O GRIFO E A ESFINGE

Segue-se lagosta suada e acaba a refeição com dois cafés e um whisky. Fica algum tempo a falar com o chefe de mesa, depois levanta-se e sai.
Outro cliente chama o chefe de mesa e pergunta-lhe se o grifo é cliente habitual do restaurante.
«Oh, não! É um ser muito retirado, raramente aparece, embora saiba que temos a maior honra em lhe oferecer o jantar.»
«Quer dizer que não paga?»
«Oh, não!» (abusava de exclamações, o chefe de mesa). «Como disse, é uma honra para nós. É um ser fabuloso, existe nos contos e nos bestiários, como nos atreveríamos a apresentar-lhe uma conta?»
O cliente, nesse mesmo dia, conta o ocorrido a uma esfinge amiga. No dia seguinte, a esfinge vai ao restaurante de luxo. Mas dizem-lhe que está cheio, que só com marcação. Propõem-lhe emprego, como supervisora dos assados. A esfinge aceita.

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