terça-feira, junho 12, 2007

CALÚNIAS

Recebi, da Sra. Arquitecta Sónia Pires Pereira, o email que abaixo reproduzo na esperança de poder contribuir para que o vilipêndio que foi lançado sobre a sua honorabilidade e a da sua família possa ser rapidamente liquidado, embora saiba que as calúnias são como as penas que saem de uma almofada rota. Mesmo quando queremos, nunca as conseguimos recuperar todas para as voltar a pôr de novo na almofada. Não conheço a Sra. Arquitecta mas, creiam, fiquei extremamente bem impressionado com a forma como soube lidar com esta infeliz situação. E aqui lhe deixo toda a minha solidariedade pessoal e política.

Para além disso, este caso demonstra os malefícios que o anonimato pode causar à blogosfera e o cuidado que aqueles que dão a cara pelo que escrevem têm de ter, relativamente à confirmação dos factos que relatam, não se deixando iludir (o que às vezes mesmo de boa-fé pode acontecer), por pretensas notícias sensacionalistas que alguns “bem intencionados” pretendem "vender", escondendo as verdadeiras razões subjacentes às suas cobardes delações.

Neste caso concreto para além de ter recebido via email uma hiperligação para o referido blog, foi aqui colocado, num recente post o seguinte comentário anónimo (que como normalmente publiquei), suponho que com o intuito de me envolver no caso (o que aliás aconteceu com outros bloggers):

O que é que é isto?
Ninguém denuncia? Aliás, ninguém questiona sequer?
Há oposição ou não há?

A cujo desafio respondi da seguinte forma:

Caro 1º anónimo
Se tiver elementos concretos e fidedignos, envie-mos por email. Comprometo-me a levantar o problema em sede de AM, aliás como normalmente tenho feito aos assuntos que selecciono entre os que me são remetidos e cuja confidencialidade escrupulosamente respeito. E se considera existir crime, nada melhor do que assumir e linkar o post aos serviços da PGR ou PJ.

Fico contente por ter agido desta forma. Quase tão contente como de estar agora a reproduzir o email que a Sra Arquitecta Sónia Pereira me enviou na esperança de, dentro das limitações deste blog, poder contribuir para a reposição da verdade.


Dr. Raul Martins

Em consequência da noticia caluniosa "Câmara de Aveiro - Tudo em família?!", no blog Aveiro debaixo de Olho, coloquei um comentário, no mesmo, com vista a esclarecer a verdade.
Tendo em conta que no seu blog manifestou interesse em esclarecer a verdade, envio em anexo o referido comentário para conhecimento.

Atenciosamente,
Sónia Pires Pereira


Uma calúnia abjecta e cobarde

O texto acima “Câmara de Aveiro - Tudo em família” é uma calúnia abjecta e cobarde. É uma calúnia, porque inventa factos (que sabe que não são verdadeiros) com a única intenção de me denegrir e prejudicar. É abjecta, porque não olha a meios, não hesitando em envolver pessoas sérias e de bem. É cobarde, porque é feita sob o anonimato típico dos incapazes e dos medíocres.

Para que conste (e porque quem não deve, não teme), esclareço:

1.No processo de obras n.º 625/1991, foi emitido o alvará de licença de construção n.º239/2004, que apenas permitia construir um edifício de 4 pisos mais aproveitamento de sótão.

2. O promotor do edifício apresentou em 29/06/2005 um projecto de alterações para construir mais três pisos, a que validei um parecer técnico desfavorável. Esse projecto foi indeferido por despacho superior dado em 3/11/2005.

3. No mês passado a obra começou a crescer clandestinamente tendo sido prontamente embargada em 30/05/2007.

4. O autor do projecto é o Arq. Jorge Manuel Lopes Paixão, que não é o meu marido, nem com ele trabalha ou colabora de alguma forma.

5. NUNCA dei um parecer sobre qualquer projecto do meu marido, Arq. Nuno Pereira. E fi-lo não apenas em cumprimento da lei, mas também por imperativos óbvios de consciência e de rigor.

6. O meu sogro não é, nunca foi, nem pretende ser, o proprietário do prédio em questão. Nada tem a ver com negócios imobiliários ou de construção e é apenas proprietário da casa onde mora, em Aveiro. Foi indecente e inqualificavelmente arrastado para este blog por quem não tem escrúpulos em sujar o nome de pessoas honradas e muito respeitadas e que, seguramente, tem muito mais provas dadas na comunidade a que pertence do que o infame autor deste texto.

Como não espero que o autor do texto acima se retracte e se desculpe (para isso era preciso que tivesse a espinha dorsal, a consciência limpa e a coragem dos homens sérios), e o meu direito à indignação será levado até às últimas consequências. Informo por isso os leitores que irei apresentar imediatamente no Ministério Público de Aveiro uma queixa-crime contra o auto-intitulado “Auditor” pela prática de um crime de difamação previsto e punido no art. 180.º do Código Penal, com as agravantes previstas nos art.ºs 183.º e 184.º do mesmo Código. Essa queixa-crime irá ser igualmente subscrita pelo meu marido e pelo meu sogro. E será levada até ao fim.

Sónia Pereira, Arquitecta

7 Comments:

At terça-feira, junho 12, 2007 2:34:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Acho a Senhora Arquitecta
Uma pessoa correcta,
Escorreita a responder:
E que deve ter razão
Pois a sua reacção
Deu logo p´ra perceber.

