Em solidão, saudade e mar

Fui encontrar El-Rei D. Sebastião
Numa taberna, em frente do almoço.
Na mesa, a sopa, uma maçã, um pão
E um tinto a manchar o copo grosso.
Olhei-o com respeito e devoção:
Tinha, ainda, o perfil de um belo moço.
Vestia uma tee-shirt: nem gibão
Nem os folhos à volta do pescoço.
O que fazia ali? De onde viera?
Já brilhava uma luz de Primavera,
A tornar-lhe mais verde o verde olhar.
Como era tão vivo, tão presente!
Fui a beijar-lhe a mão. Mas, de repente,
Perdi-o em solidão, saudade e mar.
António Couto Viana
4 Comments:
Dr. Raul
Muito se aprende no seu blogue.
Quem desconfiaria que o primeiro nome do Hélio Maia era Sebastião?
E esta ein!
E afogou-se?
Tomara não!
Ó Aveiro, hoje és nevoeiro...
E lá vamos ver os seguidores de EL-Rei D.Capão, a aprovar o alargamento das tascas, para poder pernoitar com seus aliados até ás cinco da manhã.
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