sábado, janeiro 28, 2006

IN ILLO TEMPORE

Num recente artigo sobre a vida de Cavaco Silva trazido à estampa pelo Correio da Manhã lê-se:

“No Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF), onde é assistente da cadeira de Finanças Públicas, o remoinho da crise estende-se ao campo científico. Cavaco Silva é contestado. Introduz na cadeira os testes à americana – a gota de água que leva à revolta dos alunos. A matéria debitada parece assentar como uma luva na ideologia do regime. Numa das aulas a turma de Ferro Rodrigues põe em dúvida a eficácia do método de avaliação e a ciência do assistente.

Cavaco fica à beira de um desmaio – e um contínuo traz-lhe um copo de água”.

Esta história, muito conhecida, era comentada, alguns anos mais tarde, pelos corredores da escola mas, a maior parte de nós pensava, dado o seu teor, que poderia ser uma falácia inventada por quem politicamente não concordava com o Professor.

Um post de João Aldeia vem reafirmar essa opinião. Todavia um comentário assinado de João Pinto e Castro vem confirmar a veracidade da notícia do Correio da Manhã.

Será verdade ou é só conversa de comadres?

ESTAVAS, LINDA INÊS, POSTA EM SOSSEGO

Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo o doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito;
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.


De teu príncipe ali te respondiam
As lembranças que na alma lhe moravam,
Que sempre ante seus olhos te traziam,
Quando dos teus fermosos se apartavam;
De noite, em doces sonhos que mentiam,
De dia, em pensamentos que voavam,
E quanto enfim cuidava e quanto via
Eram tudo memórias de alegria.


Camões, Os Lusíadas, Canto III

quarta-feira, janeiro 25, 2006

DECLARAÇÃO

Eu, abaixo assinado, Raul Martins, maior de idade, casado há 33 anos (com a mesma mulher), pai e avô, na posse das poucas faculdades mentais que ainda me restam, venho para os devidos efeitos, declarar o seguinte:

1- Há um espaço na Internet com o meu nome e de vez em quando até vou lá espreitar o que se diz, mas não tenho nada a ver com aquilo.
2- Embora nada tenha a ver com esse espaço não me importo que o meu nome seja usado pelos, supostos autores anónimos que fazem o blogue.
3- Até gostava de saber quem faz aquilo (embora não saiba para quê).
4- Assim sendo não me responsabilizo pelo conteúdo daquele (ou deste, nem sei bem porque já estou a ficar baralhado) espaço e, particularmente, pelos textos pouco abonatórios que aí são colocados sobre o executivo municipal.
5- Desta forma, os anónimos que mimoseiam os supostos autores anónimos do blogue com comentários anónimos provocatórios, podem terminar todas as provocações anónimas pois estas, como é óbvio, não me atingem, mas sim aos supostos autores anónimos do referido blogue.
6- De qualquer forma aconselho os anónimos a terem mais respeito com os supostos autores anónimos do blogue porque senão estão feitos comigo (ai de quem lhes chamar aprendizes de feiticeiro! O máximo admissível é Merlin ou, vá lá, velho feiticeiro)

Mais declaro para varrer qualquer dúvida que reste nalgum espírito mal intencionado, que nunca poderia ser eu o autor daquele blogue, pois se fosse eu, faria (obviamente e nem era preciso grande esforço) muito melhor. Se fosse eu a fazê-lo o blogue seria espectacular!

E por ser verdade e me ser pedido, emito a presente declaração na qual, por não saber ler nem escrever, vou apor o meu dedo, em sinal da minha concordância.

Posted by Picasa Aveiro, dia de hoje,

terça-feira, janeiro 24, 2006

ROTUNDAS

Passei há pouco (mais uma vez) por aquele novo e funcional prodígio da engenharia rodoviária a que chamam Rotunda da Policlínica Veterinária.

Mas não acham que, atendendo ao que se lá passa diariamente, seria mais adequado chamar-lhe Rotunda da Clínica?

A menos que sugiram melhor. Desde já informo que os nomes Rotunda da EDP e Rotunda do Rato, não serão aceites.

domingo, janeiro 22, 2006

MÁRIO SOARES



SÓ É DERROTADO QUEM DESISTE DE LUTAR!

GLÓRIA EFÉMERA

O rosto do cartaz eleitoral
sobre um fundo de promessas, a sorrir
lembrava um maioral
a franquear as portas do porvir.

