domingo, outubro 05, 2008

O Contrato de Empréstimo dos 58 Milhões

Uma aborrecida maleita que me tem retido em casa e me impediu de estar presente na última sessão da AM (e, certamente, ainda não me permitirá comparecer à próxima) tirou-me toda a vontade de postar. Ainda por cima a minha ligação à Net decidiu ir dar uma volta e só após dois dias na vagabundagem decidiu regressar. Daí, nos últimos dias, não vos ter importunado.

Hoje recebi a visita amiga de um velho companheiro que me pôs a par do que se passou na última Assembleia Municipal, particularmente na candente questão do empréstimo dos 58 milhões de euros que a CMA pretende contrair junto da CGD, e do que nessa reunião foi dito sobre o comportamento das partes envolvidas.

O que ouvi motivou-me a vir-vos aqui aborrecer com algumas considerações pessoais sobre esse assunto sobre o qual tinha programado nada dizer. Mas sinto que, num assunto tão delicado, todos os aveirenses têm, mais do que o direito, a obrigação cívica de dar o seu contributo. E, como sabem, não sou homem para assobiar para o ar e passar ao lado de uma questão política importante sem dar a minha opinião. Mesmo quando essa opinião pode ser politicamente inconveniente.


1- Sempre considerei que as autarquias se devem comportar (também) em matéria financeira, como pessoas de bem e há muito tempo que venho a defender publicamente que a Câmara deve pagar atempadamente aos seus fornecedores e na falta de receitas próprias suficientes deve obter os meios necessários junto dos organismos financeiros adequados.

2- Sempre fomos coerentes nessa posição e não gostaríamos de ser confundidos com alguns “cristãos novos” que agora se transformaram nos arautos da defesa dessa medida, até porque conhecemos as consequências negativas que a dilatação do prazo de pagamentos de uma Câmara trazem para as empresas locais que com ela têm relações comerciais. Isto para não falar nos custos acrescidos que a Câmara tem de suportar em encargos e, também, no preço das suas aquisições pois os fornecedores, perspectivando atrasos nos recebimentos, “descontam” (como dizem os economistas) esse atraso no preço dos fornecimentos que assim ficam (bem) mais caros.

3- Reconhecemos a inadiável necessidade de ser restaurada a credibilidade financeira da nossa Câmara Municipal, cujo comportamento junto dos seus credores e fornecedores de há muito tem vindo a roçar os limites da indignidade e envergonha todos os Aveirenses. Mais. Reconhecemos que a delicada situação financeira que o Município hoje atravessa se deve, em grande parte, ao desrespeito, durante o mandato autárquico do Dr. Alberto Souto, das boas regras da prudência financeira que devem presidir a qualquer gestão autárquica.

4- Como todos os aveirenses reconhecemos que nos mandatos do Dr. Alberto Souto foram feitas muitas obras, algumas das quais fundamentais para o desenvolvimento de Aveiro. De facto o Dr. Alberto Souto conseguiu marcar Aveiro de forma indelével, colocando no terreno algumas das suas muitas ideias para o município (que tinha sempre em alta consideração ao contrário da conta em que tinha as ideias e as obras alheias). O seu grande problema (que o seu imenso ego, até hoje, ainda não lhe permitiu reconhecer) é que nunca quis ouvir aqueles que o aconselhavam a tentear o seu afã obreirista com bons princípios de prudência económica e financeira que obrigam os gestores à difícil tarefa de priorizar projectos e adiar a execução dos menos prioritários para momento oportuno.

5- Porém, o actual executivo chefiado pelo Dr. Élio Maia, atarantado com a sua imprevista eleição e impreparado para encontrar soluções para esta conhecida situação financeira (que aliás foi preponderante na sua vitória eleitoral), decidiu refugiar-se numa postura lamurienta de exploração política desse legado (de valor indefinido e galopante) em vez de, como lhe competia, rapidamente encontrar e implementar soluções que permitissem atenuar ou resolver o problema.

