quinta-feira, julho 10, 2008

Politicamente Correcto?


Eu sei que pode não ser politicamente correcto lembrar isto.

Mas olhem que há mais do que uma versão do
resgate de Ingrid Betancourt.

7 Comments:

At quinta-feira, julho 10, 2008 2:57:00 PM, Blogger Carlos Martins said...

Oh Dr Raul Martins, tenho-o em maior consideraçao do que alguem que acredita neste tipo de teoria da conspiraçao "anti-capitalista"... tanto odio pelo capitalismo...e no entanto, a resposta que dão é a ditadura de extrema-esquerda...

ja agora, esclareça-nos: considera as FARC uma organização terrorista ? ou concorda com o PCP ?

 
At quinta-feira, julho 10, 2008 3:09:00 PM, Blogger RM said...

Caro Carlos Martins,
Tenho-o em suficiente consideração para pensar que é capaz de reflectir sobre um texto que não siga a linha oficial. Principalmente quando parece fazer algum sentido.
E uma coisa lhe digo. Que a Ingrid estava com bom aspecto (bem diferente do que é imaginável para uma pessoa que esteve em cativeiro durante 7 anos na selva) lá isso é verdade.
Abraço
Raul Martins

 
At sexta-feira, julho 11, 2008 1:35:00 AM, Blogger ZÉ FAGOTE said...

Interessante o diálogo entre estes dois prezados economistas da nossa praça.
Um “virado” à Esquerda, o outro, à Direita.
Um comedido, precavendo-se em não ostentar a “Esquerda” talvez para respeitar outros, que não perfilham dessa opção.
O outro, um verdadeiro tremeluzido com a sua “Direita,” ostenta-a, promove-a e serve-se dela para provocar, o que, aliás, é comportamento característico das pessoas de “Direita”.

Depois, questionar se um grupo revolucionário que luta seja pelo que for, é terrorista ou não, isso é infantil, próprio de quem sabe muito pouco da vida.
E a vida é um livro que não existe nas Faculdades nem em Bibliotecas publicas, cada um tem o seu, mas para o ter tem de primeiro o escrever e muitas vezes, tem de epilogar capítulos que já foram escritos há muito.

A propósito das FARC e a libertação da senhora:
Há efectivamente versões contraditórias, mas não é isso que me “perturbou” na opinião emitida pelo Caríssimo Carlos Martins. Suscitou-me preocupação é o facto dele interpretar terrorismo à letra, da maneira como os dicionários e enciclopédias o vendem e não ser capaz de criar outra “leitura” à expressão.

A ditadura de direita que tivemos, de Salazar e Caetano, também chamava terroristas aos africanos que lutavam pela sua independência em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, e por isso tivemos 13 anos de guerra, mas nem por isso aqueles governantes deixavam juntamente com os seus generais, de estimular os soldados dos seus exércitos a praticar horrores iguais, ou piores ainda, cometidos pelos hoje, "ex-terroristas".

Interessante de como a vida é.
Hoje, somos uns sacanas, uns merdas, amanhã, uns lutadores, uns abnegados, uns herois!

Quem não conhece as façanhas de famigerados oficiais, sargentos e praças muitos deles agraciados com todas as “cruzes” e mais uma, pelos actos “heróicos” ou de “bravura”?
Afinal, passados todos estes anos, quem eram os terroristas de então?
Nós, portugueses, ou eles, africanos?

A América, o galardão do capitalismo, e já agora das “direitas”, o que fizeram no Vietname?
Porventura haverá algum predicado pior, diferente de terrorismo, para classificar as atrocidades cometidas?
E no Iraque como é?

O que é aquilo que vemos quando nos chegam fotografias nos jornais, revistas e imagens filmadas de soldados americanos com os prisioneiros iraquianos?
O que será aquilo?

O Carlos Martins quando escrever meia dúzia de páginas do tal livrinho que vai ser só seu, e citado acima, tenho a certeza que vai deixar de “pavonear-se” tanto com a sua “direita” e o seu capitalismo, porque ele agora, embora seja um homem inteligente, mostra que ainda não conhece as matrizes da "cor" da vida.

Mas lá por ser ignorante, quem o conhece sabe que é inteligente e esforçado.
E um dia vai lá chegar, liberto claro, de todos os seus complexos, de "direitas" e capitalismos.

Vai reconhecer que a vida não são teorias com nomes pomposos, e as guerras ou guerrilhas, são sempre carniceiras e desumanas, pouco importando os nomes que lhes posamos dar.
Cumprimentos aos dois

 
At sexta-feira, julho 11, 2008 10:42:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Caro Zé Fagote:

Excelente artigo,
diz tudo.

Sem comentários

 
At sexta-feira, julho 11, 2008 4:47:00 PM, Anonymous Anônimo said...

ó zé fagote, os seus artigos às vezes são chato para b... mas neste deu-lhe bem

 
At sábado, julho 12, 2008 2:54:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Óh, Carlos Martins!
Bitaetes,só há um, o da televisão e mais nenhum.
Mas este até tem graça, o seu não tem nenhum.
Veja se acerta alguma vez!...

 
At sábado, julho 12, 2008 5:35:00 PM, Blogger Carlos Martins said...

Caros,

Gosto também dessa - permitam-me - "ostentação" da experiencia de vida como refugio do muitas vezes inexplicavel ou inconformismo com a rebeldia (que nao libertinagem) propria da juventude.

Houve é certo inumeras atrocidades por essa Historia fora, em Africa, perpetrada por portugueses, ingleses, holandeses, russos, chineses e americanos; na Asia, por americanos, chineses e russos (pelo menos); e na Europa e America Latina praticamente por toda a gente. Essa contabilização em forma de campeonato sobre qual o lado politico terrorista é talvez como pouco relevante. São inumeras as historias de regimes ditatoriais comunistas (peço desculpa pela inclusao propositada deste pleonasmo) que atrocidaram tanta ou mais gente que os regimes tambem eles ditatoriais ditos de direita, incluindo o regime nazi, cuja genese ideologica dificilmente consigo classificar como esquerda ou direita.

E nao vai ser pelos que tenha eventualmente pela frente que esta visao pode mudar, porque a Historia é feita de factos.

E desculpem me a insistencia, mas nao ha luta ideologica que justifique o rapto e manutençao em cativeiro de refens por tempo indeterminado. E também nao ha outra designaçao para tal a nao ser puro terrorismo.

cumprimentos

 

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