras feitas à pressa, nos últimos dias, “para tapar buracos” nos acessos a algumas casas daquele bairro.

O candidato socialista à Câmara de Aveiro dedicou a manhã de domingo a contactos com a população de Eixo. Acompanhado por outros candidatos socialistas à Câmara, à Assembleia Municipal e à Assembleia de Freguesia de Eixo, José Costa esteve na Feira de Eixo, tomou contacto com a degradação e abandono dos tanques, chafarizes e fontes e visitou o Bairro Social de Vila Verde, propriedade da Câmara, onde os moradores se queixam do mau estado tanto das casas como dos espaços exteriores, acessos incluídos, e pedem um parque infantil.

“Na semana passada andaram para aí a tapar uns buracos à pressa, mas, mal chova, vai voltar tudo ao mesmo”, diz, sem papas na língua, uma moradora no bairro, obrigada a deslocar-se de cadeira de rodas.

Das oito fontes que existem na freguesia – ficou a saber-se - que a maior parte não tem qualquer utilidade. Além de apresentarem caudais fracos, por manifesta falta de manutenção, seis exibem a indicação “água não controlada” e, em duas, não existe qualquer indicação quanto à qualidade da água, que facilmente se deduz estar imprópria para consumo humano.

Colocam-se placas “água não controlada”e pronto. Está resolvido o problema…”, ironiza José Moreira, o independente que encabeça a lista do PS para a Assembleia de Freguesia, acrescentando que esta solução, encontrada pela Junta de Freguesia, não obriga a realizar análises à água, e não dá tanto trabalho pois “é mais fácil colocar uma placa do que limpar as tubagens”.

Romana Fragateiro candidata-se consciente das dificuldades


“Não é fácil o percurso dos próximos quatro anos, se formos eleitos, mas temos vontade de o percorrer e sabemos que o podemos fazer, por isso aqui estamos hoje”.

Foi
assim, apreensiva mas determinada e confiante, que a presidente da Junta de Freguesia de Esgueira, Romana Fragateiro (PS), apresentou, ontem à noite (6ªfeira), a sua equipa e as linhas mestras da candidatura a mais um mandato de quatro anos à frente dos destinos da freguesia.

“Sabemos que o podemos fazer”, afirmou Romana Fragateiro. “E sabemos, também, que poderemos contar com a ajuda do Dr. José Costa.”

“Ele é o nosso candidato à Câmara Municipal e, estamos certos, pela excelência das suas qualidades pessoais e profissionais e, também, pelas pessoas de que se rodeou para a candidatura ao executivo municipal, que saberá tirar a cidade do marasmo em que caiu nos últimos quatro anos”, afirmou a candidata.

Na hora da apresentação da candidatura, com a sede de campanha, na Rua Bento de Moura, nº 21 (junto à Santa Casa da Misericórdia) completamente cheia, Romana Fragateiro fez um balanço ainda assim positivo do mandato que agora se esgota. Mas não esqueceu de realçar as imensas dificuldades e as contrariedades que a Junta teve de enfrentar, nestes quatro anos, devido à falta de colaboração e até hostilidade da Câmara de maioria PSD/CDS.

“Comprometemo-nos, há 4 anos, a efectuar o nosso trabalho com garra, empenho e dedicação. Foi um ciclo muito difícil. Precisámos de muito empenho para fazer valer as nossas propostas perante um executivo camarário pouco receptivo e pouco empenhado na resolução dos problemas”, lembrou Romana Fragateiro, sublinhando que “foi preciso muita garra para denunciar realidades preocupantes, utilizando os meios possíveis - comunicação social e Assembleia Municipal - e procurando dar voz a uma freguesia que – sublinhou - não fez parte das prioridades da actual gestão camarária”.

“Aquilo que conseguimos foi à custa de muito insistir”, afirmou, perante uma plateia, onde pontuavam o candidato socialista à Câmara de Aveiro, José Costa, entre outros, o mandatário da candidatura, professor Júlio Pedrosa, e Raul martins, presidente da “concelhia” do PS/Aveiro e cabeça de lista à Assembleia Municipal (os candidatos PS dedicaram a sexta-feira a contactos de rua em Esgueira). “E ficou a dever-se a um imenso trabalho em equipa”, constatou.

A equipa que agora a acompanha, na candidatura a novo mandato, “mantém muitas das pessoas de há quatro anos, mas aparece reforçada com pessoas de outros saberes e experiências que muito a enriquecem”, sublinhou.

E, para o futuro (“um futuro que queremos melhor para Esgueira”), elencou uma série de anseios, de preocupações e de projectos, que vão desde a habitação social a um Centro de Dia em Esgueira.

A criação de espaços verdes e de condições de fruição da Natureza (caso da requalificação da Pateira de Taboeira) é outra preocupação da candidata que se propõe, também, estimular a formação de uma rede de complementaridade entre as associações que existem na freguesia e que constituem uma mais-valia potencial em termos de melhoria da qualidade de vida da população .

No capitulo das instalações, o Taboeira poderá contar com todo apoio da Junta para que os seus campos sejam, finalmente, uma realidade.

Já quanto ao pavilhão do Esgueira… Romana Fragateiro pensa que “o clube, pelo historial que tem e pela sua acção quotidiana na formação, merece um pavilhão condigno, com fácil acessibilidade e não um emparedado entre as casas e a auto-estrada. Uma decisão de quem tem do horizonte uma visão muito curta”, disse, em tom crítico.

Na área social, destaca-se a necessidade de uma técnica de Serviço Social na Junta de Freguesia “para nos auxiliar na identificação de situações e no estudo das soluções ou do seu encaminhamento”.

E, quanto a obras, é apontada a conclusão da capela mortuária de Taboeira, a pavimentação das ruas que têm pavimento degradado e a construção da rede de saneamento nas Agras.

FRASES SOLTAS

“Esta freguesia teve um tratamento desigual, por parte do actual executivo camarário. Alías, os aveirenses não são tratados todos de forma igual por esta Câmara”. (José Costa, candidato à Câmara Municipal).

