Boa tarde. Não deixa de ter alguma piada esta imagem... Se os alunos da escola José Estêvão esperavam ter alguma criatividade... enganaram-se! A técnica de «embalsamento» nas múmias já existe há bastante tempo no Egipto. Não vejo nada de inovador nem de criativo. Possivelmente será apenas inovador se nos reduzirmos meramente à escala municipal/regional.. Bem.. Gostaria de lhe referenciar o meu blog sobre a região lagunar Aveirense: Http://Caminho-azul.blogspot.com
Meu caro, sou aluno da José Estêvão (algo que me afoga em orgulho) e membro bastante destacado da “sociedade aveirense”, e digo-lhe que estamos a começar um período de inúmeras homenagens…
Já quando me encaminharam para o seu blog, devido ao post “Desculpa José!”, sabia desta iniciativa, tal como agora sei das que estão para vir. Será este o início de um período de trevas para os Aveirenses (‘retrógrados’, é o que se ouve) sem capacidade de ver mais além? Como membro da camada jovem e activa espero que sim!
Fiquei a saber que é aluno da José Estêvão e membro bastante destacado da sociedade aveirense. Fico contente. Já agora gostaria que soubesse que nasci um ano antes do edifício da escola onde é aluno ter sido inaugurado, então com o nome de Liceu Nacional de Aveiro. Foi aí que fiz o meu curso liceal. Foi daí que saí para a Universidade e foi aí, em voz baixa e às escondidas, como era mester na época, que pela primeira vez ouvi falar dos mártires da liberdade, de José Estêvão, de democracia… Pertenço a uma geração que se empenhou nas mudanças políticas que ocorreram no nosso País (e de hoje todos usufruímos) e que, como deve saber, permitiram que o Liceu Nacional de Aveiro passasse a ostentar o nome de José Estêvão recuperando a denominação porque o ilustre professor José Pereira Tavares tinha pugnado. Muita coisa me deu aquela escola. Muito, muito mais do que alguma vez lhe poderei retribuir. Talvez porque, ao contrário do meu ilustre colega (de escola) não tive a dita de ser um membro destacado da sociedade aveirense. Mas consegui, apesar das minhas limitações, aprender lá que quando defendemos alguma ideia e nela acreditamos devemos dar a cara por ela. Infelizmente parece que esses princípios (retrógrados) hoje já não tem aceitação e as pessoas como o meu amigo, preferem refugiar-se no anonimato cobarde para as defender. Espero que não sejam sinais dos tempos. Uma coisa lhe quero dizer. Também já fui como todos os que ainda sobrevivem da minha geração, jovem. E irreverente (se calhar ainda sou). Mas nunca me passaria pela cabeça que algum dia alguém pudesse pensar desrespeitar uma figura como José Estevão a que esta terra de liberdae, pode honrosamente chamar filho. E digo-lhe com frontalidade meu caro jovem anónimo. Mumificar a estátua do heróico combatente pela liberdade, tapar a boca ao indómito tribuno que foi José Estêvão é, para mim, uma ignomínia. Coisas de velho, coisas de homem da idade das trevas, dirá. Mas estou certo que quando chegar à minha idade (se como eu tiver a felicidade de lá chegar) a sua consciência se encarregará de lhe lembrar que, quando jovem, em vez de colocar as suas múltiplas capacidades ao serviço da comunidade Aveirense as desperdiçou numa “instalação” em que a vontade do sensacionalismo não recuou perante o enxovalho infringido ao patrono da sua escola. Cuja vida e obra lhe deveria merecer o maior respeito (se a estudasse). Como a mim me merece.
Nasci em Aveiro, estudei na Escola Secundária José Estêvão e formei-me na Universidade de Aveiro. (Tendo em conta o que li em anteriores comentários sinto-me obrigado a deixar o meu histórico. Pelos vistos aqui tem-se muito em conta o "ranking" aveirense). Não tenho partido, por isso concordo ou discordo consoante a minha consciência, apesar de a Ciência Política ser a minha área. Acima de tudo sou tolerante, e não me sinto ofendido com o que vi, mas sim com o que se comenta!