6- Reconhecendo a absoluta e urgente necessidade de reequilibrar rapidamente a Tesouraria Municipal, utilizámos toda a nossa boa-vontade para, em Novembro de 2007, aprovar a efectivação de um financiamento no montante de 58 milhões de euros com a finalidade prover ao pagamento imediato da totalidade da dívida de curto prazo existente, diferindo-a para o futuro, pese embora considerássemos o Plano de Saneamento Financeiro que o enformava devesse ser mais fundamentado e devesse apontar medidas que permitissem a redução do défice estrutural existente. Plano que, como é consabido, foi chumbado e recebeu severas críticas do Tribunal de Contas (1504/2007), tendo o respectivo acórdão (47/2008) transitado em julgado em 17/04/08.

7- No seguimento desse chumbo a Câmara decidiu optar por “densificar” o Plano de Saneamento Financeiro primitivamente apresentado e remeter ao Tribunal de Contas para obtenção de visto um novo pedido para contrair um empréstimo de 58 milhões de euros junto da Caixa Geral de Depósitos que, como se lembrarão, mereceu o voto contrário do Partido Socialista, pois a “densificação” do Plano de Saneamento Financeiro veio mostrar à evidência que era apenas uma desesperada tentativa do Dr. Élio Maia salvar a sua pele política, nada iria sanear porque recusava assumir os sacrifícios que o saneamento da situação financeira exige, acobertava medidas que consideramos profundamente lesivas para o Município como a constituição de uma parceria público-privada para a construção e manutenção das escolas do ensino básico do concelho dispensando o recurso ao QREN e assentava no pressuposto de que vão ser obtidas receitas para pagamento do empréstimo absolutamente delirantes, à cabeça das quais, entre muitas outras, está a concessão do Estádio Municipal pela módica quantia de 65 milhões de euros e a concessão dos SMA, com todas as suas valências incluindo a recolha dos RSU, por 50 milhões de euros.

8- O Tribunal de Contas por decisão acabaria de na sessão diária de visto realizada em 31 de Julho de 2008, visar este processo (608/2008), abstendo-se de tecer considerações sobre a apreciação da legalidade das operações preconizadas e de tecer juízos sobre a viabilidade das projecções apresentadas.

9- No dia 5 de Agosto o Dr. Élio Maia reuniu o seu exultante executivo e, perante uma ilustre plateia de credores especialmente convidados, arrasou a minha acção política, chamou-me incompetente (distinção que recebi com agrado vinda de tão graduado especialista nacional na matéria) e informou que iria iniciar os pagamentos no início do mês de Setembro.

10- Na ausência de conhecimento da realização de qualquer pagamento ficámos posteriormente a saber que a Câmara de Aveiro estaria a aguardar um esclarecimento da CGD para saber se esta mantém as condições do empréstimo dos 58 milhões de euros, já que a entidade bancária pretenderia actualizar as condições do empréstimo, designadamente alterando o valor do spread inicialmente previsto de 0,14% para 0,25% o que se traduz num aumento muito significativo destes encargos.

11- Não quisemos na altura tecer considerações sobre a matéria uma vez que não conhecíamos o contrato assinado, certos que o Dr. Élio Maia e o seu executivo certamente teriam assegurado devidamente os interesses da CMA, tanto mais que existe o entendimento que se houver qualquer alteração nos encargos do contrato resultantes de alterações do valor do spread ou comissões o processo terá de ser reiniciado, ser aberta uma nova consulta do mercado, nova aprovação na Câmara e Assembleia Municipal e nova obtenção de visto no Tribunal de Contas o que atrasaria ainda mais o pagamento das dívidas, com todo o cotejo de consequências funestas que vai continuar a acarretar para os já desesperados credores que aguardam ansiosamente o pagamento dos seus créditos.

12- De qualquer forma fiquei muito intranquilo pois trabalho com instituições bancárias há mais de 30 anos e nunca assisti a nada de semelhante e, sinceramente, não estou a ver uma instituição com o gabarito da CGD a recusar-se a assumir uma proposta oral quanto mais um contrato escrito e devidamente assinado. E não fiquei totalmente tranquilo quando li que o Dr. Élio Maia afirmou, peremptoriamente, na última sessão da AM que a Câmara tem toda a razão e que não iria ceder no pedido de aumento do spread e esperava que a CGD “honrasse os seus compromissos”. “Apertado” por alguns dos presentes acabaria por colocar o contrato de empréstimo que a CMA celebrou com a CGD online facto que é de enaltecer.

