terça-feira, outubro 23, 2007

Como avalia o trabalho dos dois primeiros anos de mandato do executivo liderado por Élio Maia?

Submerso pelas contradições e interesses da coligação que o fez eleger e enredado em somíticos jogos de índole politico partidária, o Dr. Élio Maia não conseguiu, ainda, ultrapassar a sua redutora obsessão pelo montante da dívida, cujo valor tem vindo, em sucessivas intervenções, a fazer crescer exponencialmente e tem compulsivamente utilizado para tentar abafar o crescente reconhecimento público da sua irremissível incapacidade para cumprir a missão que os Aveirenses lhe confiaram.

Dois anos passados sobre a sua posse e os eleitos pela Coligação ainda não conseguiram perceber que grande parte dos problemas financeiros actualmente existentes e que tanto os afligem se resolvem, no médio prazo, com a aplicação de uma estratégia de desenvolvimento sustentado para o concelho o que implica a urgente necessidade de gerar e implementar políticas que mobilizem os cidadãos Aveirenses para um projecto de afirmação de Aveiro, no contexto nacional e europeu.

Por outro lado e até ao momento, o Dr. Élio Maia e o seu executivo não deram provas de terem compreendido que o Poder Local, que goza de uma forte relação de proximidade com os cidadãos que serve, deve utilizar essa relação privilegiada para recolher todas as perspectivas e dialogar com os diferentes grupos sociais que o rodeiam, de molde a poder encontrar as melhores soluções para promover o bem comum e gerar a estratégia para uma acção colectiva que promova o desenvolvimento sustentado, atendendo, aos seguintes aspectos essenciais:

- A proximidade entre eleitos e eleitores não se avalia pelo número de cidadãos que o Presidente da Câmara recebe, mas pela capacidade do executivo municipal na construção de processos de decisão transparentes e participados.

- O envolvimento de entidades privadas em actividades públicas estratégicas exige a prévia apresentação da visão municipal sobre a matéria e requer redobrada transparência e debate público.

- A promoção do bem comum pressupõe mecanismos de negociação que minimizem a cedência a interesses individuais (muitas vezes legítimos) de interesses presentes e futuros da comunidade e implica a assumpção das consequências que podem advir da eventual insatisfação de alguns eleitores, pelas decisões tomadas.

- Uma acção colectiva coordenada, eficiente e eficaz, implica a definição do essencial e do acessório, implica uma equipa coordenada e uma liderança forte, implica uma visão para o concelho e uma estratégia de desenvolvimento que mobilize, não só a actividade camarária, mas toda a sociedade Aveirense.

Estas preocupações fundamentais estiveram completamente ausentes da actividade desenvolvida pelo actual executivo nos dois primeiros anos do seu mandato, anos totalmente perdidos para o processo de desenvolvimento de Aveiro, que esperamos não ver repetidos.

Face a este preocupante cenário, os Aveirenses podem continuar a contar com um Partido Socialista activo na fiscalização da actividade camarária, veemente na denúncia da ausência de estratégia e responsável na construção de uma alternativa que permita garantir o desenvolvimento sustentável de Aveiro.


Publicado no DA, 24/10/2007

6 Comments:

At quarta-feira, outubro 24, 2007 12:14:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Não me parece que existam duvidas quanto às suas angustias, mas o problema é que o PS não apresenta alternativas...vota contra, adia, não diz o que quer, se diz alguma coisa através do vereador Nuno e é dificil perceber o que dizer(os outros nem falam), vexa. vem logo dizer o contrário...em que é que nos revemos? o Candal anda triste...
Diga. Não se iniba. Quais são as suas propostas?
É a favor da reestruturação da divida?
As empresas municipais devem continuar?
Quer mais parques de estacionamento enterrados?
Apoia a revisão do protocolo com o Beira Mar?
O ferry é uma solução?
A parceria publico-privada para o ensino é correcta?
É contra a revisão do PUC?
Apoia a administração do porto de Aveiro(que tem sido o suporte da reffer)?
Fico hoje por aqui.
Irrita-me a critica pela critica sem que se proponham alternativas e vexa tem a obrigação de ir um pouco mais alé do que dizer que o Élio é um simples FRONTAL OFFICE.
LSD

 
At quarta-feira, outubro 24, 2007 12:52:00 AM, Blogger Terra e Sal said...

