Da margem esquerda da vida

Da margem esquerda da vida
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num halo vago, que atrai.
É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
Pra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.
Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.
Reinaldo Ferreira
Parte uma ponte que vai
Só até meio, perdida
Num halo vago, que atrai.
É pouco tudo o que eu vejo,
Mas basta, por ser metade,
Pra que eu me afogue em desejo
Aquém do mar da vontade.
Da outra margem, direita,
A ponte parte também.
Quem sabe se alguém ma espreita?
Não a atravessa ninguém.
Reinaldo Ferreira
1 Comments:
A nossa ponte em Aveiro
Também "mete" nevoeiro
Até nos meses de verão;
Tem agora um estaleiro
Que limita o dia inteiro
A sua circulação.
A obra vai demorada
Anda pouco ou quase nada
Dizemos, impacientes,
Naquela bicha parada
Com grandes e pequenada
Cada vez mais descontentes.
Pois querem molhar os pés,
E todo ocorpo, "através",
Na praia ali tão pertinho;
Sairam d´Aveiro às dez
São onze e meia e, talvez,
Só às doze o tal banhinho.
Que os vai regenerar
E pôr a pele a "tostar"
Até ficar meia preta;
Mas não devem abusar
Pois o sol à beira-mar
Só tem ultra-violeta.
ZÉ MALAGUETA
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