Discordo quando se põem em causa o respeito que alguém tem por tão ilustre figura apenas devido a uma "intervenção" cultural.
É certo que a realidade cultural na nossa cidade já teve melhores dias.
Mas quando se pede tanto ao jovens um pouco de empreendedorismo e inovação, não será exagerado todo este alarido?!
Dou os meus parabéns aos alunos da escola que frequentei! Puseram os Aveirenses a falar de cultura e acima de tudo a falar de José Estêvão!
Dr. Raul Martins Do cinzento ao preto a distancia não é longa.Eu nasci em 1946 e aos 10 anos fui para esta escola, o ultimo ano que aquela escola teve alunos masculinos e foram depois para femininos.Ninguem mumificou nem calou a boca de ninguem. O José Estevão era mesmo branco por fora e por dentro (Não me refiro a cor de pele mas ao significado de transparencia, coisa que vai havendo cada vez menos)
12 Comments:
Caro Raul Martins:
De que irão vestir o José Estevão no dia das bruxas!!!
Quando se livrará Aveiro desta gente???
Domingos Cerqueira
Boa tarde.
Não deixa de ter alguma piada esta imagem...
Se os alunos da escola José Estêvão esperavam ter alguma criatividade... enganaram-se! A técnica de «embalsamento» nas múmias já existe há bastante tempo no Egipto. Não vejo nada de inovador nem de criativo. Possivelmente será apenas inovador se nos reduzirmos meramente à escala municipal/regional..
Bem.. Gostaria de lhe referenciar o meu blog sobre a região lagunar Aveirense:
Http://Caminho-azul.blogspot.com
Cumprimentos.
Meu caro, sou aluno da José Estêvão (algo que me afoga em orgulho) e membro bastante destacado da “sociedade aveirense”, e digo-lhe que estamos a começar um período de inúmeras homenagens…
Já quando me encaminharam para o seu blog, devido ao post “Desculpa José!”, sabia desta iniciativa, tal como agora sei das que estão para vir.
Será este o início de um período de trevas para os Aveirenses (‘retrógrados’, é o que se ouve) sem capacidade de ver mais além? Como membro da camada jovem e activa espero que sim!
São os vergonhosos momentos históricos de Élio Maia e sua trapalhada.
Meu caro, diz que sim
Fiquei a saber que é aluno da José Estêvão e membro bastante destacado da sociedade aveirense. Fico contente.
Já agora gostaria que soubesse que nasci um ano antes do edifício da escola onde é aluno ter sido inaugurado, então com o nome de Liceu Nacional de Aveiro. Foi aí que fiz o meu curso liceal. Foi daí que saí para a Universidade e foi aí, em voz baixa e às escondidas, como era mester na época, que pela primeira vez ouvi falar dos mártires da liberdade, de José Estêvão, de democracia…
Pertenço a uma geração que se empenhou nas mudanças políticas que ocorreram no nosso País (e de hoje todos usufruímos) e que, como deve saber, permitiram que o Liceu Nacional de Aveiro passasse a ostentar o nome de José Estêvão recuperando a denominação porque o ilustre professor José Pereira Tavares tinha pugnado.
Muita coisa me deu aquela escola. Muito, muito mais do que alguma vez lhe poderei retribuir.
Talvez porque, ao contrário do meu ilustre colega (de escola) não tive a dita de ser um membro destacado da sociedade aveirense. Mas consegui, apesar das minhas limitações, aprender lá que quando defendemos alguma ideia e nela acreditamos devemos dar a cara por ela. Infelizmente parece que esses princípios (retrógrados) hoje já não tem aceitação e as pessoas como o meu amigo, preferem refugiar-se no anonimato cobarde para as defender. Espero que não sejam sinais dos tempos.