Meu Caro Dr. Raul Martins:
Olhe que a Coligação mesmo paraplégica vai arrastar-se até às eleições. Depois, ninguém tem dúvidas que vão desmembrar-se. Mas até lá, cada um “per si,” formando uma parte, convence-se que a outra é que vai ser “amanhada“…
Estes dois anos andaram à “batatada” às escondidas de todos nós e vão continuar, tal e qual como faziam as carpideiras quando eram contratadas para chorarem os defuntos e ninguém as estava a observar;
Não ligavam nenhuma aos "falecidos", e aproveitavam a ausência de olhares para se maltratarem umas às outras...
Umas velhacas!
No caso da Coligação o defunto para eles, é a dívida da Câmara a que também não ligam nenhuma quando estão sozinhos...
Mas quando sentem gente por perto, começam logo a lamuriar-se e a choramingar...
Depois, e com sua licença, a dívida “medra” que nem uma porca...
Cada vez que a choram, aumentam-na não sei quantos milhões.
Finalmente chegaram à conclusão que já estavam a abusar de nós e da dívida, e que toda a gente já estava farta, e agora, acredite, vão começar a fazer não obras, mas umas “flores”…
É a dívida ao Beira-Beira, que vai ser saldada e bem saldada, para contento de todos os entusiastas do futebol, particularmente, de alguns directores que caíram em desgraça perante os sócios, e não vêm a hora de serem ressarcidos do dinheiro que lá meteram, para se porem a léguas...
Claro que, acontecendo isto, e tudo leva a crer que sim, vai haver um aumento de desespero nos outros credores que também tiveram água benta na “mona” quando foram baptizados, e vivem aflitos para fazerem face aos seus compromissos.
Depois, tudo indica que a MoveAveiro vai ser passada a patacos, e a acontecer, vai ser um bom par de milhões que vão entrar nos cofres da Câmara, independentemente dos prejuízos que vai causar aos munícipes utentes, principalmente aos menos afortunados da sorte, os idosos e outros reformados que têm como recompensa de uma vida de trabalho, reformas miseráveis.
Há ainda os interessados em esburacar a cidade para os lados do Rossio, Universidade e Forca, para silos para albergarem carros. Um projecto de zona industrial que vem de trás, e que os vai fazer arrecadar milhões e milhões. Há as estradas que vão ser arranjadas pela firma interessada na industria do esterco, que vai ser instalada para os lados de Eirol mas que vai afectar com os seus odores e não só, as freguesias circunvizinhas, a sul e a poente do concelho, mas vai permitir que as estradas de acesso àquela freguesia num diâmetro bem dilatado de quilómetros, fiquem novinhas em folha, para permitir a circulação de centenas de camiões diários, carregados de estrume, que vai por sua vez infeccionar os nossos solos e ares, e deixar aqui sim, uma dívida incomensurável e irreversível aos vindouros.
A Pista de Remo mesmo com esta entrada de milhões e milhões, penso que vai ficar de escabeche, porque há entusiasmos que ficam pelo caminho, e daí, ninguém sabe, mas eu não estou muito crente.
De qualquer modo isto não é obra, nem vai haver obra, e não sendo obra, são “flores” porque as eleições estão à porta e cada uma das partes da Coligação está convencida que vai esfolar a outra viva, nas bocas da urna.
Mas, nós, munícipes, o que gostamos é disso mesmo, de flores, touradas e fado.
Pagamos e bem para isso mesmo.
Pode ser é que o carro lhes saia às avessas...
É que nestas coisas de eleições é como no futebol:
Que raio, se o clube de Fátima tem a Senhora a torcer por eles, nós por cá, temos o S. Gonçalinho que é mais antigo, e segundo consta gosta é mesmo, de tramar os mancos…
Cumprimentos.

 
At quarta-feira, outubro 24, 2007 11:37:00 AM, Anonymous Anônimo said...