“As juntas de freguesia têm um papel muito importante pois estão mais próximas das pessoas e das suas necessidades” (José Costa)

“Romana Fragateiro, pela sua formação, é garantia de que a Educação estará na agenda de Esgueira” ( Júlio Pedrosa, mandatário da candidatura socialista).

“José Costa é a minha esperança para esta a cidade”
(comerciante local).

Isabel Parente candidata à Junta de Freguesia de Nariz aponta acção social como prioridade

As maiores carências de Nariz (Aveiro), uma das freguesias mais periféricas do chamado concelho rural, são de carácter social, prendem-se com a falta de estruturas de apoio social.

“Não há centro de dia, não há um lar, não há um único apoio à terceira idade, a não ser o apoio domiciliário disponibilizado pelo Centro Paroquial”, exemplifica a cabeça-de-lista da candidatura socialista à Assembleia de Freguesia, Maria Isabel Barros Parente.

Militante do PS, Isabel Parente, 47 anos, funcionária pública, denuncia, também, a falta de um espaço/serviço dirigido aos mais pequenos. “Não há um parque infantil onde as crianças possam brincar e, nas férias, os pais não têm onde deixar os filhos”, regista a candidata.

Isabel Parente considera, no entanto, que o mais premente é a construção de um pequeno centro de convívio para a juventude.

“O ideal era podermos ter um Centro Cultural, um espaço polivalente que albergasse uma biblioteca, uma sala de Internet, salão de jogos e bar-convívio, onde a juventude pudesse ocupar os tempos livres de forma saudável. Agora, urgente, urgente mesmo, é a criação de um pequeno espaço para a biblioteca e para um Espaço Internet, que não existe na Freguesia”, afirma a candidata socialista, que lastima, também o estado das estradas. “São uma vergonha”, diz Isabel Parente, insistindo, no entanto, que as maiores preocupações da candidatura socialista situam-se ao nível da Acção Social, devido à falta de estruturas de apoio, na freguesia, dirigidos aos estratos mais vulneráveis da população: as crianças, os jovens e os idosos.

Lopes Figueiredo candidato em S. Bernardo contra a apatia da Junta da Coligação

O técnico de contas Manuel José Lopes Figueiredo, de 60 anos, é o cabeça-de-lista da candidatura do Partido Socialista (PS) à Assembleia de Freguesia de S. Bernardo (Aveiro). O ex-bancário, detentor, também, de uma longa experiência como sindicalista, foi a personalidade escolhida para recolocar a freguesia no caminho do progresso e resgatá-la da apatia e do marasmo em que S. Bernardo tem vivido nos últimos anos, sob a gestão PSD/CDS-PP.

“A freguesia foi votada ao mais completo abandono, nos últimos quatro anos. S. Bernardo continua a crescer, mas não houve melhorias que se vissem. Os arruamentos, por exemplo, estão cada vez pio.Faltam passeios e espaços verdes. E os poucos que existem estão muito mal tratados”, diz Lopes Figueiredo, sublinhando que a actual Junta de Freguesia não tem, nem se esforçou por ter obra para mostrar”.

Detentor de um grande sentido de rigor, que lhe advêm de uma vasta experiência como bancário e sindicalista, habituado a dialogar com os outros e a trabalhar em equipa, Lopes Figueiredo aposta na construção de um programa de acção discutido e participado, que acolha as propostas realizáveis dos moradores de S. Bernardo, onde vive desde 1976, onde chegou, oriundo de Castelões (Tondela), sua terra Natal. Embora não tenha nascido em S. Bernardo (nasceu em Castelões, concelho de Tondela), Lopes Figueiredo considera-se, por isso (e quem o conhece atesta—o), um natural de S. Bernardo, empenhado em contribuir, na medida das suas possibilidades, para melhorar as condições de vida da comunidade onde vive com a família (esposa e dois filhos), como atesta a sua passagem pela direcção da Sociedade Musical de Santa Cecília.

“Sempre fui uma pessoa com sentido de serviço público, dada a ajudar os outros (ou nunca teria sido sindicalista) e a contribuir para o bem-estar da comunidade onde vivo, pelo que não pude deixar de corresponder ao convite do PS e de alguns amigos para me candidatar à Assembleia de Freguesia, para mais quando constato que a Freguesia tem estado completamente parada e votada ao abandono”, refere Lopes Figueiredo, explicando as razões da sua candidatura.

Não vai não!!!


- Foram à minha casa, fizeram lá as necessidades e vasculharam aquilo de uma ponta à outra. Até descobriram uns dossiers e um caderno que eu pensava que tinha perdido há manga de tempo. Onde é que estão os direitos, liberdades e garantias das pessoas honestas que ainda há neste país?

- Deixa lá Manel. Não desanimes que se a nossa Manela ganhar as eleições ainda vais ser preciso para Governador do Banco de Portugal.

- Se me pedirem com bons modos talvez aceite. Mas com uma condição: Aquele mafarrico do Oliveira não vai para a Caixa Geral de Depósitos. Só por cima do meu cadáver!

sábado, agosto 29, 2009

Portugueses de 1ª e de 2ª ?

Ainda dizem que já não há discriminação entre os Portugueses.
Por cá, se saímos à rua, só encontramos destes cartazes:

Mas, se dermos uma voltinha, encontramos facilmente isto

e isto:


Estou farto de ser discriminado. Também quero destes cartazes.

Não os mudem e depois admirem-se se não levarem o meu voto!

sexta-feira, agosto 28, 2009

O Programa Eleitoral do PPD/PSD


"O programa do PSD não é um programa. É, pelas regras habituais da coisa, um antiprograma: descontando as piedades do costume sobre o 'emprego' e o 'crescimento económico' (que não dependem do Estado), a drª Manuela deseja apenas o básico".

João Pereira Coutinho, "Correio da Manhã", 28-08-2009


"Não me lembrei que o programa do PSD era apresentado ontem"


Alberto João Jardim



COMENTÁRIO: Pelos vistos o Ti Alberto não perdeu nada que valesse a pena.