Vota! O apelo era um alaúde
a embalar a fome atávica da grei;
haverá trabalho, habitação, saúde,
tudo o que até agora não vos dei.

Mas o vento límpido, ingrato
naquele domingo de eleições
ia desfazendo o candidato
em cruéis, frenéticos rasgões.

E quando a noite desceu
um varredor indeciso,
sonâmbulo, varreu
os últimos detritos do sorriso.


António Arnaut

UMA FÁBULA INTERACTIVA (AINDA SEM MORAL)

Enquanto se aguardam os resultados das eleições, lembrei-me de trazer aqui uma história de gestão, muito conhecida, mas cuja moral pode variar de acordo com o espírito do leitor. Assim apresentarei o texto e, quem quiser, pode mandar a sua conclusão para os comentários. O melhor texto será posteriormente adicionado ao conto.


Um gaio (o meu compadrinho Capão que me ensinou a conhecer os animais da floresta, chamava-lhes ministros, não sei bem porquê), sem nada que fazer, passava os dias empoleirado numa árvore, grasnando alto e bom som.

Uma galinha, presenciando este singular espectáculo e desejando comungar daquela bela vida, aproximou-se da árvore e disse ao gaio:

- Amigo gaio. Tenho visto como és feliz. Importas-te que eu me junte a ti e comungue desta felicidade de nada fazer e cantar todo o dia?

O gaio respondeu:

- Não me importo absolutamente nada. E até me fazes companhia!

A galinha depois de em vão ter tentado subir para um ramo, acabou por se aconchegar ao tronco da árvore e, feliz da vida, começou a cacarejar.

Ao ouvir tanto alarido, uma raposa que por ali passava, aproximou-se da árvore e vendo a suculenta galinha, saltou sobre ela, matou-a e comeu-a.

Posted by Picasa Moral da história:...

TÁXIS MARÍTIMOS



Chegaram os novos táxis maritimos. São bonitos. Mas serão cómodos? Posted by Picasa

sábado, janeiro 21, 2006

CÂNTICO NEGRO

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...


A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe


Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...


Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?


Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...


Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.


Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...


Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...


Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.


Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!


José Régio

sexta-feira, janeiro 20, 2006

TEMPO DE REFLEXÃO

Vamos entrar no chamado "dia de reflexão".

Preparemo-nos para cumprir o nosso dever cívico.

Mas cuidado! É preciso analisar muito bem o que
está em jogo para não cairmos nalgum embuste.

E depois... Vamos todos ... Votar bem!

ANONYMOUS

A UM BURRO CIBERNÉTICO
DA COSTA DA CAPARICA
QUE RESPONDE AO NOME
DE TOTAKI TOTAPOLOS


Ele há coisas que acontecem
Que deixam um homem pasmado
Agora até aparecem
Burros em frente ao teclado

Rapazes isto promete
Já ouvi aqui um zurro
Um asno na internet
Não passa dum ciberburro

As árvores genealógicas
De burros faço-as também
“Totó” da parte do pai
“Polos” é mister da mãe

A mãe está desculpada
Nunca me fez mal nenhum
É que uma besta quadrada
Pode parir qualquer um

Isto aqui não há marosca
É como digo maralha
Este burro está com a mosca
Ou então cheira-lhe a palha

Não te vás que é uma perda
És uma besta esforçada
Deve ser de carregar m...
Da Costa ao centro de Almada.


Aníbal Raposo

quinta-feira, janeiro 19, 2006

O FERRY BOAT

O Cale de Aveiro está a ficar pronto!
Mas será que está tudo pronto para que possa funcionar?

Como se vai fazer e quanto vai custar a sua exploração? Quais os subsídios necessários para que possa operar?
As estruturas terrestres serão as mais adequadas? Não haverá estruturas alternativas mais funcionais, mais seguras e que sirvam melhor os potenciais utilizadores? Etc. Etc. Etc.

Não seria melhor parar um pouco para pensar
?

Mas para que é que estou para aqui ralado! A
té já estou habituado a que, entre nós, tudo se faça sem pedir opiniões.

RIR É O MELHOR REMÉDIO

O Diário Económico é um jornal de referência e uma leitura obrigatória para quem anda nestas andanças do ensino e da gestão. E, muitas vezes, inclui (para além das novidades) alguns interessantes artigos de opinião.

