quarta-feira, julho 25, 2007

Conserto ou concerto?

Não consegui entender se o ministro disse que não vai conseguir consertar a situação ou que não vai conseguir concertar a situação (pelo menos a curto prazo).


Se o ministro não fosse de Viseu perceber-se-ia melhor?

6 Comments:

At quarta-feira, julho 25, 2007 3:10:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Parabéns ao Ministro, finalmente alguém põe o dedo na ferida do HDA: é um hospital predado pela medicina privada.

 
At quinta-feira, julho 26, 2007 7:21:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Duma forma ou doutra é uma situação difícil de sanar devido ao corporativismo da classe médica. Mas, acima de tudo, trata-se de um problema de gestão. Genericamente, há gestores que não se deixam "enredar" nessas teias e gerem os recursos com objectivos claros.
Concerteza, o corporativismo do HDA falou, e continua, a falar mais alto.
É preciso uma gestão que torne o HDA numa unidade com resultados, sendo que a gestão tem de o fazer juntamente com os médicos (descorporatizados) para bem dos utentes.

MFM

 
At quinta-feira, julho 26, 2007 9:26:00 PM, Blogger Terra e Sal said...

Diz bem no seu Post.
Também tenho as minhas dúvidas se o Hospital de Aveiro precisa de conserto, ou de concertação!
O Senhor Ministro da Saúde, como qualquer outra figura do Estado sempre que se desloca a um sítio qualquer, antes, deve perder umas horas a fazer cábulas, alicerçado em alguém de “confiança” que está por dentro de todos os assuntos e o informa, para que faça “boa figura” quando chega a esses sítios. Depois, para garantir a “certeza”de que tudo é como diz, lá vem apensa à cábula as estatísticas, e essas, são como o algodão:
“Nunca enganam!”

Assim, é difícil desmentir o senhor ministro, mas a culpa irá inteirinha só para os médicos, menos profissionais?
Admito, todos sabemos, que há interesses de alguns profissionais da saúde fora dos hospitais. Mas tanto quanto sei, o Estado, nunca proibiu isso, logo, bem ou mal, não há atropelos à lei. E se não há, é desagradável até mesmo para nós, que somos de Aveiro, ouvir assim acusações generalizadas contra os médicos do nosso Hospital.

É que dá a impressão que somos uma cidade atrasada, nauseabunda civicamente, depravada moralmente, e que temos um hospital que é um ninho de mercenários e de açougueiros, em quem não podemos nem devemos confiar.
Entrar no hospital com estes pensamentos e gravemente enfermos, vai-nos fazer sentir que estamos a entrar na agência de um cangalheiro, cheio de gatos pingados, e que dali só saímos de padiola, para a casa mortuária.

O certo é que tendo o senhor ministro feito acusações gravíssimas, achei estranho não ter havido reacções contraditórias da parte dos “ofendidos”. Todos “beberam” e “calaram” e assim: ”Quem cala, consente!”
Isso deixou-me preocupado.

Mas será que o estado caótico do hospital de Aveiro que interpretei das palavras do senhor ministro, só tem a ver com alguns predadores?
Penso que não. Se ele tivesse sido melhor informado por quem o ajudou a fazer a cábula, iria verificar que ali também há bons construtores. Portanto, falharam-lhe com alguma coisa
É que, quando um exército não funciona e se transforma num bando, a culpa não é dos soldados, embora haja sempre um ou outro, que são umas nódoas, um estorvo, que não dão conta do recado, nem merecem a ração que comem, mas isso não aquece nem arrefece o regimento, pois vão tratar das latrinas

Mas a culpa do todo não funcionar, é sempre dos generais que até têm a confiança e a mão livre do Estado, para fazerem o que for necessário para vencerem batalhas, que são sempre complicadas, mas para isso, eles, têm a confiança do Estado e têm de ser mesmo competentes.
Ora, se o nosso hospital estás assim tão “falido” eu pergunto o que fazem ou fizeram, os seus administradores (generais) para evitarem que ele chegasse a essa situação?

Para mim, ali, não é preciso consertos mas antes de tudo concertação, para haver entendimento, não com a tropa fraca que é pouca, mas com a maioria da gente boa e profissional que dão o seu melhor em prol dos outros,e que todos sabemos que lá existe!

Antes de se tratar de consertar a tropa, trate-se e arranje-se bons generais que sejam capazes de fazer ouvir com agrado a sua voz de comando, correcta e justa, para que haja concertação entre a secretaria e o campo de batalha!

Cumprimentos.

 
At sexta-feira, julho 27, 2007 3:28:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Como este Ministro é um dos "violinos" desafinados do governo Sócrates (sim, porque espero que não seja governo PS) não vai poder "concertar" a situação do SNS.

 
At sexta-feira, julho 27, 2007 5:48:00 PM, Anonymous Anônimo said...

Meu caro,
Já leu http://jn.sapo.pt/2007/07/27/norte/ordem_critica_ministro_saude.html
Vc parece que é bruxo
JL

 
At sexta-feira, julho 27, 2007 6:41:00 PM, Anonymous Anônimo said...

O Ministro disse à gente
O que, frequentemente,
Todos dizem, afinal:
Que é mau ser paciente
E muito menos utente
Deste Hospital Distrital.

Este Hospital é "predado"
Por ser público/privado
O seu "modus" funcional;
E tem que ser "consertado"
Para ser erradicado
O "modus" que lhe faz mal.

Depois desta opinião
Vem a Ordem dizer não
Às "bocas" ministeriais;
Que a culpa é da Gestão
Pois os médicos que estão
Trabalham até de mais.

Eu não sei quem tem razão
Nesta gasta relação
Entre hospital e doente;
Mas digam-nos lá, então,
Com tão grande confusão
Quem é que "conserta" a gente?

ZÉ MALAGUETA

 

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