13- Mas antes não o tivesse feito que me veio estragar o fim-de-semana. É que o contrato que foi colocado online é o contrato assinado em 27/11/2007 de acordo com o Estudo e Plano de Saneamento Financeiro associado à operação conforme o Anexo I apenso ao contrato e do qual é parte integrante (cláusula 3ª) – o célebre Plano de Saneamento Financeiro que mereceu o voto favorável do PS mas não obteve o visto do Tribunal de Contas (processo 1504/2007).

14- Não encontrei o contrato de empréstimo com a CGD reformulado de acordo com o novo Plano de Saneamento Financeiro – o tal que mereceu o voto negativo do PS - mas acabaria por receber o visto do Tribunal de Contas (608/2008). Certamente existirá porque, muito sinceramente, não me acredito que não tenha sido feito. Era mau de mais. E aguardo a sua publicação urgente para todos ficarmos mais descansados.

15- Mas da experiência que tenho do meu relacionamento com a banca (e particularmente com a CGD) não me acredito que não tenha havido, à altura, reuniões a pedido da CGD para actualizar as condições do spread do contrato ou, no mínimo, para discutir uma comissão que permitisse à CGD, numa altura em que o custo do crédito estava a aumentar, securitizar (lockar) o spread dos 0,14% deste empréstimo, para o poder garantir até à decisão definitiva do Tribunal de Contas.

16- Por isso, ou muito me engano ou o Sr. Presidente e o Sr. Vereador das Finanças esqueceram-se de contar, com clareza, tudo o que, nesta matéria, conhecem. Só tenho pena de não poder ir à Assembleia Municipal para ouvir em primeira-mão o que sobre este assunto têm a dizer.


Mas, a bem de Aveiro e da sua imagem pública, oxalá eu esteja enganado.


26 Comments:

At domingo, outubro 05, 2008 9:57:00 PM, Anonymous Anônimo said...

SERÁ POSSIVEL?
SE FOR É UMA VERGONHA

 
At domingo, outubro 05, 2008 10:00:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Não vai à Assembleia?
Tenho pena. Faz lá muita falta.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 1:06:00 AM, Blogger ZÉ FAGOTE said...

Muito me conta meu Caro Amigo!
Nem vou tecer qualquer tipo de considerações que não tenha como objectivo o contrato entre a CGD e o Município, por causa do empréstimo dos 58 milhões de Euros.

Quero ser sucinto que a coisa é grave, e não dá para brincar.
Se efectivamente é como VC pensa, e tudo leva a crer que sim, a Câmara está metida numa grande alhada, não só pelo problema em si, que é grave, mas pela omissão e ou, negação, a toda a Assembleia Municipal do que se está a passar.

Neste momento está em causa a honorabilidade de Instituições em quem confiamos, o que é grave.
Mas paralelamente, e do mesmo modo, estão em causa muitas pessoas a quem confiamos os destinos, enquanto munícipes, logo comunidade.

Na interpretação que fiz do seu Post, o contrato entre a CGD e a Câmara, e que está em on-line no site da Câmara, que o dá como bom, está ultrapassado e sem valor nenhum. Ou seja, a validade dele caducou quando o Tribunal de Contas chumbou a primeira pretensão da Câmara, creio que em Abril de 2008.

A Câmara perante o chumbo do T.C. reformulou o pedido de empréstimo com alterações substanciais, e para isso alterou pressupostos… e até entrou o nosso estádio como se estivesse revestido a ouro…

Mas tudo bem, o que interessava era termos o dinheiro para pagarmos a quem devemos. Nos fins de Julho de 2008 o Tribunal de Contas aprovou o pedido de NOVO EMPRÉSTIMO, que nada tinha a ver com o primeiro e que deu origem ao firmado com a CGD que penso ter sido feito, em Novembro ou Dezº de 2007.

Em Agosto de 2008, depois da aprovação do TC, o executivo da Câmara, foi à CGD saber como era com o dinheiro...
Em reunião, pressupõe-se que a CGD lhes disse que tudo teria de ser alterado, já que, o pedido e os moldes em que foram feitos, naquele momento eram outros, e portanto, seria considerado como um NOVO EMPRÉSTIMO, e as regras teriam de ser outras, até porque, entretanto a banca tomou outros rumos no que, se destina a empréstimos dada a conjectura nacional e internacional.
E assim, nada tinha a ver o contrato de agora com o outro feito 7 ou 8 meses atrás.

