Quando nevoeiro rima com Aveiro!
NEVOEIRONem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer-
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo-fátuo encerra.
Ninguém sabe que coisa quer.
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso nada é inteiro.
Ó Portugal hoje és nevoeiro...
É a hora!
Fernando Pessoa
posted by RM @ 3/18/2007 09:23:00 PM
4 comments
4 Comments:
Caro Dr. Raúl;
Fiquei com a mesma sensação de nevoeiro após ter conhecimento que a AM rejeitou a criação de três comissões de acompanhamento. Fiquei ainda mais intrigado com a argumentação da maioria: "As estratégias de investimento exigem prudência e sigilo. Não se podem gerir bem empresas, correndo o risco das suas decisões virem parar à praça pública".
Esta é precisamente a argumentação que tem servido em muitas autarquias para esconder debaixo do tapete negócios obscuros que, sob a capa do interesse público, alimentam indignamente interesses privados, geralmente, associados ao poder instalado.
Enquanto cidadão, longe das tricas político-partidárias, fiquei seriamente preocupado.
Cumprimentos.
Não nos está a querer dizer meu bom Amigo, que Aveiro, esta terra de luz e alegria, está mergulhada num denso nevoeiro, e que a alma Aveirense já viu melhores dias...
Não me quero alongar mas esta situação pelos vistos é alastrante e alarmante.
Começa nas Câmaras a sul,com os tais negócios que devem ser sigilosos, como dizia um deputado municipal na última A.M. de cá, a propósito de alguns deputados da oposição querer meter o nariz, nos negócios do PDA...
Depois entramos num partido cristão através da TV e vimos coçar e bem as costas à presidente da Mesa, descanse que não é à Drª Regina (que Deus a proteja) essa é uma santa que devia estar num altar, refiro-me à outra, à Nogueira Pinto, por acaso também loira, mas menos espigada...
Isto é que deve ser a tal pandomia ou pantominisse, de que andavam a falar, não?
Bem,seja como for, reconheço que também nós, aqui em Aveiro, andamos efectivamente a navegar à sorte, à deriva, sem azimutes definidos.
É certo que o timoneiro desconhece o rumo, e quando assim é, no “barco” todos berram mas ninguém tem razão...
O nevoeiro cada vez adensa mais, e temos ainda muito que esperar, até que, mão caridosa pegue no barco e nos leve para a luz, para o sol,para bom porto, para termos a alegria, que no seu post, diz estar ausente mas que, sabe que merecemos.
Cumprimentos.
Nesta Camara sem estudos nenhuns, tudo se pode fazer.
Ó Aveiro hoje és nevoeiro!
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