Faço daqui um pedido:
Diga ao Senhor seu marido
E ao seu sogro, também,
Que ´squeçam o sucedido
Pois o bom nome, ofendido,
Ficou novamente bem.

ZÉ MALAGUETA

 
At terça-feira, junho 12, 2007 3:53:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Não diga Sra Arq.Não diga e vá para a frente.Este Zé Malagueta!!!

 
At terça-feira, junho 12, 2007 7:26:00 PM, Anonymous Anônimo said...

O que podemos ler no «Aveiro debaixo de olho» não é uma noticia, porque não estamos na presença de um espaço de informação. Noticia é outra coisa. Trata-se sim, de um «post» com algumas questões, mas sem nenhuma afirmação concreta. É preciso distinguir as coisas.
Um abraço

 
At quarta-feira, junho 13, 2007 12:05:00 AM, Blogger Terra e Sal said...

Concordo que é muito aborrecido o que se passou. A Senhora arquitecta tem todo o direito à indignação por uma acusação, que se falsa, e tudo leva a supor que sim, é condenável. A honorabilidade da senhora, e da família não pode nem deve, ser assim posta em causa, por uma atitude leviana de alguém.

Mas independentemente disso, e com todo o respeito pelos ofendidos,que nada têm a ver com isso, há uma coisa que acho estranho, por não entender.

Como é que a uma obra pode avançar tanto clandestinamente, numa das zonas mais nobres da cidade?
É que, pelo que foi dado ver através da fotografia, pareceu-me ter, os dois “esqueletos” prontinhos dos tais 2 ou 3 andares, não sei, que pelos vistos, estão a mais.

É certo que nada entendo de obras, mas aquelas estruturas, não se fazem de um dia para o outro.
Como é que, a Câmara, e os seus agentes, deixaram o prevaricador ou prevaricadores avançar e abusar tanto das regras impostas, e da lei?

É que, a Avenida Dr. Lourenço Peixinho, com todo o respeito, não é propriamente um caminho de uma qualquer freguesia rural, longínqua, distante, em que, se torna mais difícil a fiscalização.

E como é que vai ser agora?
O volume exagerado de construção que está à vista de todos, vai ser deitado abaixo rapidamente e o responsável, ou responsáveis, pagar coimas a sério, ou vamos ter um episódio de uma multa, que são trocos, e ter mais um mamarracho no meio da cidade?

 
At quarta-feira, junho 13, 2007 9:48:00 AM, Anonymous Anônimo said...

O dono da obra não lucrará muito mais, mesmo pagando alguma coima, multa, ou o que seja? Em princípio parece que sim.
Mesmo que o prédio fique embargado meses (ontem havia lá movimento de camiões), o valor que vai obter pelas áreas a mais decerto compensará o tempo de paragem e a coima.

Ou a Câmara vai obrigar a repor a construção para o alinhamento da cércea dos outros prédios, ou seja, a demolir o(s) piso(s) a mais?

Se os serviços técnicos deixam andar...ou será que para a Câmara vai um projecto e o dono da obra tem outro?
Mas quando "reparam", a maior parte das vezes já é tarde, já a construção está feita. Porque será?

E porque é que a Câmara tem dois pesos e duas medidas para situações idênticas? Porque é que para uns impõe a reformulação de projectos para obedecerem ao PDM e a outros deixam construir sem impor o PDM?

É que a lei, e neste caso o PDM, é igual para todos.
Quando é que os técnicos se levantam das cadeiras e antes de aprovarem projectos, e até para verem o enquadramento dos mesmos, não vão ver "in locco" a zona em causa, o que existe lá, que tipo de construção, como são os prédios vizinhos, etc.?

Concerteza se faria um melhor planeamento. Mas, infelizmente, decidir e aprovar projectos em gabinete dá o que dá.

Por exemplo, uma medida que podia ser posta em prática (não sei se existe): para aprovar projectos, documentar o processo com fotos da zona envolvente, mostrando arruamentos, construções, etc e depois analisar o enquadramento do projecto. Tem mais 2 pisos? Paciência, tem que reformular o projecto e retirar os mesmos. Será que é tão complicado?

Estamos, pois, a falar de organização interna e de procedimentos. Para isto não é preciso, por exemplo, esperar por um tão esperado Plano de Recuperação financeira. Que também não deu em nada, como se viu.

MFM

 
At sexta-feira, junho 15, 2007 12:32:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Eu não sei de que prédio se trata, pois o blogue acusatório foi misteriosamente vítima de um hacker.

Seja como for, mesmo em frente ao túnel de esgueira (do lado de Aveiro) está um prédio que também cresceu mais do que devia.

Talvez o Sr. Raul Martins pudesse indagar o executivo acerca deste milagre.

Aveiro ficaria agradecida com a transparência que daí adviesse.

RT

 
At domingo, junho 17, 2007 7:10:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Fiquemos à espera que os pisos ilegais venham abaixo!

O prédio à entrada do tunel de esgueira é outro que tal...!

Caso não aconteça nada..., será mais um caso recorrente onde o crime compensa!

Os planos até podem estar mal, mas se estão, que os mudem, não os contornem habilidosamente!...

 

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