QUEM SABE, SABE!
Lembram-se da EMA, E.M., não lembram?
A EMA (estamo-nos a referir à decantada organização e não à ave corredora), é aquela empresa que habita para os lados do Estádio e que, pelo menos no último triénio, tem vindo a presentear os contribuintes aveirenses com um continuado e avultado volume de resultados anuais negativos.
Para aqueles que ainda não se recordaram, refresco-lhes a memória. É a empresa que, “in illo tempore”, a Coligação que preside aos destinos do nosso Município afirmou a pés juntos que seria a primeira das empresas municipais a ser extinta.
Mas, para aqueles que não guardam memórias tão longínquas, talvez se lembrem da empresa para a qual o executivo municipal, presidido pelo Dr. Élio Maia, transferiu recentemente 150.000 euros para “cumprir com os seus fornecedores e clientes”, verba que, certamente para impedir a sua inadequada utilização, fez imediatamente transferir para o Beira-Mar que, ao que foi tornado público, a utilizou para, entre outros (?), pagar os ordenados vencidos dos seus futebolistas profissionais.
Bem, uma vez que já sabem de que empresa estamos a falar, retomemos o raciocínio que vínhamos a desenvolver.
Com o progressivo abandono da ideia da empresa poder vir a ser extinta (dizem por aí que, pelas mais variadas razões, está proibida de morrer) todos os Aveirenses aguardavam pelas medidas que permitissem alterar a sua recorrente prestação negativa, cujos prejuízos, é previsto terem atingido, no ano transacto, o rotundo montante de 821.546 euros. Valor que, diga-se em abono da verdade, não deslustra os prejuízos alcançados nos anos de 2006 e 2005, no montante de 840.993,12 e 868.606,63 euros, respectivamente.
Após a assumpção, pelo Dr. Élio Maia, do cargo de Presidente do Conselho de Administração da empresa, algumas pessoas, entre as quais o signatário, por razões sobejamente conhecidas e de que vos poupo a descrição, começaram duvidar que as ansiadas (e absolutamente necessárias) medidas visando alterar a situação vigente e impedir, ou pelo menos atenuar, a incomportável situação económica da empresa, chegassem algum dia a ver a luz do dia.
Mas então não é que nos enganámos! Num golpe de génio capaz de fazer corar de vergonha e levar à mais profunda depressão o mais competente dos gestores, depois de muito matutar (que certamente foi a causa do incumprimento dos prazos legais de apresentação dos Instrumentos de Gestão Previsional da empresa), o actual Conselho de Administração, em que pontifica o Dr. Élio Maia (que a partir de agora se arrisca, a qualquer momento, a ser nomeado pela academia sueca para um Nobel de gestão municipal), propõe medidas (drásticas dirão os seus fieis apoiantes) que vão permitir que, já no ano de 2008, a EMA não apresente prejuízos.
Admirados? Então preparem-se para escancarar ainda mais as vossas boquinhas (cuidado com alguma cãibra dolorosa) quando souberem que a eliminação do prejuízo não é sequer feita à custa da diminuição do valor do protocolo celebrado entre a EMA e o clube residente, que é previsto atinja, em 2008, o montante de 584.361 euros. E nem sequer vai colidir com os esforços que, consistentemente, vêm a ser desenvolvidos no sentido de proceder à inscrição do Estádio nas Finanças.
Afinal a miraculosa solução (nunca mais me vou restabelecer pelo facto de não me ter lembrado dela) é, como normalmente são as medidas que, em casos difíceis, só os verdadeiros gurus da gestão conseguem (quando conseguem) tirar da cartola, bem simples. Um verdadeiro ovo de Colombo.
Como é patente nos documentos previsionais de gestão da empresa para 2008, que vão ser apreciados na reunião do executivo municipal que hoje se realiza, para eliminar os prejuízos que a empresa prever ter no exercício de 2008 o Dr. Élio Maia, Presidente do Conselho de Administração da EMA, propõe que a Câmara Municipal de Aveiro, de que é Presidente, atribua este ano à EMA, um subsídio no montante de 2.314.340 euros, dos quais 1.251.089 euros de “subsídio à exploração em virtude do carácter deficitário da empresa”.