Uma coisa lhe quero dizer. Também já fui como todos os que ainda sobrevivem da minha geração, jovem. E irreverente (se calhar ainda sou). Mas nunca me passaria pela cabeça que algum dia alguém pudesse pensar desrespeitar uma figura como José Estevão a que esta terra de liberdae, pode honrosamente chamar filho.
E digo-lhe com frontalidade meu caro jovem anónimo. Mumificar a estátua do heróico combatente pela liberdade, tapar a boca ao indómito tribuno que foi José Estêvão é, para mim, uma ignomínia.
Coisas de velho, coisas de homem da idade das trevas, dirá. Mas estou certo que quando chegar à minha idade (se como eu tiver a felicidade de lá chegar) a sua consciência se encarregará de lhe lembrar que, quando jovem, em vez de colocar as suas múltiplas capacidades ao serviço da comunidade Aveirense as desperdiçou numa “instalação” em que a vontade do sensacionalismo não recuou perante o enxovalho infringido ao patrono da sua escola.
Cuja vida e obra lhe deveria merecer o maior respeito (se a estudasse). Como a mim me merece.
Raul Martins
Amigo Dr. Raul Martins,
Eu entendo o que fizeram à estátua da ditadura no Iraque.
Agora custa-me acreditar que certos aveirenses queiram apagar um símbolo de obra Nacional e orgulho a Aveiro.
Também me custa acreditar que alguém o tenha feito como "obra artistica" a apresentar na Escola Secundária José Estêvão.
Abraço
Rogério Carvalho
Mas o que faltará mais para fazer na estátua do impávido José Estevão?
Grafitis?
Fazer-lhe umas pintinhas tipo vaca leiteira da cow parade?
Enfiá-lo num sarcófago?
Meter-lhe um telemovel na mão que está estendida?
Mas que é isto?! Estará tudo louco????
Cada vez que venho a este blog a estátua está sempre modificada para pior, será possivel?!
Estou a ver que as homenagens em Aveiro são todas fora do comum.
Abraço
Nasci em Aveiro, estudei na Escola Secundária José Estêvão e formei-me na Universidade de Aveiro. (Tendo em conta o que li em anteriores comentários sinto-me obrigado a deixar o meu histórico. Pelos vistos aqui tem-se muito em conta o "ranking" aveirense).
Não tenho partido, por isso concordo ou discordo consoante a minha consciência, apesar de a Ciência Política ser a minha área.
Acima de tudo sou tolerante, e não me sinto ofendido com o que vi, mas sim com o que se comenta!
Discordo quando se põem em causa o respeito que alguém tem por tão ilustre figura apenas devido a uma "intervenção" cultural.
É certo que a realidade cultural na nossa cidade já teve melhores dias.
Mas quando se pede tanto ao jovens um pouco de empreendedorismo e inovação, não será exagerado todo este alarido?!
Dou os meus parabéns aos alunos da escola que frequentei! Puseram os Aveirenses a falar de cultura e acima de tudo a falar de José Estêvão!
Cumprimentos e parabéns pelo Blog.
Subscrevo o que o Rui Castilho Dias disse assim como maior parte daqueles que se consideram jovens aveirenses!
ainda bem que fui educado nos tempos da Mocidade Portuguesa
Concordo com o que disse rui castilho dias disse, pelo que não vou repetir. Só acrescento que nasci em 1956 (excelente colheita)
Dr. Raul Martins
Do cinzento ao preto a distancia não é longa.Eu nasci em 1946 e aos 10 anos fui para esta escola, o ultimo ano que aquela escola teve alunos masculinos e foram depois para femininos.Ninguem mumificou nem calou a boca de ninguem. O José Estevão era mesmo branco por fora e por dentro (Não me refiro a cor de pele mas ao significado de transparencia, coisa que vai havendo cada vez menos)
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