Ler os outros - Todos são filhos: não há enteados

Na escola ideal para os meus filhos "todos são filhos e não há enteados". Todas as crianças são tratadas pelo seu nome. Há meninos e meninas de várias culturas e nacionalidades. As origens e os percursos de vida são conhecidos e partilhados. A diferença é cultivada e valorizada como uma riqueza da humanidade. A diferença suscita a curiosidade, o interesse e o respeito. Ser diferente soma e une.
Na escola os professores são referências. Pela sua visão do mundo, pelo que sabem, pela forma como transmitem o conhecimento, pela sua disponibilidade e pela sua dedicação, exclusiva, a ensinar a aprender. Os professores são pessoas felizes e realizadas. São amigos.
Na escola ideal ensina-se a aprender e a ter gosto em continuar a aprender ao longo da vida, dando expressão à ideia de Agostinho da Silva que a escola deve ser um local onde eu possa ir 24 horas por dia, 365 dias no ano, perguntar tudo o que não sei e poder conversar com todas as outras pessoas que vão fazer o mesmo que eu.
Na escola ideal não há apenas alunos e professores. Há pais e toda uma aldeia, uma vila ou uma cidade necessária para a educação de cada uma das crianças. Há professores e profissionais especializados.
Nesta escola não há muros nem grades divisórias. É integralmente construída em paredes de vidro - bem no centro da cidade. A escola é o coração do espaço público e os seus jardins e espaços verdes confundem-se com a envolvente urbana. As vias pedonais atravessam a escola e o campo de recreio é visível por todos. Nesta escola a educação cívica não substitui a educação devida pelos pais, mas complementa-a, na busca de uma sociedade mais solidária. Não há temas tabus e a educação sexual é encarada com naturalidade. Os comportamentos violentos, de discriminação e de bullying são abordados e discutidos por todos e a inclusão é explicada como forma de vida. Não se escondem as desigualdades sociais e explica-se abertamente por que razões existem e de que forma podemos corrigi-las.
A escola ideal não reproduz a sociedade. Puxa pela sociedade. Vai à frente.
Na escola ideal há livros que não param de chegar e que se juntam aos clássicos. Apreende-se a História do meu país e a universal. Desenvolve-se a compreensão. Aprendem-se línguas. A língua portuguesa em primeiro lugar. Estimula-se o raciocínio, a criatividade e a imaginação. As crianças não abandonam a escola sem saberem ler, escrever, contar e falar. A escola prepara para a vida. Para o mercado de trabalho, mas também a ser homens e mulheres. Profissionais empreendedores, competentes e cidadãos responsáveis.
Uma escola exigente, com igualdade de oportunidades para todos, que não deixe ninguém para trás e que garanta condições de afirmação individual das competências de cada aluno.
Uma escola com tempo para aprender, para praticar desporto, brincar e conviver. Uma escola que promove as ideias e incentiva a crítica. Que ensina a utilizar as novas tecnologias e nos envolve no mundo das artes. Onde se aprenda que o ser é mais importante que o ter.
António José Seguro
4 Comments:
O Ulisses enquanto foi responsável pago pela Câmara de Aveiro para gerir o Estádio andou preocupado com a sua eleição para Deputado e agora que saiu do lugar que tinha já pode desejar o seu fim.
É vergonhoso o que se passou. Nunca ter dado uma ideia para rentabilizar aquele equipamento e agora que sai deseja o seu encerramento. Enquanto lá esteve teve calado pois não sabia quanto tempo ia precisar do lugar. Agora que não precisa já lava as mãos.
TENHA VERGONHA SR ULISSES.
Dr. Raul Martins
Explique lá ao anónimo anterior que o Ulisses não tinha nada a ver com a gestão do Estádio. O homem (?)está a confundir as empresas. Na empresa dele, o PDA é q se ganha bem e não se tem que chatear com animais, isto é, elefantes brancos (neste caso colorido). A outra (EMA) é que gere (???) o estádio, e são todos uns pobres desgraçados... salvo seja!
Sr. Dr. Raúl Martins (e caros leitores do mesmo),
No PDA, acreditem, ganham mesmo muito bem e pouco há para fazer ou quase nada é feito...
Agora, imaginem, se a isso se juntar o ordenado de Deputado na Assembleia da Republica...
É só fazer as contas!
A verdadeira "implosão" está para chegar, com um copo de whisky na mão e uma garrafa escondida.
Será a implosão do descaramento!
Cumprimentos a todos.
Bom parece-me que o Ulisses não vai acumular os dois tachos e portanto o anónimo está enganado. Alem disso irá provavelmente perder dinheiro (e não, não temos pena nenhuma dele), porque o ordenado de deputado é inferior ao que recebe neste momento.
Cumprimentos
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