Ai, eu estive quase morto no deserto ... e Lisboa ali tão perto
António Costa completou, recentemente, um ano de mandato à frente do município lisboeta.
Como se lembram herdou uma câmara descredibilizada com enormes problemas laborais entre os quais se destacavam os relativos aos recibos verdes, uma câmara marcada pelo desleixo, pela incúria e pela indiferença, uma câmara paralisada por uma dívida brutal de 1.260 milhões de euros, correspondentes a mais de 2.380 euros por habitante, na qual avultava a dívida de curto prazo a fornecedores que preenchia cerca de 40% daquele valor.
Recusando facilitismos populistas e lutando contra incompreensões que as medidas de rigor sempre suscitam, arrostando as dificuldades sem desanimar com a vastidão das medidas necessárias, António Costa deitou mãos à obra com seriedade e competência e, passado um ano, já conseguiu tirar o município dos “cuidados intensivos”.
Apresentou e viu aprovado pela Assembleia Municipal, dominada pela oposição, um orçamento de contenção para 2008 no qual propôs um corte de 32% no valor total da despesa, corte que considerou essencial para que as finanças do município pudessem ser saneadas.
Diminuiu drasticamente o número de “avençados e assessores”, está a resolver o problema dos funcionários de vínculo precário, criou medidas de “moralização” das horas extraordinárias e implementou medidas visando a redução dos custos administrativos e a aceleração dos processos burocráticos.
Com o que poupou com estas e outras medidas já conseguiu pagar 180 milhões de euros que a Câmara devia, a mais de 2000 credores, sem ter de recorrer ao empréstimo de 360 milhões de euros vetado pelo Tribunal de Contas.
Durante este ano, na CML, realizou-se a inventariação de todos os prédios devolutos, agilizaram-se os processos de licenciamento urbanístico que aguardavam resolução há anos, desbloquearam-se investimentos, ultimaram-se vários planos de reabilitação, criou-se o Conselho Consultivo do Plano Director Municipal, entrou em vigor o “Licenciamento Aberto” e avançou-se com o corredor verde de Monsanto desde Campolide, concretizando uma política de “gestão integrada da cidade”.
Para além disso António Costa está a proceder, num processo participado e transparente, à reorganização do conjunto do sector empresarial e de todas as participações sociais do município e a proceder ao estabelecimento de contratos-programa com aquelas que exercem uma função social e cultural.
Não vou continuar a comentar a obra de António Costa para que o contraste abissal da sua atitude e actuação relativamente àquilo que se passa entre nós não nos mortifique e, principalmente, não destrua o amor-próprio de todos os Aveirenses que amam a sua terra.
Mas não posso deixar de constatar uma dura realidade. Lisboa embora já esteja fora dos “cuidados intensivos”, ainda continua em estado crítico mas os Lisboetas já começam a vislumbrar uma luz, embora ténue, ao fundo do túnel. Os Aveirenses que o perscrutam na mira de descortinar alguma claridade, nada avistam. Apenas a mais completa escuridão prenunciadora do tenebroso futuro que lhes está destinado.
Eu sei que algumas pessoas estarão a pensar que Lisboa, proporcionalmente, tem meios que Aveiro não possui. Mas se os não possui como é que Aveiro, no futuro, irá conseguir solver os encargos adicionais que a acção populista e incompetente do executivo chefiado pelo Dr. Élio Maia tem gerado e quer gerar, multiplicando e empurrando a dívida que herdou para os vindouros.
À guisa de exemplo gostaria que atentassem no seguinte: Se o Dr. Élio Maia prevê que o empréstimo que quer ver visado pelo Tribunal de Contas (bem como os respectivos encargos) vá ser pago, com alguns negócios milionários entre os quais a concessão (lá para 2013) do Estádio Municipal pelo valor de 65 milhões de euros, porque é que não o concessiona já. Mesmo que por menos dinheiro. É que enquanto ainda tem alguma tinta nas paredes, enquanto não estiver completamente degradado, certamente valerá mais qualquer coisa.
Não vos quero maçar mais. Deixo-vos com algumas diferenças entre algumas realidades de Lisboa e Aveiro, municípios aparentemente vizinhos mas que, afinal, estão tão longe.