O spread foi alterado, ou querem alterar, de 0,14 para 0,25, o que, é quase o dobro e é aflitivo para mais em 58 milhões.
Acho muito bem que a Câmara se mexa, que tente conseguir um spread menor, o que possivelmente nos tempos que correm será difícil, mas...

Aqui o que está em causa, e partindo do princípio que rudo isto está certo, é que o caso deveria ser contado muito direitinho a todos os interessados, que afinal, são os Aveirenses, até porque, são eles que vão pagar o empréstimo!

Por outro lado,se efectivamente o contrato assinado é nulo pelos factos mencionados, qual é a intenção da Câmara em mantê-lo em on-line se ele já nada vale?

Bem, estou a ir...
Cumprimentos e desejos de boa saúde.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 10:41:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Publique isto nos jornais, meu caro.
A sua audiência aqui, apesar de militante na leitura, não passa de 0,00019% dos aveirenses...

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 11:11:00 AM, Anonymous Anônimo said...

bem me parecia que aquele contrato era "fraquito".

fpinheiro

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 11:22:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Hó, Dr. Raul Martins!
Não bata mais nos seguinhos, porque eles não sabem o que fazem!?
Por mais que os ensine, os nabos nunca aprendem, nem querem dar a mão a torcer.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 11:42:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Caro Zé Fagote:
Desculpe lá. O seu raciocínio não está desprovido de razão no todo, mas peca por incompleto no modo como trabalha a banca, e assim, se me permite, opino sobre a questão.
Qualquer Instituição, seja a CGD, ou outra, quando faz um contrato, um negócio com um cliente, tem de “lockar” esses mesmo contrato, ou seja, distribui as responsabilidades que assume, por outras instituições especializadas, que as subsidiam, se for o caso, já que, se assim não fosse, em meia dúzia de dias ficavam com os “bolsos a tinir”, tanto é o dinheiro que movimentam.
Todas fazem uma divisão do negócio, de responsabilidades também.
Fazem uma espécie de seguro, previnem-se do futuro, ou seja, “acautelam-se” das possíveis alterações de taxas e não só, que o mercado possa alterar.
Grosseiramente, podemos dizer que as Instituições bancárias, não põem e dispõem a seu belo prazer, têm de dar “satisfações” aos “sócios” nos negócios que fazem.
Há regras a que têm de dar cumprimento, porque não podem “decepcionar” e perder a confiança daqueles que arriscam consigo...
A CGD penso que, não pode só por si, decidir se vai ser assim ou assado, isso seria um negócio de tasca.
O descalabro que está a acontecer na América e até na Europa, deve-se a facilitanços e veja o resultado...
E claro, depois de casa roubada, pior ainda, metem-se trancas grossas de mais, à porta”
Por outro lado, diga-me como reagiriam os milhões de clientes que tem a CGD, se souberem que as regras para uns são feitas à medida dos seus interesses.
Mas pode ser que, o assunto não seja assim tão grave como de algum modo estamos a preconizar.
Poderá haver uma qualquer escapatória jurídica. É que, tendo consultado o tal contrato vejo muito poucas cláusulas, para tanto dinheiro em “jogo”.
Por outro lado a CGD não teria proposto à Câmara uma taxa qualquer para compensação das alterações das taxas, e spreads, para manter o contrato inicial, dado que caducou, aquando do chumbo do Tribunal Contas?
Eu não tenho em má conta aquela Instituição bancária, mas considero também este executivo municipal. Agora que não dá para entender este negócio, não.
Bem, claro que, tudo o que disse a sua pessoa, o autor do blogue, e eu próprio, são meras especulações mas que são lógicas.
Perante o silêncio da Câmara, que elegemos para nos representar, logo somos todos nós, e como anda calada, temos de começar a ditar sentenças, mesmo sabendo que de cada cabeça sai uma sentença diferente!
E no meio disto, o que lamento são os credores que não vislumbram o dia de serem ressarcidos dos seus créditos.
Desculpe lá a minha achega.
Cumprimentos.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 12:26:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Gostava de ver o Dr. Carlos Martins, do blogue Neoliberalismo, a comentar o seu Post, dado parecer-me ser especialista na matéria.
Claro que poderá recusar tal proposta dado fazer parte deste Colégio municipal, mas nada tem a ver uma coisa com a outra, e uma coisa é ser-se técnico e outra ser-se militante deste ou daquele partido.
Pode ser que sim.
Quem sabe se ele, teórica e tecnicamente, não vem arrasar todos estes comentários feitos atrás?
É que não estou a gostar muito deles!