Caro Tera e Sal,
não o conheço o que pela linguagem que utiliza é um prazer para mim, mas ao abrigo de alguma falta de educação diz algumas asneiras que devem ser corrigidas.
" A divida medra como uma porca", Penso que não levará a mal que lhe diga que todos inclusivé o Dr. Raul Martins esperamos a auditoria da IGF para ficarmos sem duvidas, mas porque é que uma auditoria cujo relatório preleminar é de Julho de 2006, com contraditório de Outubro de 2006 ainda não foi publicado o relatório final, Será que é para proteger o Élio ou será será uma forma mesquinha do directorio nacional do Governo Socialista proteger o Dr. Alberto Souto? Que como se recorda o relatorio preleminar referia que tinha cometido actos passiveis de averiguação CRIMINAL, 2 ANOS para uma auditoria, qual a sua opinião sobre isto? ou não Tem? Entretanto essa divida dos anteriores custa 1.250.000 Euroe mês, sim 250 mil contos dos antigos, e note-se que se a divida for 180,200 ou 250 e estadio só custou 80 para onde foi a outra parte? veja se sabe e diganos.
É que o Souto e o seu grupo não começaram a pagar a capitania, o teatro Aveirense, o tunel da estação, a rotunda da policlinica, etc....
Fabrica de lixos para Eirol?
Desculpe mas penso que não sabe o que esta a dizer,as UTMB são apoiadas pela Quercus, como bem exemplo ambiental e o estudo de incidencia ambiental feito pela Universidade de Aveiro (inst. credivel) também o refere.
Estradas o eixo estruturante Aveiro-Agueda que este Giverno retirou do plano de estradas, logo nunca mais ia ser feito, vai ficar com ligação á A17 e à A1, logo os camiões com lixo não passam nas estradas municipais dos lugares proximos do novo parque tecnologico e ambiental de Aveiro.
Parques de estacinamento subteraneos.
Rossio excelente ideia se for possivel como parece que é os carros entrarem e sairem dpo lado da IP5 e da Barra, logo não entram na cidade, nem para ir para o parque nem para sair
Forca. Há compromisso e uma divida para um parque de estacionamento para aquela sito do Dr. Alberto Souto, com o fim do estaciomento enfrente ao Mellia este novo do lado de lá da linha é muito util aos Aveirenses.
Por agora por aqui me fico e como não sei quem o erudito Terra e Sal também me fico pelo anonimato mas pronto para responder se o chefe do blog o autorizar.
Ao Dr. raul Martins o meu pedido de desculpas pelo excessivo espaço acupado.

 
At quinta-feira, outubro 25, 2007 12:33:00 AM, Anonymous Anônimo said...

O anónimo que escreveu o último post anda mal informado ou anda a caluniar o Souto. Então o Souto não começou a pagar a Capitania ? E o Teatro Aveirense ? Informe-se melhor ou dê o seu nome. Quanto ao relatório da IGF é bom que se lembre que ele abrangeu já também a gestão do Dr. Élio Maia. Vamos aguardar para ver se foi ele ou o Souto que cometeu alguma irregularidade. O Dr. Raúl devia não dar palco aos caluniadores.Ainda pensam que, por interposto anónimo, está a permitir calúnias.

 
At quinta-feira, outubro 25, 2007 3:03:00 AM, Blogger Terra e Sal said...

Se me permite Dr. Raul gostava de responder ao Anónimo das 11,37

Caro Anónimo:
Embora não pareça, acredite que fico muito sentido com argumentações ríspidas numa qualquer retórica.
Assim, o seu “questionário” deprimiu-me de tal modo que até me veio ao pensamento chamar o Prior, para me administrar a “santa unção”…
Mas os meus amigos, não sei porquê, não confiam em Priores, e este derradeiro sacramento foi logo posto fora de questão e disseram-me para eu o tratar a si, imagine, como vc me tratou a mim, como se tivéssemos andado na mesma escola, ou tivéssemos sido amamentados do mesmo modo...