A esperança é a última a morrer


Em Esgueira há uma rua cujos moradores rezam todos os dias a Nossa Senhora de Fátima para que a sua rua seja arranjada.

Ainda bem que eles não sabem como estão as ruas de Nossa Senhora de Fátima, senão perdiam a esperança!

quinta-feira, agosto 27, 2009

A25 - Portagens no troço Aveiro-Ílhavo



O Presidente da Câmara de Ílhavo, Eng.º Ribau Esteves, à míngua de qualquer protagonismo político no Partido de Manuela Leite (onde foi despromovido a mero segundo-grumete) num distrito em que, actualmente, o Dr. Ulisses Pereira, exibe as suas lustrosas dragonas, procura, a todo custo, provar que está vivo.


E, às vezes, serve-se dos argumentos mais estapafúrdios e cria folhetins que seriam cómicos não fosse o seu autor o Presidente de Câmara de uma terra que se quer respeitada.


Numa das suas últimas grandes "aparições" mediáticas verberava fortemente o Governo por querer introduzir portagens no lanço da A25 entre Aveiro e Ílhavo. E mostrava a toda a gente os pórticos que se andavam a montar enquanto gritava que fazia e acontecia, em nome dos seus amados eleitores.


Ora se a sua sede de mediatismo não ultrapassasse a sua inteligência logo teria notado que aquele sistema não poderia, por si só, servir para cobrar portagens.


De facto já existem pórticos de cobrança Via Verde onde não é preciso parar. Mas naturalmente, ao lado, existem cabinas clássicas onde aqueles que não têm Via Verde pagam as respectivas portagens. E essas cabines não estão a ser instaladas na A25 nem, naquele local, existe espaço para tal.


Claro que se todos os veículos automóveis tivessem Via Verde (o que não é obrigatório) tal cobrança já seria possível, pois o alegado chip que se pretende no futuro instalar nas chapas de matrícula não será suficiente para permitir esse pagamento se não estiver associado a uma conta bancária. E, que eu saiba, a tal matrícula ainda não é obrigatória e muito menos a sua ligação a uma conta bancária.


Para além do mais não estou a ver o concessionário a mandar uma factura a todos aqueles que não tendo Via Verde utilizam este troço final da A25. E sempre ficaria por resolver o problema dos estrangeiros que nos visitam. Ficariam isentos de tal pagamento?


Ora o Eng.º Ribau Esteves deve ter pensado melhor (ou alguém o deve ter chamado à razão) e deve ter chegado à conclusão lógica que aqueles pórticos servem, de facto, para fazer a contagem dos carros que passam naquele troço desta SCUT para o concessionário acertar contas com o Estado Português. Sim porque embora as despesas de manutenção não sejam pagas pelos utilizadores têm de ser pagas por alguém. Neste caso por todos os Portugueses, quer andem de carro ou a pé.


Mas, em vez de vir dar esta explicação lógica que só lhe ficava bem, conhecedor de que de facto não vai haver portagens a serem pagas pelos utilizadores, encheu o peito de ar e veio publicamente ufanar-se de que não vai haver portagens porque ele não deixa. Aqui não, exclama!


É caso para dizer que se de um lado chove do outro cai água. O nosso Presidente Élio Maia não resolve nada e só diz vamos a ver, vamos a ver… O seu homólogo de Ílhavo farta-se de resolver problemas que não existem.


Olhem. Se isto não muda rapidamente ainda acabo emigrante.


terça-feira, agosto 25, 2009

A falta de vergonha terá limites?


Então depois de fazer tudo o que fez (e que me escuso de repetir), Élio Maia tem o rematado descaramento de reafirmar que o negócio das piscinas foi feito "com a maior transparência e defesa do interesse público" e o seu vereador de confiança Carlos Santos vem afirmar que estão a ponderar a hipótese de participar a conduta dos actuais dirigentes do clube para "apurar eventuais responsabilidades de índole criminal"?

Só contra os dirigentes do clube sr. vereador Carlos Santos? Então não houve acordo na tramóia? O Dr. Élio Maia (na sua presença e com a sua colaboração) não fez um negócio às escondidas e a altas horas da noite, não declarou estar pago e satisfeito do preço da venda quando apenas tinha recebido como pagamento um cheque que sabia não ter provisão, não acordou só depositá-lo na sexta-feira seguinte, data em que a hora imprópria o entregou ao vereador das Finanças de forma que só chegou à compensação passados mais de 8 dias da data da emissão? E não é verdade que por causa disso a Câmara está a arder em cerca de um milhão e duzentos mil euros de um cheque careca que recebeu pelo pagamento de um prédio que passados alguns minutos foi revendido por 2,5 milhões de euros?

Caros leitores. Não acham que anda a faltar vergonha na cara a estes senhores?

Olhem. Comentem vocês que só de falar neste assunto já estou outra vez a ficar cheio de coceira e não tenho nenhum anti-histamínico cá em casa .

segunda-feira, agosto 24, 2009

Um preto de cabeleira loira?

Olh'á mala, olh'á mala,
Olh'á malinha de mão,
Não é minha nem é tua ...

Que se lixe a taça...



Este ano os árbitros parecer estar tão disponíveis para favorecer o FCP que a única forma do campeonato dar luta é o Pinto da Costa contratar o Cardozo, para marcar os penáltis.

domingo, agosto 23, 2009

Treinadores

Sai Cedo?

sábado, agosto 22, 2009

Slogans

Velho slogan de um conhecido jogo de fortuna ou azar


Nota: Hoje é sábado e, por respeito ao fim-de-semana, não queria falar de política. Mas, infelizmente, não me posso calar. Então não é que andam a criticar o Dr. Élio Maia pelos problemas que os plátanos estão a criar aos moradores da Quinta da Carramona! Não sabem que esse é mais um dos (muitos) problemas que herdou? Ou acham que foi ele que plantou os plátanos? Assim não! Coitado do nosso Presidente! Que mais lhe irá acontecer?

sexta-feira, agosto 21, 2009

Salada de Grelos


No, agora tão badalado, relacionamento entre a Câmara Municipal de Aveiro e o Beira-Mar sempre defendemos que se fizessem as contas e apurassem os eventuais débitos da CMA ao BM e que a Câmara pagasse (em dinheiro) o que devia. Mesmo que para tal se tivesse de vender algum património municipal dispensável.