Hoje gostei particularmente de um artigo de Inês Queiroz que vem de encontro a ideias que eu defendo há muito tempo (e pelas quais muitas vezes sou atacado por aqueles que não sabem que a utilização do humor, no ensino ou na gestão, é uma coisa muito séria), cuja leitura recomendo vivamente e de que não resisto a trazer aqui alguns excertos:

O sentido de humor e o seu parente mais próximo, o riso, estão cada vez mais a ser encarados como ferramentas fundamentais no local de trabalho.

Umas boas e sonoras gargalhadas permitem conservar os melhores recursos humanos, promovem a inovação, a motivação e a aprendizagem.

Entre outros factores o bom humor fomenta a coesão das equipas e é a melhor estratégia para passar mensagens para fora.

Saber rir dos erros reduz o medo da voltar a errar.


Não percam até porque apresenta os 10 Benefícios do Humor no Trabalho elencados pela Humor Positivo.

quarta-feira, janeiro 18, 2006

O COMÍCIO

Da tribuna envergonhada
por tanta demagogia
o orador prometia,
duma assentada,
a terra e o céu.

O povoléu,
incrédulo, sorvia
a fome de tanta fartura.

Porém, a certa altura
o orador entupiu
e caiu-lhe a dentadura.

Quando a assistência saiu,
pisou-lhe a faladura.


António Arnaut

O REGRESSO DA JUSTIÇA TRIBUTÁRIA

De acordo com o que a Patrícia Coelho Moreira noticia no Público de ontem o Governador Civil de Aveiro, Filipe Neto Brandão, confirma que se encontra em desenvolvimento o processo de devolução ao nosso Distrito do Tribunal de Jurisdição Fiscal que, em 2003, tinha sido anexado ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Viseu, provocando inúmeros problemas aos cidadãos (que, na presente situação se tem de deslocar a Viseu) e ao próprio Estado.

Juntamos o nosso aplauso ao da delegação de Aveiro da Ordem dos Advogados que, desde a primeira hora, vem a lutar contra a injustificada anexação.

Parabéns Sr. Governador Civil.

domingo, janeiro 15, 2006

MANIA DAS GRANDEZAS

Pois bem, confesso:
fui eu quem destruiu as Babilónias
e descobriu a pólvora...
Acredite,
a estrela Sírius, de primeira grandeza,
(única no mercado)
deixou-ma meu tio-avô em testamento.
No meu bolso esconde-se o segredo
das alquimias
e a metafísica das religiões
— tudo por inspiração!
Que querem?
Sou poeta
e tenho a mania das grandezas...

Talvez ainda venha a ser Presidente da República...

Joaquim Namorado

INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE

A Inovação e a Criatividade são, nos competitivos dias que atravessamos, factores fundamentais para o sucesso das organizações e, por isso, gerar e desenvolver ideias, resolver problemas e criar oportunidades, são formas através das quais podemos fazer sobreviver e avançar uma organização.

As organizações que encorajam e apoiam a inovação, tentam envolver todos os seus colaboradores, independentemente das suas funções e responsabilidades, nesse processo, estabelecendo programas entre os quais se destacam os sistemas de gestão de ideias.

Os sistemas de gestão de ideias são processos estruturados que consistem na recolha e registo de todas as ideias ou sugestões propostas pelos colaboradores da organização (qualquer que seja a sua área ou nível hierárquico), na sua triagem e avaliação e, para as ideias consideradas úteis, na sua recompensa, assim como na sua implementação, acompanhamento e controlo.

Todas as ideias ou sugestões são bem vindas e, quando é necessário, são tomadas acções no sentido de fomentar a proposição de ideias, embora a experiência demonstre que, fazer nascer novas ideias é muito mais fácil quando se está descontraído, deixando o subconsciente flutuar livremente. Uma boa ideia aparece quando menos se espera!

Tudo isto me veio à cabeça quando me contaram uma história, que não sei se é verdadeira, mas que não resisto a, aqui, partilhar convosco.

O caso passou-se na CMA no início de uma destas tardes. O almoço tinha sido feijoada razoavelmente regada e a cafeína da bica não conseguia combater a modorra que se tinha apoderado de um funcionário que, sem nada de especialmente agradável para fazer, se tinha deixado embalar nos braços de Morfeu.