Espectacular, não é?
A EMA (estamo-nos a referir à decantada organização e não à ave corredora), é aquela empresa que habita para os lados do Estádio e que, pelo menos no último triénio, tem vindo a presentear os contribuintes aveirenses com um continuado e avultado volume de resultados anuais negativos.
Para aqueles que ainda não se recordaram, refresco-lhes a memória. É a empresa que, “in illo tempore”, a Coligação que preside aos destinos do nosso Município afirmou a pés juntos que seria a primeira das empresas municipais a ser extinta.
Mas, para aqueles que não guardam memórias tão longínquas, talvez se lembrem da empresa para a qual o executivo municipal, presidido pelo Dr. Élio Maia, transferiu recentemente 150.000 euros para “cumprir com os seus fornecedores e clientes”, verba que, certamente para impedir a sua inadequada utilização, fez imediatamente transferir para o Beira-Mar que, ao que foi tornado público, a utilizou para, entre outros (?), pagar os ordenados vencidos dos seus futebolistas profissionais.
Bem, uma vez que já sabem de que empresa estamos a falar, retomemos o raciocínio que vínhamos a desenvolver.
Com o progressivo abandono da ideia da empresa poder vir a ser extinta (dizem por aí que, pelas mais variadas razões, está proibida de morrer) todos os Aveirenses aguardavam pelas medidas que permitissem alterar a sua recorrente prestação negativa, cujos prejuízos, é previsto terem atingido, no ano transacto, o rotundo montante de 821.546 euros. Valor que, diga-se em abono da verdade, não deslustra os prejuízos alcançados nos anos de 2006 e 2005, no montante de 840.993,12 e 868.606,63 euros, respectivamente.
Após a assumpção, pelo Dr. Élio Maia, do cargo de Presidente do Conselho de Administração da empresa, algumas pessoas, entre as quais o signatário, por razões sobejamente conhecidas e de que vos poupo a descrição, começaram duvidar que as ansiadas (e absolutamente necessárias) medidas visando alterar a situação vigente e impedir, ou pelo menos atenuar, a incomportável situação económica da empresa, chegassem algum dia a ver a luz do dia.
Mas então não é que nos enganámos! Num golpe de génio capaz de fazer corar de vergonha e levar à mais profunda depressão o mais competente dos gestores, depois de muito matutar (que certamente foi a causa do incumprimento dos prazos legais de apresentação dos Instrumentos de Gestão Previsional da empresa), o actual Conselho de Administração, em que pontifica o Dr. Élio Maia (que a partir de agora se arrisca, a qualquer momento, a ser nomeado pela academia sueca para um Nobel de gestão municipal), propõe medidas (drásticas dirão os seus fieis apoiantes) que vão permitir que, já no ano de 2008, a EMA não apresente prejuízos.
Admirados? Então preparem-se para escancarar ainda mais as vossas boquinhas (cuidado com alguma cãibra dolorosa) quando souberem que a eliminação do prejuízo não é sequer feita à custa da diminuição do valor do protocolo celebrado entre a EMA e o clube residente, que é previsto atinja, em 2008, o montante de 584.361 euros. E nem sequer vai colidir com os esforços que, consistentemente, vêm a ser desenvolvidos no sentido de proceder à inscrição do Estádio nas Finanças.
Afinal a miraculosa solução (nunca mais me vou restabelecer pelo facto de não me ter lembrado dela) é, como normalmente são as medidas que, em casos difíceis, só os verdadeiros gurus da gestão conseguem (quando conseguem) tirar da cartola, bem simples. Um verdadeiro ovo de Colombo.
Como é patente nos documentos previsionais de gestão da empresa para 2008, que vão ser apreciados na reunião do executivo municipal que hoje se realiza, para eliminar os prejuízos que a empresa prever ter no exercício de 2008 o Dr. Élio Maia, Presidente do Conselho de Administração da EMA, propõe que a Câmara Municipal de Aveiro, de que é Presidente, atribua este ano à EMA, um subsídio no montante de 2.314.340 euros, dos quais 1.251.089 euros de “subsídio à exploração em virtude do carácter deficitário da empresa”.