Nada mais claro e transparente.


Mas o Dr. Élio Maia preferiu andar por outros caminhos, vendendo ao Beira-Mar, por um preço que sabia ser muito abaixo do seu valor real (configurando uma eventual subsidiação ilegal ao futebol profissional), o prédio onde se encontra implantado o Complexo Desportivo de Piscinas, que inclui um importante espaço verde e valiosos equipamentos lúdicos e desportivos, implantados no coração da cidade.


Mais. Fê-lo de uma forma "extraordinária", noite alta e às escondidas dos seus próprios vereadores, sabendo que o Beira-Mar apenas desejava a posse desse prédio para imediatamente o trocar a patacos. O que logo foi feito, tendo em meia dúzia de minutos duplicado o seu valor.


Cedo disse que este peganhento e opaco processo, executado às escondidas dos aveirenses, poderia criar uma salada de grelos de consequências imprevisíveis.


De facto não me enganei!


- A Câmara ainda não recebeu o valor da venda. O Dr. Élio Maia recebeu um cheque sabendo que não tinha provisão na data em que foi emitido e aceitou, ilegítima e ilegalmente (processo que certamente lhe vai causar muitos dissabores que podem chegar à sua eventual responsabilização pessoal pela reposição dessa verba)), postergar o desconto do cheque. De tal forma foi zeloso desse compromisso que o cheque só chegou à Compensação decorridos mais de oito dias da sua emissão e foi devolvido à Câmara por ter entrado fora de prazo.


- José Cachide, ex-dirigente do Beira-Mar e, alegadamente, credor de uma elevada quantia, confirma que havia compradores que ofereciam 4 milhões de euros e manifesta-se contra o baixo valor da venda do prédio pelo Beira-Mar que, no seu entender, "serviu apenas para resolver o problema de alguns dirigentes". Condena o secretismo do negócio, "acha que o negócio devia ser investigado pelas autoridades" e ameaça avançar com o caso para tribunal, se não lhe pagarem o que lhe é devido, rapidamente.


- O antigo Presidente do Beira-Mar, Artur Capão Filipe, confidenciou ao JN de hoje que "está a ser estudada a possibilidade do negócio de venda do terreno da Câmara ao Beira-Mar ser declarado nulo" e considera que o novo proprietário do terreno "terá de indemnizar os ex-dirigentes do clube se tiver intenção de demolir o complexo desportivo".


- Armindo Sequeira advogado de dois dos anteriores dirigentes do Beira-Mar disse hoje ao Diário de Aveiro que já notificou a empresa imobiliária compradora do prédio que a escritura não inclui a propriedade da piscina coberta e balneários. Aponta as irregularidades daquilo que apelida como "negócio escondido" - o cheque não era visado, foi guardado na gaveta, tinha o prazo de validade expirado, não tinha cobertura e apenas tinha duas assinaturas quando deveriam ser três e, relativamente à atitude de Élio Maia afirma que "não acredita que não soubesse que o prazo do cheque tinha expirado" e está convencido que "foi tudo combinado e a Câmara não recebeu o dinheiro".


Por tudo isto considera que este caso "chegará ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DIAP) mais tarde ou mais cedo" e, "infelizmente, chegará aos tribunais".


E se querem a minha opinião eu também acho, que a procissão ainda vai no adro e para temperar a salada de grelos ainda faltam alguns condimentos.


Ler os outros - A Opção dos Aveirenses


Há muito que penso que as eleições, para além de todo o enquadramento próprio que encerram, são um processo que tem necessariamente de passar por três etapas. Em primeiro lugar fazer o balanço do mandato que então finda, depois analisar e discutir de forma aberta os projectos e compromissos que as Candidaturas apresentam aos Eleitores e, por último, olhar para os Candidatos e reconhecer ou não as características necessárias para o desempenho das funções.

Ora, quando faltam menos de dois meses para as eleições, era já tempo de fazer o balanço destes últimos quatro anos.

Seria saudável, para não dizer, moralmente obrigatório que os actuais responsáveis autárquicos se disponibilizassem para fazer um balanço sério do seu mandato. Não intra-muros, a falar para os seus apoiantes, mas cá para fora, de forma séria e cabeça levantada, justificando as opções e as omissões, explicando o que está por detrás de inúmeras trapalhadas e factos pouco transparentes, de que é bom exemplo o caso das piscinas do Beira-Mar.

A mesma urgência se coloca relativamente aos projectos que apresentam para o Futuro.

Pelo que foi tornado público, também não teremos oportunidade de discutir as propostas dos nossos adversários para o próximo mandato. A pretexto de uma pretensa confusão com o debate das legislativas, só falarão de programa depois de 27 Setembro. Portanto vamos a eleições com uma Candidatura responsável por 4 anos de gestão pelos quais não responde e que se propõe a um novo mandato sem considerar crucial apresentar e discutir com os Aveirenses o futuro do nosso Concelho

Ao invés, o movimento adoroaveiro iniciou um ciclo de visitas, debates e conversas há 2 meses. Tem recolhido inúmeras experiências e constatadas outras tantas desilusões. Em paralelo tem vindo a elaborar o seu programa, convidando um conjunto de pessoas das mais variadas áreas para darem o seu contributo. No início de Setembro ai estaremos para nos comprometermos com uma visão de longo prazo e um conjunto de acções para os próximos 4 anos.

Já quando falamos de pessoas, tema sempre delicado, principalmente para quem anda nestas coisas de espírito comprometido, constatamos a maior das vergonhas. Os novos Candidatos são os actuais Autarcas, presidente e vereadores.