Um vereador que por ali ia a passar, ao ver o teclado do computador a servir de cabeceira ao funcionário, dirigiu-se-lhe indignado:

- Ó amigo. Ó amigo. Então isto é assim?
- Isto é assim o quê?
respondeu o estremunhado funcionário.
- Então você está a dormir no serviço? Disse o vereador aumentando o nível da voz.
- A dormir no serviço? A dormir no serviço? O Sr. Vereador desculpe mas é um bocadito para o bronco não é? Qual dormir no serviço qual carapuça! Então não vê que, quando me interrompeu, eu estava num processo reflexão criativa!
- Num processo de reflexão criativa?
repetiu o espantado vereador.
- E interrompeu-me precisamente na altura em que eu estava a começar a ter uma ideia para resolver a questão do passivo da Câmara. Depois ainda há-de dizer que os serviços não o ajudam a resolver o problema!

Continuem assim continuem… e depois venham-se queixar!

sexta-feira, janeiro 13, 2006

QUADRAS SOLTAS

Quem me vê dirá: não presta,
nem mesmo quando lhe fale,
porque ninguém traz na testa
o selo de quanto vale.

Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão, mesmo vencida,
não deixa de ser Razão?

Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias,
hoje que podes - esqueceste
tudo quanto prometias...

Julgando um dever cumprir,
sem descer no meu critério,
digo verdades a rir,
aos que me mentem a sério!


António Aleixo

quinta-feira, janeiro 12, 2006

A "NOVA" HISTÓRIA DO VELHO, DO JOVEM E DO BURRO

Uma das principais tarefas dos gestores é transformar ameaças em oportunidades. Para um gestor uma ameaça, não é, necessariamente, uma má notícia. De facto, pode provocar o aparecimento de um novo ponto forte na organização pois as ameaças, em certos casos, são apenas oportunidades do futuro próximo. Há até ferramentas consagradas para que este processo se desencadeie…

Como, ao nível da nossa gestão municipal, parece verificar-se uma grande dificuldade de reacção perante uma situação desfavorável que enfrentam, não resisto a contar uma história, com vetustas e compridas barbas, que espero sirva de inspiração.

Um velhote comprou (e pagou antecipadamente, coisa rara), por 500 euros, um burro que estava muito doente, a um jovem que se tinha por muito esperto e conhecia perfeitamente o estado do bicho e que ficou de lho entregar no dia seguinte. Porém durante a noite, como se adivinhava, o burro morreu e, no dia seguinte, o jovem chamou o comprador e disse-lhe:
-
Sinto muito mas tenho más notícias. O burro morreu!
- Então devolva-me o meu dinheiro, disse o velhote.
- Não posso, disse o jovem com um ar burlão.
Já o gastei!
O velhote pediu então ao jovem para lhe entregar o burro, mesmo morto, pedido a que o jovem, com um sorriso zombador, acedeu.
Passado um mês encontraram-se novamente e o jovem, com ar de gozo, perguntou:
-
Então o meu burrinho! Fez-lhe um enterro condigno?
O velhote, escondendo um sorriso matreiro, respondeu-lhe:
-
Não. Rifei-o. Vendi mil rifas a 5 euros e ganhei 4.500 euros!
- E ninguém reclamou por você rifar um burro morto? Disse o jovem, perdendo, rapidamente, o seu sorriso embusteiro.
- O vencedor reclamou mas eu devolvi-lhe os 5 euros da rifa, disse o velho sábio, continuando o seu caminho.

sábado, janeiro 07, 2006

INSTRUMENTOS

Para todos os antigos sapateiros, agora a aprender a tocar rabecão, que após as primeiras aulas de solfejo já se julgam os maiores, aqui vai uma máxima brilhante.

"A moral da história é não dar ouvidos àqueles que nos dizem para não tocarmos violino e nos ficarmos pela pandeireta"

Muito bem José! Impossível dizer melhor!

sexta-feira, janeiro 06, 2006

ALL (SUCCESSFUL) POLITIANS ARE LIARS

Será que o Seth Godin tem razão?.

Diz ele que todos os políticos (de sucesso) são mentirosos.

E, diz ele, isso acontece porque os cidadãos pedem que eles mintam. E, assim, só obtemos aquilo que merecemos.

Fui contar isto a um político (de sucesso) e não fiquei sem resposta. Disse ele: Ouça lá, você não sabe que a política é a mais nobre das actividades e a mentira, se tem uma finalidade nobre, é apenas a verdade adiada.

Embatuquei. Mas estou cá a matutar. Se calhar mentiu-me!

NOZES E DENTES

Se me lembro, Aelia, tiveste
De belos dentes a posse:
Numa tosse dois se foram,
Foram-se dois noutra tosse.

Segura noites e dias
Podes tossir a fartar.
Podes, que tosse terceira
Já não tem o que levar.

Marcial