Espectacular, não é?
posted by RM @ 3/09/2008 11:10:00 PM
11 comments
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Caro Raúl Martins
Como sabe nunca fui muito bom (nem mau, antes pelo contrário) a contabilidade e gestão. Sou muito dado a contar os tostões no fim do mês e a gerir a despensa cá de casa e pouco mais.
Mas se for esta a solução (mesmo que fora dos trâmites financeiros) para as empresas municipais, espero que se lembrem da MoveAveiro.
Um abraço
As medidas de gestão enuncidas pelo Dr.Élio para o saneamento financeiro da EMA, são, face à sua criatividade e inovação, como o meu amigo refere, dignas de serem estudadas pela Academia Sueca, com vista à criação de um novo prémio Nobel:Nobel da Gestão Autárquica.
Passaremos a ter um novo GURU, que deitará por terra, através de novos conceitos económicos,as premissas incontornaveis de Kenneth Galbraith.
do Marèchal Ney
Dr. Raul
A sua ironia esconde a verdadeira desgraça que se abateu sobre o nosso concelho. De acordo com o que nos conta prevê-se que a EMA este ano vá dar um prejuízo de mais de 1,2 milhões de euros em vez dos 800 mil que era costume, a câmara vai ter de a subsidiar em mais de 2,3 milhões de euros para ela não apresentar prejuízos e o protocolo com o BM aumenta para mais de 580 mil euros.
Onde é que isto vai parar? A lei não prevê que face um desaforo destes o Élio e companhia percam o mandato? Dr Raúl quanto tempo é que ainda falta para fazer eleições e correr com esta malta? Se ainda faltar muito Aveiro desaparece.
NB
Será que os administradores "pagos" com os dinheiros dos cidadão de Aveiro não tem vergonha de receber os salários?
Será que se sentem moral e éticamente bem?
Será que o presidente da administração conhece o negocio da desta empresa?
Rui Sá
Meu Caro Dr. Raul Martins:
Não me queria alongar em considerandos, sabe que não gosto…(!)
Mas esta coisa de apresentar números assim tão friamente faz-me até pedir protecção ao Criador para esta escandaleira de tão nua estar
Esta Câmara predominantemente cristã, inspira-se, tudo indica, nos apóstolos quando andavam a pregar pela Galileia, e que se safavam muito bem, já que, arrastavam multidões e pese embora serem analfabetos (ainda não havia os cursos “novas oportunidades” e “para maiores de 23”, criados pelo seu partido, que cisma que á força de tantos diplomas nos vai tirar do traseiro da Europa) os homens, mesmo assim, levavam a água ao seu moinho.
Quando as multidões os seguiam por aquelas estradas tão esburacadas como as de Aveiro, havia uma hora do dia em que a fome apertava, e estivesse quem estivesse a pregar, ninguém dispensava o tacho que ainda hoje é sagrado para todos nós, nem que estejamos a ouvir o Marcelo R. de Sousa.
Os apóstolos, habilidosos como são todos os políticos, pegavam em dois papos-secos rijos, e em meia dúzia de carapaus e multiplicavam-nos por centenas ou milhares. Assim, faziam um lauto almoço para os seus seguidores e toda a gente ficava feliz e de barriga cheia a arrotar e ainda sobrava muito peixe e pão.
As sobras deviam pô-las de escabeche, deduzo eu, para servirem aqueles que se levantam sempre mais tarde, e que já na altura não ligavam a comícios, mas gostavam de petiscar à custa dos outros...
A nossa Câmara adapta todos estes episódios aos tempos modernos e à sua gestão.
É que me dá a impressão que, estando eles tesos como os carapaus que eram multiplicados por muitos e frescos querem fazer o mesmo com os poucos cêntimos que têm lá pelas gavetas e assim fazerem nota gorda,...
Eu não conseguindo vislumbrar como, já que, milagres agora não há.