Os mesmos responsáveis pela exímia gestão do Dossier “Carta Educativa” que queria trocar escolas por parques de estacionamento;

Os mesmos que reduziram a Cultura em Aveiro a uma rota de espectáculos de 2ª e 3ª categoria;

Os mesmos que agora subscrevem um escandaloso empréstimo encapotado, sacrificando uma das mais importantes e centrais infra-estruturas de desporto e lazer (Piscinas);

Os mesmos que estiveram 3 anos para resolver o problema do empréstimo, e que o negociaram mal com prejuízos avultados para os cofres da Autarquia

Os mesmos que não lançaram 1 único projecto estruturante para o futuro de Aveiro.

Esta semana foram entregues as listas de Candidatos aos vários órgãos autárquicos em Aveiro. Admito que tinha alguma expectativa para perceber se as escolha dos protagonistas da Coligação estaria em linha com o discurso orgulhoso da obra feita. E estão.

Ainda sem qualquer ideia lançada para os próximos 4 anos, é hoje claro e assumido que o actual executivo da Câmara, ou seja a Coligação “Juntos por Aveiro” tem imenso orgulho na obra realizada. E, portanto, os Aveirenses têm a tarefa da escolha mais facilitada: Ou votam na coligação subscrevendo o trabalho dos últimos 4 anos, ou votam na alternativa protagonizada pelo PS.

É também claro que a Coligação fez uma escolha de protagonistas. De um lado os mesmos “actores” do último mandato, sinal claro do voto de confiança no seu trabalho. Numa lista de 9 efectivos, a Coligação apresenta nos primeiros quatro lugares, os principais responsáveis pela actual gestão municipal, não esquecendo o “popular” Teatro Aveirense. Também sobre este assunto, os Eleitores têm a vida facilitada: Ou reconhecem a competência e capacidade da actual equipa da Câmara ou confiam num conjunto de novos protagonistas (Candidatos da Lista do PS) cujo percurso profissional não nos deixa margem para dúvidas.

Confesso-vos que me sinto bem à vontade por ser candidato nas listas do PS, quando sei que José Costa escolheu uma lista, do primeiro ao último Candidato, de gente competente, pessoas com conhecimento em cada área, com experiência para pensar, idealizar e concretizar.

E como já muitos identificaram que os slogans/frases dos cartazes da Coligação são, acima de tudo, um sinal de clara falta de humildade e exagerado pretensiosismo, permitam-me que faça uma modesta sugestão para o próximo cartaz da Coligação: Fazer o mesmo com os mesmos para ficar tudo na mesma.

Temos o direito de viver numa cidade que sabe para onde corre, que persegue determinados objectivos, que envolve as pessoas e que aproveita de cada um o melhor que tem para dar.

Gostava de viver numa Cidade que fosse um modelo de governação, que apontasse caminhos e estratégias, que fosse um ponto de referência para os nossos Concelhos vizinhos. Gostava que as páginas dos jornais não se enchessem de Autarcas a lamentar-se dos antecessores mas que fossem pequenas para falar sobre as soluções e sobre o futuro.

É isto que está em causa nas próximas eleições autárquicas. Votar na Coligação permitindo que o futuro nos passe completamente ao lado ou retomar um ciclo positivo onde exista estratégia, competência e capacidade de concretizar.

Gonçalo Fonseca

Diário de Aveiro 21/08/2009

quinta-feira, agosto 20, 2009

Começou cedo


Ainda agora aderimos à nova empresa do grupo AdP - Águas da Região de Aveiro, e já nos alteraram a água? Bem. O Sr. Presidente da Câmara tinha dito que a adesão nos traria grandes melhorias. Mas, tão depressa?

E porque razão é que nesta altura do ano, em que é normal existirem problemas com as Águas do Carvoeiro, não gastamos a água das nossas próprias captações uma vez que Aveiro é quase auto-suficiente em matéria de captação de água (e até podia aumentar essa capacidade), que além do mais sai bastante mais barata do que a adquirida ao Carvoeiro.

Certamente porque Aveiro tem de cumprir a quota mínima a que está obrigado pelo contrato de concessão (por 20 anos) para a exploração do Sistema Regional do Carvoeiro atribuído à empresa Águas do Vouga que gere o sistema, para que (também esta) empresa seja economicamente viável.

Mas, estejam todos tranquilos que o problema é apenas de algum desconforto do cheiro a mofo e do sabor da água e, segundo nos diz o actual administrador-delegado dos SMAs, não existem problemas para a saúde pública. Nada que uma mola no nariz, um toque de groselha e uma boa dose de Imodium, não resolvam. E o dr. Pedro Ferreira, que também é administrador do SRC, certamente já estará a tratar do assunto (não sei porquê mas esse é o maior medo que a maior parte dos aveirenses têm).

E se as coisas se mantiverem neste pé tenham fé que talvez a AdP autorize a que se proceda à limpeza da rede e se passe a utilizar a água das nossas captações. Se calhar vai demorar algum tempo que as comunicações com Lisboa tem andado más. Mas, tenham esperança que pode ser que chova.

terça-feira, agosto 18, 2009

Ler os outros - Slogans de candidato


É com espanto que assisto a frases expostas em alguns cartazes espalhados pelas ruas, senão vejamos:

É QUEM PAGAÉlio Maia Paga o quê? Nestes 4 anos não fez mais que esbanjar o dinheiro do empréstimo (56 milhões de euros), com propaganda, boletins informativos, festas e mais festas. O essencial como o arranjo das estradas, caminhos que ficam por limpar e arranjar por falta de máquinas, valas por limpar, basta visitar a DSU e constatar o parque de sucata em que estão transformados os armazéns da Câmara. Quando avaria uma máquina, não é reparada. Basta ver o que aconteceu ao projecto Feliz Idade, que por avaria do autocarro, desapareceu do mapa. Mais um que irá apodrecer como os outros? Ninguém denuncia estas coisas? Porquê?