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 1:47:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Não está enganado não dr. Aquela gente é tão incompetente que até arrepia. Só me apetece emigrar.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 2:06:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Na reunião com a CGD o Élio Maia não aceitou pagar a comissão. o peddro ferreira até era afavor mas o problema era a necessidade de abrir novo concurso. a CGD bem avisou que o dinheiro estava a ficar mais caro e se isso acontecesse não podia manter o spread. Agora não há volta a dar porque a cgd NÃO PODE emprestar o dinheiro com aquele spread pois ia perder muito dinheiro e caíam-nos os outros clientes todos em cima a pedir as mesmas condições.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 2:21:00 PM, Anonymous Anônimo said...

nabos!

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 3:51:00 PM, Anonymous Anônimo said...

A situação está a bater no fundo e a imconpetência começa a ser preocupante. Ando para receber duma firma cá do burgo,o pagamento dum trabalho há um ano e a desculpa é sempre a mesma: estamos à espera que a Câmara nos pague!
E pelo andamento isto vai ficar preto.
Era melhor pedir à RTP para enviar cá a equipa do concurso: NÃO SEI MAIS QUE UM MIUDO DE 10 ANOS, e fazer um teste a estes CINCO, no centro de congressos e com entradas livres.
Ao menos iamos rir à gargalhada e quando chegasse a vez do gajo das finanças na matemática até nos mijávamos a rir.
Isto já lá não vai com preces aos santos, com pragas ou com novenas. Estamos F.... os.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 6:00:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Não há segundo contrato, este contrato manteve-se válido porque a CGD não o rescindiu e por isso a argumentação do autor cai pela base...

querem mais sucinto? Não dá...

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 6:14:00 PM, Anonymous Anônimo said...

comentador das 6:00:00
Vc dá-me vontade de rir. A CGD não precisava de rescindir o contrato porque o TC não lhe deu o visou e chumbou o Plano em que se baseava. Logo....

Quer mis sucinto? Não dá...

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 7:49:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Realmente o anónimo das 6:00:00 é um bocadito, não digo nabo, mas ignorante.
Não entende nada de "protocolos" que são estabelecidos com a banca, sinal de que não precisa deles como eu.
A Caixa não precisa de rescindir nada, as condições do contrato ao serem alterados pelo "cliente" faz caducar o contrato ou protocolo estabelecido, baseado em dados e garantias apresentadas. No caso da autarquia, foi o próprio T.C. que chumbou a proposta, logo foi tudo por água abaixo com o banco.
Depois a Câmara apresentou ao TC outra proposta, diferente da primeira e o TC aprovou.
Ao ser chumbado a primeira foi automaticamente também "chumbado" na CGD, já que, as garantias e pressupostos apresentados passaram a ser outras.
Por isso, teve de voltar tudo ao princípio, teve de haver novo empréstimo alicerçado em condições diferentes da primeira.
Se eu for pedir dinheiro tenho de apresentar além da credibilidade que possa ter, outras garantias, bens, fiador etc.
Assino o contrato e depois passados meses chego lá para receber a massa, e apresento outros credores e outras garantias.
O banco terá necessariamente de redigir e fazer novo contrato já que, este nada tem a ver com o primeiro que fiz.
Como notário do povo que sou,isto apenas serve como teoria,porque para ver bem o assunto teria de ter mais dados, e a Câmara ainda não forneceu ao zé povinho..

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 7:52:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Espero que o comentador das 6 não seja nenhum responsável autárquico disfarçado.
É que, se for, é simplesmente burrice a mais, como respondeu o das 6.14.
Estamos fod....!

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 8:09:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Vão gosando. Quando o chefe chegar a lisboa pôe os administradores da caixa na ordem num estantinho. Até levava um saco para trazer o pilim. só não percebi para que eram as joelheiras.