Ora como nem uma coisa nem outra aconteceu, não o vou tratar tão mal como o fez comigo, porque cada um de nós teve uma educação bem distinta, e é bom que cada um conserve aquilo que preza, e que acha ser o seu regente de vida.
De qualquer modo não lhe vou fazer a vontade em responder às suas questões, porque não merece. Apenas vou fazer as observações que me apetecerem, porque senão éramos iguaizinhos, e eu não quero confusões…

Mas quero que saiba que não gostei da maneira como falou da Câmara Socialista e do Alberto Souto, não porque estejam inibidos de uma qualquer crítica, mas não gostei da guisa, como não gostaria que falasse da actual Câmara, ou seja, do Élio e dos restantes membros da Coligação, nesses modos.
É que uma coisa é dizer que “A” ou “B” é incapaz ou incompetente para as funções de que foi investido e desempenha, outra, é insinuar ou afirmar que são desonestos, que foi a ilação que tirei do que li dos seus apontamentos, já que, nas suas contas, aponta a falta de muitos milhões, e questiona-se para onde eles foram, e se eu sei disso.

Ora eu não sei de nada mas qualquer um deduz que com a sugestão que fez, se não foram gastos em proveito do concelho, foram gastos em proveito próprio, o que é muito grave só por si, e tem ainda como maior agravante afirmar que há conivência ou proteccionismos do Governoem tais actos.
Sinceramente, ao ler as suas intenções, preto no branco isso chocou-me
Estamos num estado de direito ou isto, é tudo ao faz de conta?

Eu nada tenho a ver nem devo favores a nenhuns, seja aos socialistas ou à coligação, mas respeito a honradez pessoal de cada pessoa, de cada concidadão, e era incapaz de fazer aqui insinuações ou afirmações, que pudessem levantar suspeições à integridade moral seja de quem for.

Mas o caro anónimo é que sabe as suas fontes que eu desconheço por completo e em absoluto, mas se soubesse algo de anormal preocupava-me pouco com os tais proteccionismos do Governo, já que, há Entidades independentes, isentas e imparciais de partidarismos políticos onde se tratam desses assuntos.

Continuando, eu não disse que era a Câmara que ía esburacar a cidade para fazer parques subterrâneos, leu mal ou apeteceu-lhe ler mal, assim como sei que todos os projectos a executar vêm do tempo da antiga Câmara, o que quis dar a entender é que, só agora vão começar a fazer “flores” porque o tempo das eleições, aproxima-se.

Depois, aquilo a que vx chama fábrica de lixos de Eirol, não me interessa que seja apoiada seja por quem for por muito respeitáveis que sejam as entidades, e por todo o respeito que me possam merecer pessoalmente.
Não a queria no meu concelho por tudo e mais alguma coisa e os termos propostos de áreas geográficas foram tão limitativos que os técnicos tiveram que se cingir ao que oferecia melhores condições, ou seja, do mal, escolheram o menor.

Se é assim uma coisa tão boa porque não a meter aí numa zona industrial qualquer, ou quiçá, ali mesmo ao lado do Mellia, para mostrar que Aveiro está na vanguarda da tecnologia de ponta no tratamento de lixos?
Se é uma coisa tão boa e benéfica para o concelho, porque carga de água vão dar contrapartidas para ser instalada cá, e não houve da parte de outros municípios “guerras reivindicativas” para que a levassem para os seus sítios?

Bem caro anónimo, fui longo, não disse o que me apetecia, porque sou um anónimo responsável que quando se zanga ou trata muito mal os outros, ou ignora-os.
No seu caso fiquei-me pelo meio termo, e agora já no fim, ainda não sei se fiz bem ou mal.
Faça um esforço e controle as suas “raivas” para não ser mal educado e por isso maltratado, e assim até consegue provar aos assessores que abominam os misteriosos anónimos que estes, são gente civilizada e atentos como os outros interessados ao que se passa no concelho, pelo menos da minha parte.
Obrigado Dr. Raul pela oportunidade de ter gasto cera, com tão fraco defunto.

 
At quinta-feira, outubro 25, 2007 10:02:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Qual trabalho ?
Só para contolar a dívida é preciso um esforço tremendo : 180, 200, 250, 300. Quando chegarem ao fim do mandato os homens estão estourados de tanta luta.
Mas porque é que os Aveirenses foram amaldiçoados?

 

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