É QUEM DIALOGAÉlio Maia não é mais que um vendedor de promessas, as pessoas que foram recebidas no início do mandato, com promessas de verem os seus assuntos resolvidos, estão a bater novamente à porta da Câmara, passados estes anos, senão vejamos: o caso das obras na casa junto da passagem de nível perto das Escolas das Cardadeiras. As pessoas são recebidas com palavras de ordem como: Maravilha, espectacular, óptimo e excelente. Não sei a que refere, pois na prática tudo continua num marasmo, podendo catalogar-se como uma autêntica ROSCA MOÍDA. Vejam o caso da Lixeira de Taboeira, instalada às portas deste lugar. Era promessa sua fechar em 2008, deveria ir para outro município, uma vez que já tinha esgotado a sua capacidade, assim como o tempo previsto da sua instalação. Mas, sem se preocupar com a população ao redor da mesma, além de não ter a coragem de a fechar, ainda foi conivente no seu alargamento em mais uma célula com 3 hectares, não informando a população dos contornes deste negócio. Esta situação não o preocupa, uma vez que está longe da sua residência. A correcção da Ponte das Agras; Embora se trate de uma obra a cargo da REFER, deveria haver da sua parte, uma palavra de satisfação para com a Junta de Freguesia, dada a insistência feita pela Junta, para que fosse resolvida esta questão, em prol dos moradores das Agras do Norte. Dialogo talvez, mas não com todos.

A pista de remo do Rio Novo do Príncipe. Era para avançar já, mas ficou na gaveta, promessas. O Pavilhão do Clube do Povo de Esgueira, o terreno foi desbravado com plano e projecto prontos, mas passados messes conclui-se não se poder construir naquele lugar, pobre Esgueira, teve que abdicar do seu projecto no basquetebol por falta de pagamento da Câmara. Não é o caso do andebol. Porque será? Poderá haver confiança em gente assim?

É QUEM DECIDEO quê? Qual foi uma decisão sua nestes 4 anos que mereça destaque? Acabou com o Aveiro Basket, sem se preocupar com quem estava ligado ao clube, sendo a Câmara a maior accionista daquele projecto. Contribuiu para que os jacintos da Pateira de Fermentelos fossem limpos? Pois eu digo-lhe na Pateira de Taboeira, penso que sabe que ela existe, pois já a visitou mais que uma vez, foi Deus que encarregou a natureza de fazer esse trabalho, com a última cheia nos campos. Os campos de futebol prometidos à Associação Desportiva de Taboeira, na miserável e abandonada Quinta da Condessa de Taboeira, propriedade da Câmara, não passam de intenções. O poder de decisão actual existente na Câmara é de tal ordem, que existem técnicos dentro da Câmara, que não sabem o que fazer. Será isto decidir? As decisões vem de fora para dentro da Câmara, pois quando confrontado com qualquer assunto, não sabe, não tem conhecimento ou empurra para qualquer técnico. Como não contava ganhar as eleições em 2005, teve um desabafo interessante logo que tomou posse; “Esta Câmara é uma máquina trituradora”.

É QUEM RESOLVE – Sim, basta ver a questão do negócio dos terrenos com o Beira-Mar ou o crime do negócio da água por 50 anos. Quanto é que vai custar ao consumidor no futuro esta tramóia? Tudo isto feito nas costas de quem os elegeu. Uma vergonha.

Aveiro e “algumas” freguesias que compõem o Concelho merecem quem realmente seja capaz, sério, sem rodeios, sem grandes alaridos, mas eficaz. Não basta pancadinhas nas costas, sorrisos, abraços, festa e mais festas. O povo exige e espera muito mais do que isso.

Manuel Santos - Taboeira
Diário de Aveiro, 18/8/09

A retoma já começou?


Dias depois da Alemanha e da França terem divulgado um crescimento económico de 0,3% no segundo trimestre de 2008, Olivier Blanchard, economista-chefe do Fundo Monetário Internacional disse esta terça-feira que, embora as consequências da actual crise vão ser sentidas "durante vários anos" e que as cicatrizes são "profundas", a recuperação económica mundial "já começou".

Querem ver que o Sócrates tinha razão! Ou será que por lá também há eleições?

sábado, agosto 15, 2009

As Piscinas - II


Mais magoado do que zangado o Sr. Mano Nunes fez-me um longo telefonema em que, com a frontalidade que o caracteriza, me expôs detalhadamente a sua versão dos acontecimentos relacionados com a venda das piscinas tendo mostrado algum desagrado com a versão que publiquei porque, no seu entender, o transforma no mau da fita especialmente, por ter afirmado a minha confiança pessoal no Sr. Manuel Madaíl (o que para Mano Nunes correspondia a uma ilibação da sua responsabilidade neste caso particular) quando, no seu entendimento, as coisas não se teriam passado bem assim.

Expliquei-lhe que tinha apenas tentado apresentar algumas conversas que pessoas ligadas ao Beira-Mar e à CMA tinham tido comigo e tinha testado junto de fontes alternativas. E que, contrariamente ao que é normal neste blog que se pretende de intervenção política e social (numa pretensiosa perspectiva Neo-Keynesiana e Neo-Queirosiana), não tinha tirado qualquer conclusão dos factos, antes as tendo deixado para serem retiradas pelos leitores. Que reconheço-o e ao invés do pretendido, não têm poupado os directores do Beira-Mar, com os quais não pretendo ter ou criar qualquer divergência pessoal.

Face ao seu telefonema procurei aprofundar a questão e, face aos relatos feitos, consegui apurar o seguinte que publico de boa-fé e espero corresponda à verdade:

1- Confirma-se que as escrituras foram feitas sequencialmente na madrugada sexta 17 para sábado 18 de Julho, tendo sido assinados cerca da 1 da manhã, junto do notário referido e pelos montantes indicados.

2- Tal aconteceu, alegadamente, para que a escritura não fosse do conhecimento dos vereadores do CDS/PP, Drs. Caetano Alves e Capão Filipe de forma a, por desconhecimento da compra do prédio das piscinas ter sido feita pelo BM, não ser possível aos antigos directores do Beira-Mar (entre os quais para além do Sr. José Cachide se contam o Dr. Caetano Alves e o pai do Dr. Capão Filipe) colocarem uma penhora sobre o terreno por conta dos alegados créditos que dizem deter sobre o clube, pois quando o facto fosse do seu conhecimento já o terreno teria sido novamente transaccionado.

