quinta-feira, agosto 21, 2008

Crónicas de Férias - 6 - Trabalhar para o bronze!


Marco Fortes, atleta do Sporting que representou Portugal nos Jogos Olímpicos, confirmou que foi "elegantemente informado" para abandonar a missão olímpica nacional que se encontra em Pequim.


Ao que sabemos, embora contrariado, Marco Fortes regressou imediatamente ao nosso País na noite do dia seguinte, dado não ter conseguido chegar ao aeroporto a tempo de tomar o voo das 9 da manhã. É que de manhã só é bom é para estar na caminha.

Nota: Não podemos concordar com aqueles que criticam a falta de empenhamento de alguns atletas nacionais. Muito menos com as afirmações de que alguns (e as respectivas comitivas) só lá foram para fazer turismo. É preciso não esquecer o "jet lag", a poluição, a comida, a língua e, porque não dizê-lo, o exíguo montante de 14 milhões de euros que foi atribuído pelo Estado Português ao "Projecto".

Aliás conhecedor de todos estes problemas e da consequente dificuldade dos atletas portugueses alcançarem os lugares cimeiros do pódio, mal chegou à China, o COP decretou um rigoroso método de preparação para conseguir cumprir os objectivos do contato programa assinado com o anterior Governo.

De manhã: caminha.
De tarde: trabalhar para o bronze
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6 Comments:

At quinta-feira, agosto 21, 2008 3:57:00 PM, Blogger José Teixeira said...

De certa forma eu entendo estes atletas nacionais. Eles não querem fazer mais do que vêm fazer a outros, estes outros é sinónimo de políticos, senão vejamos:
1). Esbanjar uns milhões sem qualquer questionário, é coisa de político;
2). Fazer turismo à conta do dinheiro público também é coisa de político, exemplo: cidades geminadas;
Sò dois pontos para não ser chato.
O azar dos atletas é que apareceu um marmanjo que até veio de África e que se sentiu na obrigação de pedir desculpa aos contribuintes o que abriu espaço a todos estes comentários.
Ainda comparando com a política ficam prejudicados já que quando saem de cena depois de executarem com afinco os pontos 1 e 2 e todos os outros mais, não aprece o padrinho a arranjar um lugarinho na administração de qualquer coisa, sim pode ser qualquer coisa mesmo que o futuro administrador nada saiba do assunto, exemplos: Fernando Gomes e o nosso antigo PC, porque não dize-lo.
Pobres dos atletas e maldito sprinter africano.
Já agora, para quando um Comissão do PS e demais partidos a elegantemente informar os seus políticos que devem abandonar a missão por o seu desempenho estar a ser muito abaixo dos montantes investidos?

 
At quinta-feira, agosto 21, 2008 5:53:00 PM, Blogger RM said...

Caro Japinho

Fico com a ideia que o meu amigo está a ser injusto e a embarcar no grupo daqueles que acham que uma pessoa que luta pelos seus ideais políticos é, à partida incompetente e apenas anda na política para "se encher".

Peguemos num dos exemplos que dá e que é tão glosado é nesta matéria dos tachos. Fernando Gomes, julgo que se está a referir ao actual administrador da Galp.

Sei que não sabe, porque senão não teria dito o que disse, mas o Dr. Fernando Gomes é licenciado em Economia (há muitos anos e numa escola "à séria" onde exerceu um papel muito activo) e, por acaso, já foi, entre outras coisas, professor catedrático convidado da Universidade Lusíada do Porto. Portanto relativamente a currículo para o cargo de administrador para que foi nomeado, estamos falados. Oxalá todos os cargos de administradores públicos e privados neste país fossem preenchidos com pessoas com estas habilitações académicas.

O meu caro amigo por acaso sabe quantos administradores tem a Galp e quais os seus currículos? E se sabe acha que o do Dr. Fernando Gomes é assim tão inferior ao dos outros que lá estão?