Lisboa tem um líder – Aveiro não tem
Lisboa tem uma vereação competente – Aveiro não tem
Lisboa tem um projecto – Aveiro não tem
Lisboa tem um rumo – Aveiro não tem
Lisboa tem futuro – Com estes governantes, Aveiro não tem!
Como se lembram herdou uma câmara descredibilizada com enormes problemas laborais entre os quais se destacavam os relativos aos recibos verdes, uma câmara marcada pelo desleixo, pela incúria e pela indiferença, uma câmara paralisada por uma dívida brutal de 1.260 milhões de euros, correspondentes a mais de 2.380 euros por habitante, na qual avultava a dívida de curto prazo a fornecedores que preenchia cerca de 40% daquele valor.
Recusando facilitismos populistas e lutando contra incompreensões que as medidas de rigor sempre suscitam, arrostando as dificuldades sem desanimar com a vastidão das medidas necessárias, António Costa deitou mãos à obra com seriedade e competência e, passado um ano, já conseguiu tirar o município dos “cuidados intensivos”.
Apresentou e viu aprovado pela Assembleia Municipal, dominada pela oposição, um orçamento de contenção para 2008 no qual propôs um corte de 32% no valor total da despesa, corte que considerou essencial para que as finanças do município pudessem ser saneadas.
Diminuiu drasticamente o número de “avençados e assessores”, está a resolver o problema dos funcionários de vínculo precário, criou medidas de “moralização” das horas extraordinárias e implementou medidas visando a redução dos custos administrativos e a aceleração dos processos burocráticos.
Com o que poupou com estas e outras medidas já conseguiu pagar 180 milhões de euros que a Câmara devia, a mais de 2000 credores, sem ter de recorrer ao empréstimo de 360 milhões de euros vetado pelo Tribunal de Contas.
Durante este ano, na CML, realizou-se a inventariação de todos os prédios devolutos, agilizaram-se os processos de licenciamento urbanístico que aguardavam resolução há anos, desbloquearam-se investimentos, ultimaram-se vários planos de reabilitação, criou-se o Conselho Consultivo do Plano Director Municipal, entrou em vigor o “Licenciamento Aberto” e avançou-se com o corredor verde de Monsanto desde Campolide, concretizando uma política de “gestão integrada da cidade”.
Para além disso António Costa está a proceder, num processo participado e transparente, à reorganização do conjunto do sector empresarial e de todas as participações sociais do município e a proceder ao estabelecimento de contratos-programa com aquelas que exercem uma função social e cultural.
Não vou continuar a comentar a obra de António Costa para que o contraste abissal da sua atitude e actuação relativamente àquilo que se passa entre nós não nos mortifique e, principalmente, não destrua o amor-próprio de todos os Aveirenses que amam a sua terra.
Mas não posso deixar de constatar uma dura realidade. Lisboa embora já esteja fora dos “cuidados intensivos”, ainda continua em estado crítico mas os Lisboetas já começam a vislumbrar uma luz, embora ténue, ao fundo do túnel. Os Aveirenses que o perscrutam na mira de descortinar alguma claridade, nada avistam. Apenas a mais completa escuridão prenunciadora do tenebroso futuro que lhes está destinado.
Eu sei que algumas pessoas estarão a pensar que Lisboa, proporcionalmente, tem meios que Aveiro não possui. Mas se os não possui como é que Aveiro, no futuro, irá conseguir solver os encargos adicionais que a acção populista e incompetente do executivo chefiado pelo Dr. Élio Maia tem gerado e quer gerar, multiplicando e empurrando a dívida que herdou para os vindouros.
À guisa de exemplo gostaria que atentassem no seguinte: Se o Dr. Élio Maia prevê que o empréstimo que quer ver visado pelo Tribunal de Contas (bem como os respectivos encargos) vá ser pago, com alguns negócios milionários entre os quais a concessão (lá para 2013) do Estádio Municipal pelo valor de 65 milhões de euros, porque é que não o concessiona já. Mesmo que por menos dinheiro. É que enquanto ainda tem alguma tinta nas paredes, enquanto não estiver completamente degradado, certamente valerá mais qualquer coisa.
Não vos quero maçar mais. Deixo-vos com algumas diferenças entre algumas realidades de Lisboa e Aveiro, municípios aparentemente vizinhos mas que, afinal, estão tão longe.