3- Estiveram presentes nos actos para além dos já referenciados Dr. Élio Maia, 3 directores do Beira-Mar (Snrs. Mano Nunes, Manuel Madaíl e Emídio Martins), os 2 sócios gerentes da Nível2, o advogado do Beira-Mar, o Eng.º Carlos Santos e o Sr. João Maia, alegadamente primo direito do Presidente e cunhado de um dos sócios-gerentes da Nível 2 que, segundo nos informaram, desempenhou as funções de “pivot” do negócio.

4- O pagamento do BM à CMA foi feito através de um cheque. No entanto porque o cheque que tinha sido previamente emitido era apenas de 1.283.000€ foi necessário emitir um novo cheque no montante de 1.283.200€. Porém, nesse novo cheque não constava a assinatura do Presidente do BM (que era normalmente o último a assinar) pelo que o cheque recebido pela CMA não continha as 3 assinaturas requeridas.

5- A Nível2 que já anteriormente tinha adiantado ao Beira-Mar a título de sinal do negócio a quantia de 500.000€, pagou o restante preço com uma letra de 700.000€ e um cheque do remanescente tendo solicitado ao BM para apenas depositar o cheque na 3ª feira (o que ficou acordado depois da Câmara ter anuído em apenas depositar o cheque do BM na 6ª feira seguinte, após o banco ter dado boa cobrança ao depósito do cheque da Nível2).

6- Para pagamento do IMT o Beira-Mar tinha oportunamente solicitado à Diatosta (patrocinador do Beira-Mar) o adiantamento do valor total do seu patrocínio anual no montante de 200.000€, pretensão a que a empresa tinha condescendido.

7- O Sr. Presidente da Câmara não depositou o cheque do BM na 6ª feira como tinha sido previsto deixando ultrapassar o prazo legal de 8 dias para efectuar o depósito de cheques (durante os quais o exequente tem o direito de usar da acção cambiária contra o executado).

8- Após ter cobrado o cheque da Nível2 e depositado o dinheiro em conta, o Finibanco começou a levantar problemas relativamente à titulação da dívida do BM aí existente, tendo exigido garantias adicionais que passavam pelo aval de esposas de directores, o que foi recusado. Dívida que não sendo renovada impediria o BM de cumprir o seu débito para com a câmara.

9- Segundo me informaram Manuel Madaíl, preocupado com a situação, terá telefonado ao Dr. Élio Maia e ao seu jeito ter-lhe-á, mais ou menos, dito o seguinte:

Tenho duas novidades para te dar. Uma boa e uma má. A boa é que convenci o David (Paiva) e ele aceitou ser o nosso candidato à Junta de Aradas e eu vou apoiá-lo. A má é que vai haver problemas com o cheque do Beira-Mar.

No final da conversa Manuel Madaíl terá, alegadamente, dito a Mano Nunes o seguinte:

Tás safo. Retira a tua responsabilidade e tenta tirar o possível do que nós lá metemos (150.000€ cada que ainda lá permanecem). Quando descontarmos a letra (de 700.000€) arranjamos uma solução para resolver esta questão.

10- O cheque foi devolvido à CMA por ter entrado fora de prazo. Mano Nunes foi chamado ao Presidente a quem contou a situação tendo informado o que se tinha passado e que após o banco ter cativado o débito pré-existente por falta de reforço de avais não sabia como resolver a situação.

11- Após isso o BM recebeu do advogado da CMA uma intimação para pagar o valor do cheque no prazo de 5 dias ao que o BM respondeu que não tinha dinheiro uma vez regularizadas as questões mal avalizadas propondo que se entrasse num acerto de contas entre o BM e a CMA por conta da dívida existente.

12- Após a grande discussão havida entre o Presidente da Câmara e os seus vereadores Caetano Alves e Capão Filipe sobre todo este imbróglio, Mano Nunes, começando a sentir que mais do que resolver os problemas do BM se estavam a tentar resolver os incómodos políticos que esta questão causava à Coligação (de que não é apoiante), demitiu-se e Manuel Madaíl nunca mais lhe falou, tendo convocado ulteriormente uma reunião da C. Directiva.

Foi o que me foi dado apurar até ao momento numa tentativa de esclarecimento da verdade. Se alguém considera que algum dos factos não corresponde à verdade tenho todo o prazer (e o dever) de corrigir o erro. E, já agora, tirem as vossas conclusões de todo este processo. Que, ou muito me engano, ou ainda vai fazer correr muita tinta e fazer gastar muito papel. E digam-me se querem que Aveiro continue governada por gente desta.

quinta-feira, agosto 13, 2009

As Piscinas - I


Caros leitores,

Como sabem reservei estas duas semanas (que já estão a acabar) para tentar pôr a minha saúde em dia. Mas, como tenho responsabilidades profissionais e políticas não me atrevi ainda a desligar o telefone ou a deixar de ir à net ver o mail e as mensagens do blog.

E isso, como devem calcular, não me tem deixado descansar muito. O telefone não pára e as mensagens têm sido mais que muitas. Um favor lhes peço. Não me telefonem a não ser por coisas realmente importantes e, acreditem, já sei as fofocas todas, não quero saber mais e já tenho cópia de todos os manifestos anónimos que andam a circular em Aveiro.

Se prometerem dar-me algum descanso vou-vos aqui deixar, em contrapartida, o essencial daquilo que me contaram (e que penso corresponder à verdade), sobre o tema das piscinas do Beira-Mar que, ao contrário de outras questões bem mais importantes e lesivas para os aveirenses ocorridas no consulado de Élio Maia, tem sido o fulcro dos últimos contactos.

E, lembrem-se que o Margem Esquerda não é um blog desportivo. Mas como os blogs de desporto cá do burgo, mesmo aqueles até à nomeação da última Comissão Directiva estiveram tão activos, estão agora calados, cai-nos tudo em cima.