 
At segunda-feira, outubro 06, 2008 10:01:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Amigo olho vivo! As joelheiras, se tudo correr bem, são para ir a Fátima e dar 2 voltas à capelinha.

 
At terça-feira, outubro 07, 2008 12:18:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Ainda bem meu caro. Cheguei a pensar que era para dar 3 voltinhas ao altar de S. Faria de Oliveira.

 
At terça-feira, outubro 07, 2008 10:22:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Nem uma palavrinha sobre a dedicatória que faz a Alberto Souto? Estes seus comentadores são muito parciais...

PS que detesta o Souto

 
At terça-feira, outubro 07, 2008 11:11:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Este comentário foi removido por um administrador do blog.

 
At terça-feira, outubro 07, 2008 11:26:00 AM, Anonymous Anônimo said...

anda para ai um tipo a queixar-se da "pesada herança socialista"

não é preciso esperar mais um ano para podermos começar a falar da pesadíssima herança da coligação ppd/psd cds/pp (já viram que estes tipos têm a mania de ter dois nomes para o partido?)

as contas são fáceis de fazer.

e às mesmas vamos poder somar um anedotário intitulado: "Como não gerir uma autarquia"

 
At terça-feira, outubro 07, 2008 5:31:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Pois é.
O Élio já fez alguma coisa, inaugurou o Polis, o Tunel da Estação, o Mercado Manuel Firmino, as novas vias de acessibilidades, o Museu Pessoa, os taxis (bugas da ria), os moliceiros, a Capitania, etc.
Em suma, para um bom entendor, meia palavra basta, para perceber a total incompetência desta Câmara, que nem para a manuenção consegue preservar o que de bom foi feito.
Já nao falando nos buracos e de todas as vias da cidade em péssimo estado, parecendo mais caminhos de cabras, dentro da cidade de Aveiro.

 
At terça-feira, outubro 07, 2008 8:19:00 PM, Anonymous Anônimo said...

não escondeu dados??? claro, não há nada para esconder! mas se calhar devia haver, ou não? tabém não percebeu nada de nada. mas a isso já estamos habituados.

 
At quarta-feira, outubro 08, 2008 1:46:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Uma gaita. Aveiro já não é o que era!
Aquela aldeia grande em que todos nos conhecíamos e as novidades andavam de boca em boca, acabou.
Agora até toda a gente mete ferrolhos à porta!
Hoje, é cosmopolita de mais para meu gosto.
Velhos tempos em que se sabia quando o José Estêvão botava “faladura” e arrasava aqueles "mouros" em Lisboa.
Mais tarde, sabíamos, manhã cedo, quem tinha sido “engavetado” pela Pide, na noite anterior.
Como sabíamos pelos nossos pais, quando regressavam da praça que o Salazar estava cá a passar um fim-de-semanita ali numa casa, para os lados do Rossio.
Hoje é uma tristeza. O Salazar já cá não vem, e o pouco que nos contam vem tudo deturpado.
Ninguém sabe nada de nada, e quando se ouve um “zum-zum”qualquer, é certo e sabido, que pouco corresponde à verdade.
Isto a propósito do nosso Presidente de Câmara:
Dizem que abalou para Lisboa no princípio da semana no velho “chervolet” da Câmara…
Quem viu disse que ele envergava o seu melhor fato, e ia de sapatos bem engraxados, e coisa estranha, levava dois sacos de serapilheira numa mão, e um cajado na outra…
Há quem diga que se chateou e foi buscar o “dinheiro vivo” à sede do banco com quem negociou.
Outros, que não, que ele foi mas é à caça.
Ao certo, ao certo, ninguém sabe o que se passa.
A única coisa certa, é que já há uns dias ninguém sabe dele...
Mas a confusão e os boatos continuam, é um nunca mais acabar...
Agora no café, ouvi alguém dizer que o viu a atravessar a “fronteira” de Elvas para Badajoz, num BMW novinho em folha e de alta cilindrada, o que não entendi...
Então ele foi buscar o dinheiro, ou foi caçar gambozinos para Espanha?
À cacetada e sem cadela?

 
At quarta-feira, outubro 08, 2008 11:05:00 PM, Anonymous Anônimo said...

já viu http://tubaraodaria.blogspot.com

 

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