quinta-feira, setembro 04, 2008

Isto não me cheira nada bem!

Jean-Claude Trichet, afirmou hoje durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Governadores do BCE, na qual foi decidido manter nos 4,25% a taxa de juro de referência da zona euro, que a autoridade monetária europeia espera assistir na segunda metade do ano a um "enfraquecimento" da actividade económica e que, apesar da recente descida dos preços das matérias-primas, a taxa de inflação se deverá manter elevada no futuro mais próximo.

A inflação da Zona Euro atingiu, no 1º semestre de 2008, um valor superior ao dobro dos 2% apontados pelo BCE como ideais para assegurar a estabilidade de preços, sua principal prioridade.

A Euribor a seis meses atingiu 5,173%, devido ao aumento das preocupações dos bancos sobre os seus fluxos de liquidez até ao fim do ano.

Hoje o PSI 20 caiu 2% com os investidores pessimistas e as Bolsas Europeias registaram a maior queda em duas semanas.

Esperemos que as coisas melhorem. Mas, se querem que lhes diga, os sinais não são nada bons.

9 Comments:

At quinta-feira, setembro 04, 2008 10:30:00 PM, Blogger ZÉ FAGOTE said...

O tipo do Post deve ser-lhe familiar, mas eu nunca o vi aqui pelo M.E., portanto, não o conheço de lado nenhum.
Mas isso não me impede de verificar que está com umas “trombas” do caraças, se calhar porque na casa dele deve ser como na minha…
A minha Ana quando lhe entrego o ordenado no final do mês faz uma cara igualzinha à do pobre do homem...
E de seguida vem chatear-me para saber quando vamos renegociar as dívidas que entretanto vamos acumulando por aí...
Já vi que a coisa está preta por todos os lados, e pela cara feia que faz o Jean-Claude Trichet, ele ainda deve estar mais afogado em dívidas do que eu.
Gostava de lhe dar uma palmadinha nas costas e dizer-lhe duas palavrinhas de conforto e esperança. Porque ele não sabe, mas eu sei, que a crise mais ano menos ano vai começar a passar-nos ao lado.

 
At sexta-feira, setembro 05, 2008 3:08:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Eu acho que ninguem se deve preocupar. Portugal está a salvo de tudo isto. O Clube de Pensadores(http://diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/nacional/sociedade/pt/desarrollo/1156322.html), vai encontrar solução para os problemas dos preços do petróleo, da queda das bolsas, da recessão da economia. E no fim, vamos pôr a pensar no femenino... bué da fixe meu!!

 
At sexta-feira, setembro 05, 2008 4:06:00 PM, Blogger Marechal Ney said...

Exmo.Senhor, Dr.R.M.:

Aprecio pela desenvoltura e oportunidade,as considerações do nosso habitual participante, Fagote.
Quedei-me há dias a apreciar a sua imagem fiquei com algumas dúvidas quanto ao seu instrumento...
Pareceu-nos ver um saxofone, de aparência um tanto pendente, instrumento incontornável no jazz e não um fagote.
Tenho mais simpatia pelo saxofone. Aliás, é também o instrumento utilizado por Bill Clinton, um grande presidente, (bom, vamos lá esquecer, a questão da Somália), que fez uma soberba gestão presencial, a todos os níveis, que o diga a Mónica.


Meus caros, fazemos esta jovial entrada, porque achamos que as questões negativas da economia não nos devem dominar. Todos sabemos que ela não é rectilínia.
Amanhã teremos dias melhores.

E que tal pensarmos, p. ex, que a simples existência do B.C.E., é uma conquista, sinal histórico de coesão europeia.

Do

MarèchalNey

 
At sexta-feira, setembro 05, 2008 7:16:00 PM, Blogger ZÉ FAGOTE said...

Caro Marechal:
Não sei onde viu o “fagote”, pendente.
Qual pendente qual carapuça!
É verdade que, como o saxofone do Bill Clinton, também ele é um instrumento de sopro, mas não é soprado por qualquer criatura, isso é que era bom.
Nele só sopra a aristocracia, e mesmo assim, devidamente seleccionada.
Acredite que ao dizer isto não tenho ponta de pretensiosismo até porque penso que cada um deve tocar com o instrumento que tem, e sem complexos, desde que seja seu.
Não é como a fanfarra de S. Bernardo que ainda há bem pouco tempo por falta de instrumentos, andavam uns a tocar com os instrumentos dos outros…
Se me permite digo-lhe que o fagote é o mais grave instrumento de madeira da família dos sopros. É constituído por um longo tubo cónico de madeira com cerca de 2,5 metros dobrado sobre si mesmo, e não pendente, como erradamente afirmou.
O fagote não é um instrumento fácil nem vulgar. Você sabe que o saxofone do Clinton qualquer pessoa o mete na boca, inspira, sopra, e saem sons cá para fora.
O Fagote é exigente, tocá-lo é uma verdadeira arte, e antes de se lhe pôr as beiças em cima, tem de haver muito treino na flauta e no clarinete.
Parecendo-me que não conhece fisicamente o instrumento que remota na sua fase moderna ao século XVIII, saiba que, é figura proeminentemente em orquestras e grupos de música de câmara.
Aconselho-a vivamente a ir a um dos muitos concertos que se fazem no Teatro Aveirense onde o fagote, lá, é vulgar, ou seja,respira arte.
Mas não me venha com essa de ter visto o fagote pendente na fotografia, porque isso é uma calúnia ao meu instrumento.
Não viu nada!
Cumprimentos e bom fim de semana.