Lisboa tem um líder – Aveiro não tem
Lisboa tem uma vereação competente – Aveiro não tem
Lisboa tem um projecto – Aveiro não tem
Lisboa tem um rumo – Aveiro não tem
Lisboa tem futuro – Com estes governantes, Aveiro não tem!
posted by RM @ 7/26/2008 11:18:00 PM
6 comments
6 Comments:
Não sei é uma critica ou uma confissão, dizer que não temos vereação é assumir o fracasso do PS, é que em 9 o PSD tem e o PP outros 2 e o PS 4.
DR., explique o quiz dizer com esta de não termos vereação.
Rui Faria
Concordo plenamente, o trabalho realizado em Lisboa por Jorge Costa e pela sua equipa está a ser muito bom.
Quanto às diferenças, embora diga que são só algumas, creio que poderiamos acrescentar muitas mais, a capacidade de chefiar e fazer frente aos poderes instituídos dentro da própria CM, directores e afins vitalícios, os tais assessores que foram deixados no quadro da CM por presidentes de várias cores, mesmo rosa, antes da saída, cargos de administradores de empresas municipais que servem muitas vezes para compor salários, etc. etc.
Agora a pergunta do milhão: será que por Aveiro haverá qualquer hipótese, qualquer pequena hipótese de uma gestão descomprometida e que vise os verdadeiros interesses da comunidade vingar?
Dado o momento que vivemos acho a sua intervenção pertinente.
Só quem não quer é que não vê que não é só por falta de dinheiro que este executivo municipal não mexe um dedo desde que assumiu funções.
Falta-lhes acima de tudo aquilo que falta a muito cidadão comum neste país, é a vontade de vencer, a falta de segurança em si próprios, espírito de equipa, muita falta de amor-próprio e tudo conjugado resulta numa ausência total de força anímica….
Vivem prostrados, arrasados e incapazes.
De quando em vez lá têm uns momentos de lucidez que desperdiçam a venerarem a dívida que, ou eu me engano muito, ou vai ser canonizada primeiro que a pastorinha de Fátima. Claro que para tanto tem de se arranjar por aí um milagre, possivelmente aquele em que VC acredita e eu não, ou seja, o aval para o empréstimo dos 58 milhões.
Mas podem vir os milhões que vierem que os seus temperamentos e capacidades não se alteram em nada, cada um é para o que nasce. É a vida!
O “Juntos por Aveiro” é uma “família” que está predestinada a viver do Rendimento Social de Inserção, dadas as múltiplas ”insanidades” políticas de que padece tenha ou não, dinheiro para gastos.
Eu sei que é lixado, mas é a vida!
Calma que já estou a ir...
Cumprimentos
Exmo. Senhor,
Presidente da C.P.C.P.S.A.:
A nossa edilidade tem incompetência manifesta em dinamizar, em comprometer os seus funcionários na resolução dos problemas, na ultrapassagem da crise.
Verificamos com confrangedora facilidade, que os responsáveis administrativos, procuram situarem-se na periferia dos problemas, fazendo aquele raciocínio táctico de que, este executivo será efémero e depois, ver-se-à…
Do
Marèchal Ney
O anónimo, Rui Faria, não vê um boi à frente dos olhos.
Então não sabe que os vereadores do PS, não têm pelouros e vivem do seu trabalho, enquanto os da cligação PSD/PP, estão a tempo inteiro na Câmara, com os salários chorudos que a lei lhes oferece e nada fazem!?
Enfim com dinheiro, até o Zé das esquina, fazia alguma coisa.
Não vale a pena mais lágrimas de crocodilo, porque as outras Câmaras do país, tambem estão endividadas, fazem planos e concretizam os projectos que aproveitam, e bem, os fundos ao seu alcance, e fazem obra.
Mas enfim, esqueceu-se de mencionar os 3 do PSD... é só desgraça, para os Aveirenses.
Ao comentador das 11.42TMG, eslareça-se mas O PSD só tem 2 vereadores o PS tem 4, o tal 3º a que se refere não é peixe nem carne, é dos tais independentes.
Mas, costuma-se dizer e eu acredito que a acção depende da oposição e esta é muito fraquinha. Olhe ao que me diz o meu papagaio antes de tomar qulquer decisão telefona ao lider da CPCPSA.
E para validar o que afimo basta que o Dr RM confirme... ou não.
Esperemos.
Rui Faria
Postar um comentário
<< Home