domingo, janeiro 15, 2006

INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE

A Inovação e a Criatividade são, nos competitivos dias que atravessamos, factores fundamentais para o sucesso das organizações e, por isso, gerar e desenvolver ideias, resolver problemas e criar oportunidades, são formas através das quais podemos fazer sobreviver e avançar uma organização.

As organizações que encorajam e apoiam a inovação, tentam envolver todos os seus colaboradores, independentemente das suas funções e responsabilidades, nesse processo, estabelecendo programas entre os quais se destacam os sistemas de gestão de ideias.

Os sistemas de gestão de ideias são processos estruturados que consistem na recolha e registo de todas as ideias ou sugestões propostas pelos colaboradores da organização (qualquer que seja a sua área ou nível hierárquico), na sua triagem e avaliação e, para as ideias consideradas úteis, na sua recompensa, assim como na sua implementação, acompanhamento e controlo.

Todas as ideias ou sugestões são bem vindas e, quando é necessário, são tomadas acções no sentido de fomentar a proposição de ideias, embora a experiência demonstre que, fazer nascer novas ideias é muito mais fácil quando se está descontraído, deixando o subconsciente flutuar livremente. Uma boa ideia aparece quando menos se espera!

Tudo isto me veio à cabeça quando me contaram uma história, que não sei se é verdadeira, mas que não resisto a, aqui, partilhar convosco.

O caso passou-se na CMA no início de uma destas tardes. O almoço tinha sido feijoada razoavelmente regada e a cafeína da bica não conseguia combater a modorra que se tinha apoderado de um funcionário que, sem nada de especialmente agradável para fazer, se tinha deixado embalar nos braços de Morfeu.

Um vereador que por ali ia a passar, ao ver o teclado do computador a servir de cabeceira ao funcionário, dirigiu-se-lhe indignado:

- Ó amigo. Ó amigo. Então isto é assim?
- Isto é assim o quê?
respondeu o estremunhado funcionário.
- Então você está a dormir no serviço? Disse o vereador aumentando o nível da voz.
- A dormir no serviço? A dormir no serviço? O Sr. Vereador desculpe mas é um bocadito para o bronco não é? Qual dormir no serviço qual carapuça! Então não vê que, quando me interrompeu, eu estava num processo reflexão criativa!
- Num processo de reflexão criativa?
repetiu o espantado vereador.
- E interrompeu-me precisamente na altura em que eu estava a começar a ter uma ideia para resolver a questão do passivo da Câmara. Depois ainda há-de dizer que os serviços não o ajudam a resolver o problema!

Continuem assim continuem… e depois venham-se queixar!

1 Comments:

At domingo, janeiro 15, 2006 1:19:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Excelente teoria Dr. Raul Martins, partilho dela e cumprimento-o por isso.
Permita-me de algum modo traçar grosseiramente, diga-se, algumas considerações sobre o assunto:
Em primeiro, aquilo a que chama "Organizações", interpreto como Empresas.
Era interessantíssimo aplicar toda essa teoria se tivéssemos Empresas que absorvessem esses interessantes e importantes ensinamentos.
Não se esqueça que a maioria das empresas são privadas, pequenas ou médias, geridas maioritariamente, não por empresários mas por patrões, que se impuseram no mercado de então e que agora, em agonia, vão flutuando…
Uma Empresa é um bem comum, que devia ser vivido, sofrido e desfrutado por todos os seus participantes, empresários e "colaboradores" como lhes chama. Para mim continuam a ser somente trabalhadores e já não vai ser no meu tempo que mudam essa condição. Nestas circunstâncias, nascia a tal equipa e a entrega incondicional de todos para um só fim, o bem-estar geral.
Infelizmente e de qualquer modo, o mundo teórico das Universidades não conseguiu ainda, salvo raríssimas excepções, impor-se seriamente nas empresas.
O 25 de Abril trouxe genericamente tudo ou quase tudo de bom.
Pena foi o ensino, a educação (aí está um senão), pois foi sempre descurada por todos os governos, quer tenham sido de Esquerda ou de Direita.
Passados mais de 30 anos, continuamos numa plataforma instável no ensino e, em cada governação, há sempre alterações para pior.
Hoje, podíamos ter óptimos técnicos e empresários e aí sim, a sua teoria seria aplicada com toda a propriedade e encontraríamos os tais colaboradores. Assim, o que temos?
Insegurança, agonia, uma vontade enorme de dormir sobre um qualquer teclado de computador a reflectir, a ver se entretanto a crise passa e as coisas se modificam.
A manifestação do empregado da Câmara é o reflexo vivo disso mesmo, reconheça. Denota a falta de liderança, é o espelho dos tais patrões, aqui patrões a prazo, que entraram num mercado difícil e feroz, mal preparados, sem equipa capaz, e a agonia deve ser tão grande que se soubessem o que sabem hoje, nunca se teriam estabelecido!
Cumprimentação
Terra & Sal

 

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