Se a EMA já experimentou a “Feira dos bruxedos”, as “Sessões de Strips”, as “Corridas de Tunings” e não sei quantas palermices mais, e não consegue angariar fundos nem para pagar aos seus administradores que ali estão num desemprego encapotado, aquilo está falido.
A nossa Câmara julga que está na Galileia e que as coisas também são simples e vão resolver o problema e vão é complicar a vida de todos nós.
Injectar dinheiro em "barda" que permita suplantar os prejuízos, é uma teoria fácil.
Mas não sei eu, nem sabem eles, nem sabe ninguém, onde vão buscar o dinheiro de sobra para isso...
De certeza que muito se não todo vai ser sacado à MoveAveiro entre outros, que por causa destes “bodo aos pobres” vão continuar em agonia ou seja, de mãos a abanar sem verem os seus problemas resolvidos.
Mas assim,caso isso fosse possível, nunca mais vai dar prejuízo na vida.
Mas será que já veio o empréstimo para eles o andarem a esturricar o dinheiro pelo menos em ideias?
Gostava de saber é quando aumentam os pobres dos administradores, nisso não pensam eles.
Segundo consta, viraram em domesticadores de moscas, tsé-tsé, e já lá têm duas ou três para apresentarem aos Aveirenses, na próxima sessão festivaleira daquela E.M.
Com a dívida que a CMA tem com algumas associações e clubes, a solução é muito simples : Élio à presidência, já.
José Estevão, amigo, desce do pedestal e corre esta escumalha a bofetada. Se precisares de ajuda convoca o pessoal, que não devem faltar voluntários.
Por isso é que o CDS diz que está disponível para uma coligação pós-eleitoral com o PS.
Até o CDS tem vergonha desta Câmara Municipal.
Não haverá ninguém na Assembleia Municipal de hoje que reclame a demissão dos administradores da EMA? Sim, porque há lá uns meninos, de ambos os sexos, à teta do orçamento de todos nós... caladinhos como ratos!
Se o Élio tivesse vergonha na cara punha vereadores a acumular - sem receber mais por isso - com a administração da EMA ou então reduzia drasticamente os seus vencimentos: "Dá prejuízo? Não há pilim!"
Dr. Raul Martins,
Já reparou que é mais uma maneira de pagar as dividas aos directores do Beira-Mar que estão de saída?
Pois é, agora não há nada a fazer, esta trafulhice é um meio legal de lavar a cara de uns incompetentes que se lembraram de se armar em dirigentes desportivos.
Mas convem não esquecer que para esta missão desportiva, foram apadrinhados por A.Souto.
Meu Caro Dr. Raul Martins:
Estive a ver os comentários do Presidente da Câmara dr. élio Maia e fiquei ainda mais desoroçoado. Ele afirma que a lei obriga a Câmara a repor os prejuizos das empreas municipais sem ver no ridiculo que cai ao afirmat isto. Então não vê que como presidente da EMA lhe competia propor medidas para acabar com o prejuízo em vez de o aumentar. Ó josé Estevão anda cá abaixo ver isto.
Este Élio deve andar a fazer dos Aveirenses uma camada de burros.
Depois de ter sido noticiado que o Beira Mar tem que pagar ao patrocinador 400000 euros, cujo cheque já está passado, sem chapéu mas já está passado, não é que por coincidência o Élio chega à conclusão que tem que cobrir os prejuízos da EMA com uma quantia de 2,3 milhões de euros. Ó homem aproveita a maré de eleições no BM e candidata-te a presidente. São 3 em 1 e só ganhas em eficácia. Presidente da CMA, EMA e BM e mainada. Élio, Caetano, Capão, Santos e Ulisses e aí temos os 5 violinos da Administração local.
E já agora vê se sobra alguma coisa para pagar aos trabalhadores da MoveAveiro. Têm a mania de trabalhar e isso parece mal! Têm é de começar a jogar à bola nas horas de serviço e pode ser que tenham mais sorte.
Não abuses da sorte, porque qualquer dia sai-te a Páscoa à segunda Feira.
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