QUADRAS SOLTAS
Quem me vê dirá: não presta,
nem mesmo quando lhe fale,
porque ninguém traz na testa
o selo de quanto vale.
Que importa perder a vida
em luta contra a traição,
se a Razão, mesmo vencida,
não deixa de ser Razão?
Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias,
hoje que podes - esqueceste
tudo quanto prometias...
Julgando um dever cumprir,
sem descer no meu critério,
digo verdades a rir,
aos que me mentem a sério!
António Aleixo
3 Comments:
Sem dúvida Dr. Raúl «Tu, que tanto prometeste enquanto nada podias,
hoje que podes - esqueceste tudo quanto prometias...»
- Criação de 150 mil postos de trabalho;
- Baixar os impostos aos portugueses;
- Aumento das pensões aos reformados:
- Choque tecnológico e comunicações mais baratas;
- Acabar com os Hospitais particulares:
- etc, etc, etc,.
PERGUNTO: ACHA QUE TEMOS POLITICOS QUE DIZEM A VERDADE?
Caro anónimo,
Como vê foi publicado!
Acho que nas campanhas eleitorais nunca se diz (toda) a verdade.
No entanto considero que se forem feitas promessas que partem de premissas, que uma vez no poder, se verifica serem falsas, quem as fez tem o direito (e a obrigação) de explicar isso às populações abrangidas pelas medidas e alterar o rumo que pretendia imprimir. E pelo que tenho verificado o povo compreende e não penaliza esse facto.
Pelo contrario considero uma total estupidez e uma refinada burrice "manter a palavra" e cumprir as promessas eleitorais mesmo sabendo que não há condições para as cumprir e que, no futuro, vão agravar exponencialmente os problemas detectados.
Cumprimentos.
E para concluir, mais 2 quadras do poeta:
P'ra mentira ser segura
e atingir profundidade,
tem que trazer à mistura
qualquer coisa de verdade.
Vós que lá do vosso império
Prometeis um mundo novo
Calai-vos, que pode o povo
Qu'rer um mundo novo a sério.
Postar um comentário
<< Home