Está claro que o Dr. Fernando Gomes esteve profundamente envolvido na política, deu o corpo ao manifesto quando era difícil (como sabe no tempo da outra senhora as coisas fiavam ao fino) e também depois de se ter conseguido que passasse a ser mais fácil e é socialista o que para muitos significa à partida incompetente (digo-lho eu que sei bem do esforço que têm de fazer para serem reconhecidos no sector privado quando não têm familiares ou padrinhos influentes). Principalmente para aqueles que vogam com a maré política ou são, deixe-me apanhar fôlego antes de dizer isto, independentes (pronto lá tenho de ir outra vez lavar os dentes).

Daí que o ter sido, como o Dr. Fernando Gomes foi, Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, Presidente da Câmara Municipal do Porto, deputado do Parlamento Europeu onde presidiu à Comissão dos Assuntos Sociais e do Emprego e à delegação para as Relações com os Países ASEAN, Vice-Presidente do Comité das Regiões da União Europeia, Secretário de Estado e Ministro da Administração Interna e Conselheiro de Estado, são afinal nódoas insanáveis na sua carreira que o deveriam, à partida, impedir de ser administrador da Galp, como alguns invejosos que nem na sua própria casa conseguem ser eleitos para a dirigir, afirmam.
Bem também foi Presidente do Conselho de Administração da Empresa Metro do Porto, S.A. durante 6 anos mas isso não conta.

Caro Japinho. Sei que é uma pessoa séria e competente no seu mester. E acima de tudo assume o que pensa assinando por baixo o que escreve. Mas é como eu. Às vezes deixamo-nos levar pelo que por aí se diz porque acreditamos que tudo o que se escreve é escrito com seriedade. E às vezes não é.

E de facto comungo consigo quando diz que há por aí muita gente que se aproveita de algumas situações para trepar na vida. Inclusivamente da política. Mas o Dr. Fernando Gomes não é, nesta matéria grande exemplo. Se quiser eu dou-lhe, de cabeça uma boa dúzia de casos. Mas deixemos o Fernando Gomes em paz ou então assumamos que quem algum dia exercer algum cargo político fica por isso imediatamente incompetente. E impedido de exercer qualquer cargo público (ou privado).

Um abraço
Raul Martins

 
At quinta-feira, agosto 21, 2008 6:02:00 PM, Blogger RM said...

Caro Japinho

Com a conversa esqueci-me de dizer que o tal marmanjo de que fala(segundo alguns tão injustamente criticado) que sempre foi apoiado pelos contribuintes Portugueses que lhe pagavam para ele viver e ser treinado em Espanha, deixou a pista dos 200m que cabia a Porugal vazia.
Quando tal vi senti que Portugal é realmente um País do terceiro mundo. E que, salvo raras e honrosas excepções de que tanto nos orgulhamos (não temos de ser os melhores do mundo em tudo mas quando assumimos uma missão em nome de Portugal estamos obrigados a fazer o nosso melhor), também no desporto, se calhar temos os atletas que merecemos.

Abraço
Raul Martins

 
At quinta-feira, agosto 21, 2008 6:16:00 PM, Blogger Pedro Neves said...

Ninguém lá foi para fazer turismo mas houve uma série de declarações completamante despropositadas. Houve quem tenha perdido um combate por causa do arbitro; houve quem quisesse abdicar de correr porque os africanos são muito rapidos; houve quem tenha tido um mau desempenho porque competiu de manhã...

 
At sexta-feira, agosto 22, 2008 2:17:00 PM, Blogger José Teixeira said...

Concordo que o exemplo do Fernado Gomes não foi feliz, contudo sublinho que foi mesmo só um exemplo que melhor teria ficado sem um nome.
Quanto ao assinar os meus post, claro que os assino e com todo o gosto. As minhas opiniões não me envergonham e discordar ou não das demais não me pressiona a anonimatos.
Gosto de discutir ideias e não pessoas, sabendo de antemão que as ideias são as pessoas e que a fronteiro entre o pessoal e o profissional é pouco clara para alguns.

 
At sexta-feira, agosto 22, 2008 11:31:00 PM, Blogger RM said...

Caro Japinho
Concordo consigo em absoluto.
E louvo a sua coragem e a sua postura que cada vez é mais rara na blgosfera.

Caro Pedro Neves
E não só...

Abraço
Raul Martins

 

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