segunda-feira, dezembro 08, 2008

Vamos debater a Educação - 2 - A Avaliação

A avaliação não é compreendida nem aceite porque ninguém quer ser julgado. É vista como algo desmoralizador e ineficaz, pode criar climas de conflitos entre avaliadores e avaliados, influenciar o clima das escolas e criar sentimentos de injustiça.
Há quem pense que a avaliação só serve para controlar. Mas a avaliação contribui também para o desenvolvimento dos próprios professores, para ajudar a tomar decisões, para assegurar transparência. Avaliar é julgar mas também é legitimar.

Gerard Figari, responsável pelo laboratório de ciências da educação da Universidade P. Mendès France, de Grenoble.


A avaliação dos professores é importante uma vez que encoraja e ajuda os professores na sua carreira. A avaliação dos professores tem de ser complementada com desenvolvimento contínuo dos professores, porque tem efeitos nos resultados dos alunos. O desenvolvimento profissional dos professores é muito positivo, uma vez que se reflecte nos resultados dos próprios alunos.

Anne O'Gara, presidente do Marino Institute of Education


Qualquer processo que ocorra deve ser avaliado. Não se podem fazer coisas sem se saber o que se está a fazer e onde é que isso nos está a levar.
Alguns profissionais não estão motivados para o processo de avaliação e é preciso motivá-los para participarem na melhoria até porque a avaliação de professores terá benefícios para os alunos, para a formação, para a relação entre professores e alunos e mesmo reflexos sociais.

Gunter Schmid responsável pelo Wiedner Gymnasium e Sir-Karl-Poppoer-Schule


Se a avaliação for bem concebida e bem realizada poderá ser um momento fundamental de desenvolvimento profissional.
Se os professores consideram que os próprios alunos não têm que ter medo da avaliação, devem lutar para que a avaliação se desenvolva como um processo de crescimento.
Obviamente, terá momentos de prestação de contas e de selecção, que irão afectar as suas carreiras, mas que também lhes trarão gratificação e reconhecimento.

Maria do Carmo Clímaco, antiga subinspectora-geral de Educação e presidente da Associação Internacional de Inspectores de Educação

3 Comments:

At segunda-feira, dezembro 08, 2008 11:58:00 AM, Blogger Migas (miguel araújo) said...

Caro Raúl
Eu penso que a questão/debate tem outra vertente.
Não me parece, pela maioria dos docentes (porque nestas coisas há e haverá sempre radicalismos), que em causa esteja um processo avaliativo. Porque isso faz parte de qualquer actividade profissional. Só avaliando processos e evolução profissional se poderá aferir o desenvolvimento de qualquer actividade e área.
Assim, a questão não será a avaliação, mas sim "que avaliação".
Cumprimentos

 
At segunda-feira, dezembro 08, 2008 7:05:00 PM, Blogger RM said...

Caro Migas
Proponho-te a leitura do pxóximo post, aguardando os teus preciosos comentários
Abraço
Raul Martins

 
At terça-feira, dezembro 09, 2008 4:19:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Depois deste comentário, fiquei esclarecido porque os professores não querem avaliação.

 

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