 
At sábado, setembro 06, 2008 2:20:00 AM, Blogger RM said...

Embora completamente fora do contexto do post considero este último comentário do Zé Fagote simplesmente ESPECTACULAR. E como é óbvio não é por causa do fagote instrumento de que não gosto particularmente. É que embora seja comprido é dobrado a meio e tem o bocal muito fininho e os furos para poderem ser abrangidos por uma mão normal são enviesados. Sopro por sopro sempre prefiro a flauta doce. É rígido, simples e de linhas direitas. Embora eu tenha o ouvido duro para a música e não toque qualquer instrumento. Já me custa comprar a música quanto mais tocá-la.
Raul Martins

 
At sábado, setembro 06, 2008 10:30:00 PM, Blogger Marechal Ney said...

Exmo. Senhor, Dr.R.M::

Que maravilha este "comment” do nosso caro blogonauta, Zé fagote, que óptimo.

Conquistamos o nosso objectivo, e de modo amplo.

Fazer com o indefectível do fagote, o Zé, viesse a terreiro, defender o seu instrumento, que claro, ficamos todos convencidos que não terá a forma pendente. Muito pelo contrário.

Que óptimo, repetimos.

Par além da tranquilidade que nos transmitiu quanto à forma do tal instrumento, quanto à sua performance, quanto ao seu carácter elitista, ainda fomos contempladas com as suas raízes históricas e com a promoção cultural do dito.

Porém, meu caro e estimável amigo, ficamos com um pequeno problema, aliás criado por V.Exª.
Tem a ver com a sua funcionalidade. Referiu no seu comentário que o fagote não é fácil.
Pensamos, meu caro que deveria ser um órgão musical de expedita utilização e de aptidão das massas, o que afinal não acontece, até pelo carácter singular que pretendeu revesti-lo.
Desafinar-se-á facilmente?? Esperamos, com sinceridade, que não!

Do amigo, sempre
Marèchal Ney

 
At domingo, setembro 07, 2008 5:06:00 PM, Blogger ZÉ FAGOTE said...

Senhor Marechal:
Recebi a sua “encomenda” que pretendendo ser sofisticada, não é.
Faço este reparo só para lhe dizer que militarmente nunca devemos acossar várias frentes, porque sempre foi e será um erro estratégico.

Prosseguindo:
Pareceu-me ter tido dificuldade em compreender o meu instrumento que não é de maneira nenhuma e ao contrário do que quis fazer crer um instrumento fácil.
Se fosse, andaria por aí de boca em boca a ser soprado por toda a gente, seria até, e provavelmente, instrumenta do Quim Barreiros.

Não é também um instrumento de massas, nada disso.
É antes uma espécie de “ordem” militar que pese embora defender a democracia para os outros, não a pratica entre si. Tem regras internas definidas que não se conjugam com as dos outros.

Ali, só sopram beiças seleccionadas,é uma manifestação reaccionária, eu sei, mas é mesmo assim.
Confirmo-lhe o que disse:
Pauta-se e funciona por uma elite sempre bem seleccionada na qualidade, e nunca pela quantidade.

Se assim não fosse, ou não quisesse, teria um saxofone como o de Clinton para andar por aí, nas bocas de todo o mundo.

Quanto às desafinações que isso não seja preocupação para si, senhor Marechal.
Não desafina, nem nunca desafinou, porque não está sujeito às intempéries sempre maléficas para qualquer instrumento.

Pela admiração e até “ciumeira” que manifestou, leva-me a supor que arrasta consigo um saxofonezito (já de si fraca tralha) muito cansado e enferrujado.

Agora não vale a pena chorar sobre o leite derramado.
O instrumento já não prestava, e você ainda por cima não o estimou como deveria, e agora, já vi, não consegue dar uma "p´ra caixa".

Trate da saúde que lhe resta senhor Marechal porque as suas maleitas devem ser muitas e pela sua conversa, você deve ter tido mesmo azar.
Mas é a vida!
Passe bem.

 
At segunda-feira, setembro 08, 2008 10:41:00 PM, Blogger Marechal Ney said...

Exmo.Senhor,Dr.R M.:

Com vista ao encerramento do debate, que é apenas sustentado pela boa disposição que projecta, que temos mantido com o nosso estimado amigo Zé fagote (digo amigo, porque presumivelmente estaremos perante pessoa do nosso convívio próximo), solicito a sua compreensão, e peço-lhe a publicação deste meu comment.

Lemos, com redobrada atenção o texto do Zé.
Concluimos que, decididamente, o instrumento que ornamenta a sua imagem na blogosfera, o saxofone, não tem decididamente uma imagem fálica, o que é sintomático.

Do Marèchal Ney

 
At terça-feira, setembro 09, 2008 12:31:00 AM, Blogger ZÉ FAGOTE said...

Anda sempre atrasado Senhor Marechal!
O posto é lindo mas a idade é que não perdoa.
Olhe para cima e repare bem o caminho que galgamos e já onde vamos...
Vª Exª ainda anda por aqui a resmungar às voltas do instrumento...
Deixe a gaita sossegada que esse posto simbólico atribuído às idades avançadas, o instrumento é um empecilho porque já não toca!

 

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