De qualquer forma se alguém achar que publiquei qualquer coisa que não corresponde à realidade peço-lhe, encarecidamente, que imediatamente me contacte por SMS ou deixe mensagem para eu poder, de imediato, repor a verdade. Aqui vai:

1- No dia 18 de Julho de 2009, perante o notário António Amaral Marques, foi celebrada escritura pública de venda do terreno das piscinas ao Beira-Mar, pela quantia de 1.283.200 euros.

2- A escritura foi outorgada pelo Dr. Élio Maia em representação da CMA e por 3 membros da Comissão Directiva do Beira-Mar, entre os quais o Presidente Sr. Mano Nunes.

3- O Dr. Élio Maia declarou ao notário ter já recebido, integralmente, o valor da venda.

4- Acto contínuo, no mesmo notário, o terreno foi vendido pelo Beira-Mar à empresa Nível2, Sociedade de Empreendimentos Imobiliários, Lda., com sede na Z.I. das Ervosas, Ílhavo pelo montante declarado de 2.500.000 euros. Outorgaram a escritura por parte do comprador 2 dos sócios gerentes da referida sociedade.

5- O negócio entre a CMA e o BM foi feito num notário privado (contrariamente ao que é normal nos negócios camarários) e foi unicamente outorgado pelo Dr. Élio Maia que pretendia manter o negócio no maior secretismo especialmente dos seus vereadores Drs. Caetano Alves e Capão Filipe. Quando confrontado com o facto por um destes vereadores terá, alegadamente, declarado que não sentia qualquer incómodo por ter feito agora esta venda porque, embora tardiamente, estava apenas a cumprir uma deliberação que eles tinham tomado e que estava tudo na maior das legalidades.

6- Quando a CMA pretendeu cobrar o cheque do Beira-Mar, que foi mantido no cofre durante vários dias, verificou-se que o cheque foi depositado fora de prazo e não estava devidamente assinado pois apenas continha a assinatura de 2 membros da Comissão Directiva quando para o cheque ser válido eram necessárias 3 assinaturas. A assinatura do Presidente da Comissão Administrativa do Beira-Mar não constava do cheque.

7- Este incidente que, ao que sabemos, ainda não está resolvido continuando a Câmara sem receber o dinheiro, provocou um grande incómodo aos outros directores, particularmente ao Sr. Manuel Madaíl (um dos signatários do cheque que, apesar de ser meu adversário político, me merece a maior confiança pessoal) que terá invectivado fortemente o Presidente da Comissão Directiva por o ter levado a ter cometido tal atitude, atitude que nunca tinha cometido ao longo da sua vasta e profícua carreira empresarial.

8- Segundo me disseram o Sr. Mano Nunes parece pretender agora renegociar o protocolo (que aliás deu origem ao negócio do terreno das piscinas), pois considera que tem cláusulas muito penalizadoras para o Beira-Mar e, do dinheiro que recebeu, não entregou qualquer valor aos antigos directores que são credores do Beira-Mar (Dr. Caetano Alves e Snrs. José Cachide e Artur Filipe).

9- Durante o mandato da anterior direcção do BM, o Hospital da Trofa terá demonstrado junto da CMA e do Dr. Élio Maia interesse sério na compra do terreno das piscinas, tendo colocado uma primeira proposta no valor de 4 milhões de euros. O Dr. Élio Maia remeteu o negócio para a Direcção do Beira-Mar, tendo 3 directores do clube (entre os quais o então Presidente Sr. Artur Filipe) tomado nota da oferta à mesa do Sal Poente directamente com o representante do referido hospital. Contudo acharam a proposta muito baixa pois previamente tinham pedido informações sobre o valor real do terreno e os valores apontados eram muito superiores (cerca do dobro).

10- O Sr. João Maia referenciado como primo direito do Presidente da Câmara no panfleto anónimo com o título "Fechar os Olhos" que anda a circular, (infelizmente em Aveiro as pessoas tem cada vez mais medo de assumir o que pensam e refugiam-se no indignificante anonimato), que saibamos, não é sócio da Nível2, cujos sócios possuem empresas em S. Bernardo e mais recentemente em Ílhavo. Quanto sabemos apenas é amigo (e cunhado) de um dos sócios.

11- Não sabemos se o terreno das piscinas já foi vendido novamente. Mas sabemos que está em vigor uma penhora sobre o prédio no montante das benfeitorias realizadas nas piscinas durante a anterior direcção do Beira-Mar. Quanto sei também ainda não foram pagas as indemnizações aos funcionários das piscinas que foram despedidos.

12- Finalmente fiquei muito triste e até envergonhado quando encontrei um adepto do FCP que esteve no jogo recentemente disputado no Estádio com o Paços de Ferreira. Disse-me que o Estádio está uma lástima e que até mete pena. Disse-me ainda que quis confrontar com o facto os directores do Beira-Mar que conhece, mas não encontrou nenhum no jogo.

Meus amigos. Isto é tudo o que, de essencial, me contaram. Conclusões tirem-nas vocês. Espero que com isto me deixem, ao menos, passar este fim-de-semana em paz. E agora vou para a piscina que bem mereço.

Adeus e até ao meu regresso.

quarta-feira, agosto 12, 2009

Até já!


Durante 2 ou 3 dias vou deixar o vosso convívio. Deixo o blog por vossa conta. Não se esqueçam de ir comentando o que por aí se passa que, ao que sei, as coisas estão muito quentes.

Até me cheira que vai ser feita uma inopinada conferência de imprensa...

Eu por cá vou andando. A dieta de peixes finos e frutas magras, que nem numa banana me deixam tocar. Uma desgraça!

Vá lá. Vão enviando notícias. E se fôr necessário mandar aí os bombeiros mandem um SMS. Sim, que para o incêndio que é, não creio que os bombeiros de Aveiro acudam.

Tanto barulho por uma coisinha de nada


Os semáforos da ponte levadiça das eclusas estão avariados.

Só não percebo porque é que uma avaria nas eclusas ainda é notícia.